30/10/2009 - 17h23
da France Presse, em Bruxelas (Bélgica)
Os líderes da União Europeia (UE) acertaram nesta sexta-feira (30) um acordo de ajuda aos países pobres para que se adaptem à mudança climática, sem dar cifras sobre sua contribuição financeira, num ponto-chave para o sucesso da conferência da ONU em Copenhague.
Ao término de uma reunião de cúpula de dois dias em Bruxelas, os 27 países do bloco avaliaram em 100 bilhões de euros anuais (US$ 147 bilhões) a soma necessária até 2020 para ajudar as nações em desenvolvimento a enfrentar e se adaptar aos efeitos do aquecimento do planeta.
A UE propõe três fontes de financiamento para reunir esta quantia: os próprios países pobres --uma proposta à qual resistem os emergentes como o Brasil--, o mercado internacional de carbono, e as nações industrializadas junto a instituições internaiconais, que poderiam contribuir com a metade da cifra. Os especialistas acreditam que um compromisso neste sentido é determinante para que o acordo resultante da conferência de Copenhague, centrada em reduzir as emissões de CO2 e evitar que o aquecimento planetário exceda os 2 graus Celsius, seja possível.
Dinheiro
Mas os dirigentes europeus fracassaram em sua tentativa de fornecer a soma que doarão ao montante global, limitando-se a enfatizar que a UE "está disposta a assumir sua parte justa no esforço mundial".
Os europeus foram os primeiros a apresentar ao mundo seus compromissos de redução de emissões de CO2, 20% a menos até 2020 em relação aos níveis de 1990, e estão dispostos a elevar essa cifra a 30% se as demais nações desenvolvidas aderirem ao acordo.
O otimismo em relação à decisão de hoje contrasta com o ceticismo de algumas pessoas: "Ninguém quer pagar por Copenhague. Vocês conhecem algum chinês que quer fazer isso? Só a UE quer pagar", ironizou o ministro polonês de Assuntos Europeus, Mikolaj Dowgielewicz.
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