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Ilha Tuvalu, que fica no Sul do Oceano Pacífico, com o aquecimento Global poderá sumir do Mapa.

Parques na Escócia – será o mesmo planeta?


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Kátia Abreu ganha o prêmio Motosserra de Ouro

A senadora Kátia Abreu recebeu esta manhã em seu hotel em Cancún o prêmio Motosserra de Ouro, por sua defesa ferrenha de mudanças no Código Florestal, que resultará em mais desmatamentos no Brasil. 
A senadora Katia Abreu, vencedora da Motosserra de Ouro, em Cancún.



Líder da bancada do agronegócio no Congresso e fiel defensora das propostas de mudanças no Código Florestal brasileiro, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) recebeu das mãos de uma ativista do movimento indígena da Amazônia, junto com o Greenpeace, o prêmio Motosserra de Ouro, símbolo de sua luta incansável pelo esfacelamento da lei que protege as florestas do país.

A ativista tentou presentear Kátia Abreu com uma réplica dourada do instrumento usado para desmatar florestas no lobby do hotel em que está hospedada em Cancún, onde participa da 16ª Conferência de Clima da ONU (COP16). A senadora desprezou o agrado, visivelmente irritada, e deixou para a ativista apenas os comentários irônicos de seus assessores. A condecoração serviu para lembrar aos ruralistas defensores do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que prevê alterações na lei, que essa proposta representa uma grave ameaça ao ambiente.

O projeto ruralista anistia desmatadores e reduz o tamanho da área que o proprietário de terra e o Estado estão obrigados a conservar para o bem público. Fazendas, dependendo do tamanho, ou serão dispensadas de ter árvores ou poderão ter menos do que devem atualmente. O projeto também diminui as faixas de floresta em beiras de lagos e rios e em encostas, que além de servir como corredores de biodiversidade evitam enchentes, deslizamentos e protegem a qualidade da água.

Caso a turma da motosserra consiga mudar a lei nos termos em que pretendem, tornarão inviável para o Brasil honrar as metas de queda de desmatamento assumidas em Copenhague, na COP15, que preveem a redução até 2020 de 36% a 39% de nossas emissões de gases-estufa. A proposta prejudica também as negociações sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), que institui o pagamento para a conservação de floresta para quem vive nela. “Se o Brasil legalizar mais desmatamentos, o custo da conservação aumentará muito e pode tornar a aplicação do REDD no Brasil inviável”, explica André Muggiati, representante da Campanha Amazônia do Greenpeace na COP16.

A bancada da motosserra continua lutando nos bastidores para que um novo e enfraquecido código seja votado a qualquer preço, ainda este ano. Querem que algo tão importante para o Brasil seja decidido já, por uma Câmara em fim de mandato, e sem a devida discussão com a sociedade. “As alterações no Código Florestal representam um retrocesso em uma das legislações florestais mais avançadas do mundo”, diz Muggiati.

Este protesto teve o apoio do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).

Feliz Natal?
Em um apelo ao espírito natalino, um grupo de ONGs, entre elas o Greenpeace, levou Papai Noel até Cancún para ajudar a impedir que a bancada do agronegócio empurre suas propostas de mudança no Código Florestal goela abaixo dos brasileiros.

O bom velhinho ficou nesta manhã na porta do Cancun Messe, um dos prédios onde acontece a COP16, entregando mudas de árvores aos que passam, acompanhado de ativistas com dois cartazes, em português e inglês, onde se lia “Mudar o Código Florestal = Um Natal sem árvores”. Se as alterações no código forem aprovadas no Congresso, o Brasil pode se preparar para, no futuro, celebrar Natais com bem menos áreas de florestas.

O Papai Noel em Cancún teve como parceiros o Observatório do Clima, o Grupo de Trabalho Amazônico ( GTA ) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (GTA) , além do Greenpeace.
 
Fonte: Greenpeace.


COP-16

Mesmo com Bolívia contra, COP-16 chega a acordo sobre mudanças climáticas
Discussões técnicas dominaram a plenária final da COP-16, Conferência do Clima, que acabou nesta madrugada, em Cancún, no México. A Bolívia foi o único dos 194 países membros a não concordar com o texto apresentado. À revelia dos bolivianos, a presidente da COP, Patrícia Espinosa, aprovou a adoção do pacote balanceado de Cancún. Ele, na verdade, só implementa questões já acordadas anteriormente como financiamento, adaptação, transferência de tecnologia e florestas.


“Este é um atentado contra a Convenção. Temos diferenças, não há consenso para aprovação do documento. Um país tem que ter o mesmo direito dos demais. Consenso não é maioria”, protestou o embaixador boliviano, Pablo Solón.

“Este é um atentado contra a Convenção. Temos diferenças, não há consenso para aprovação do documento. Um país tem que ter o mesmo direito dos demais. Consenso não é maioria”, protestou o embaixador boliviano, Pablo Solón.

Já a presidente da COP disse que o consenso não era dar o direito de veto a um único país. “As regras de consenso não significam unanimidade. Sua posição estará na ata da Conferência, mas a decisão está tomada”, declarou. Pelas regras da Convenção, é necessário consenso para que uma decisão seja adotada na COP.

A Bolívia é contra os textos apresentados por dizer que eles não apresentam medidas suficientes para controlar o aumento da temperatura em até 2ºC. “Seguindo as promessas estipuladas teremos um aquecimento de 4 ºC o que levaria a morte de milhares de pessoas”, defende o boliviano.

“Este foi um passo impostergável. Esta é uma questão urgente, ter acesso a tecnologia verde, caminhar para economia de baixo carbono e ao mesmo tempo combater a pobreza”, afirmou o presidente mexicano, Felipe Calderón.

Por sua vez, a representante da Venezuela, Claudia Salerno, disse que irá trabalhar para consolidar todas as opiniões em torno do acordo, que segundo ela, “traz esperança para o futuro”. Em clara alusão de que deve intervir para que a Bolívia não permaneça com sua posição contrária ao acordo. O boliviano chegou a sugerir que procuraria seus direitos internacionais para exigir que o acordo não seja oficializado.

O pacote é chamado de balanceado por abarcar diversos temas considerados chave na questão do aquecimento global. Entre eles, foi decidido como vai funcionar o financiamento de ações de corte de emissões e adaptação às mudanças climáticas em países em desenvolvimento e os mecanismos de transferência de recurso para preservar florestas.

O pacote abarca ainda o comprometimento dos países do Protocolo de Kyoto de que não haverá um intervalo entre as metas legais de redução dos gases do efeito estufa. O primeiro período de compromissos do protocolo vai até 2012 e depois não há outro acordo global que mantenham as metas.

O segundo período de comprometimento de Kyoto, com novas metas para os países desenvolvidos (menos os EUA), não foi atingido apesar de esforços do Brasil e dos países em desenvolvimento. Os países empurraram para a COP-17, em Durban, na África do Sul, quando devem ser decididas novas metas no protocolo e valores a serem adotados.
Veja abaixo os principais pontos dos textos finais:

Financiamento

O Acordo de Copenhague prometia fundos ao mundo, mas só agora foram definidos os mecanismos de implementação dos financiamentos de começo rápido, de longo prazo e do fundo verde.

A grande decisão foi sobre o Fundo Verde, que será “a entidade operacional de mecanismos de financiamento da Convenção”. Ele estará sob responsabilidade da ONU, mas terá o Banco Mundial como tesoureiro nos primeiros três anos. Deverá ser governado por 24 países, divididos igualmente, entre ricos e pobres.

Segundo a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, o fundo já deve estar operando no ano que vem.

O texto diz ainda que uma grande parte de novos fundos multilaterais para adaptação às mudanças climáticas estará sob este fundo, que deverá apoiar projetos, programas, políticas e outras atividades em países em desenvolvimento. Um comitê de transição, com 15 membros dos países desenvolvidos e 25 dos em desenvolvimento, vai criar o fundo.

O financiamento de começo rápido prevê o destino de U$ 30 bilhões de 2010 a 2012, com uma alocação balanceada entre ações de redução e adaptação. O texto pede que os países desenvolvidos forneçam documentos em maio de 2011, 2012 e 2013 com informes dos recursos previstos para cumprir os compromissos e modos de como os países em desenvolvimento terão acesso ao dinheiro.

Já sobre o financiamento a longo prazo ficou decidido que novos fundos devem ser criados em vista às necessidades urgentes e imediatas dos países em desenvolvimento que são vulneráveis às mudanças climáticas. O texto reconhece o compromisso dos países desenvolvidos em doar U$ 100 bilhões por ano até 2020 e que estes recursos poderiam vir de setores privados e públicos e em acordo bi ou multilaterais.

Adaptação

Adaptação às mudanças climáticas ganha destaque no pacote, apesar de não contar com ações práticas determinadas. O texto diz que adaptação precisa da mesma prioridade que a redução das emissões dos gases do efeito estufa.

Para isso, requer acordos formais para reforçar as ações e suporte à adaptação. O fundo para adaptação priorizará os países pobres mais vulneráveis, como os países menos desenvolvidos, pequenas ilhas e África.

Redução das emissões dos gases do efeito esfuta O pacote não faz referência a um acordo legalmente vinculante de metas de gases do efeito estufa, seguindo Kyoto, a partir de 2012. Ele apenas traz para a discussão as promessas voluntária de redução apresentadas no Acordo de Copenhague. Vale lembrar que estas metas, se adotadas perfeitamente, não conseguiriam limitar o aumento da temperatura em 2 º C, o que é estabelecido como limite pelo mesmo documento.

O texto diz que os países desenvolvidos devem apresentar um relatório anual sobre as emissões e um bienal sobre o progresso da redução de emissão. Também devem estabelecer planos para estimar as emissões geradas pelo homem.

Sobre transparência, o documento afirma que ações internacionais de suporte a ações de redução serão medidas domesticamente.

Protocolo de Kyoto

Além dos países concordarem em decidir metas legais o quanto antes e em tempo de evitar um intervalo entre o primeiro e o segundo períodos do Protocolo, o texto sobre o Protocolo ainda reconhece que todos os países desenvolvidos, como um grupo, devem reduzir suas emissões de 25% a 40% comparado com 1990 até 2020.

Para alcançar este objetivo, pede que os países aumentem suas ambições de redução de emissão de gases do efeito estufa, para além das promessas de Copenhague.

Transferência de tecnologia

Em transferência de tecnologia, a definição principal é dar prioridade aos países menos desenvolvidos, desenvolvendo tecnologia nestes países e em parceiras bi ou multilaterais.

Os países ricos devem desenvolver e organizar tecnologia, incluindo pesquisa cooperativa e programas de difusão de tecnologias e conhecimento em países em desenvolvimento, além de acelerar estas ações.

REDD (Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação de floresta)

O pacote balanceado também determina regras para a criação do REDD (Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação de floresta), que proveria recursos para os países preservarem suas florestas (grandes armazenadores de CO2).

O texto diz que países devem coletivamente seguir o objetivo de retardar, deter e reverter a perda de cobertura florestal e de carbono, de acordo com as circunstâncias de cada país.

As chamadas salvaguardas, o respeito ao conhecimento dos povos indígenas e comunidades locais e sua participação como parte integrante, devem ser apoiadas. A mensuração ou verificação destas políticas de salvaguarda foi retirada do texto, um pedido de brasileiros. “MRV (Mensurável, Reportável e Verificável) para salvaguardas não faz sentido”, disse a ministra brasileira.

Esta é uma importante medida para o Brasil, pois, de acordo com Teixeira, “dá outra perspectiva para discutir políticas públicas internacionais sobre o tema”. O Brasil já possui um “precursor” do REDD, o Fundo Amazônia, que recebe doações por diminuir o desmatamento da floresta.

O REDD é uma maneira dos países em desenvolvimento contribuírem com a redução das emissões por desmatamento e degradação florestal. Estima-se que 20% de todas as emissões atuais sejam causadas pelo desmatamento. Brasil e Indonésia possuem os maiores índices no mundo.

Visão a longo prazo

Nas discussões sobre visões para ações a longo prazo, foi estabelecida uma temperatura limite de 2ºC e uma revisão futura para 1,5 ºC. Além disso, as partes concordam com um objetivo final de identificar uma meta global para 2050.

O texto reconhece ainda que as mudanças climáticas representam um urgente problema que precisa de solução por todas as partes e que os países em desenvolvimento precisam alcançar economia sustentada, erradicar pobreza e lidar com mudanças climáticas.

Fonte:Agência de Notícias Jornal Floripa.
www.jornalfloripa.com.br





domingo, 12 de dezembro de 2010

Destruição de Florestas

Uma das principais atitudes que prejudica e destrói as florestas é o desmatamento. 


Este processo de destruição, em grande escala, das florestas, que já atinge a metade das matas nativas do mundo. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), as florestas cobrem atualmente cerca de 33.000.000 de km² (12.000.000 são tropicais, 21.100.000 são temperadas e 200.000.000 são mangues), número que corresponde a 22% das terras emersas do planeta. A Organização de Alimentação e Agricultura (FAO) estima que, entre 1981 e 1990, foram derrubados 150.000.000 de ha de matas tropicais no mundo.

Na Amazônia, segundo dados do governo brasileiro, a taxa de desmatamento cresceu 34% depois de 1992: a extensão devastada, que até 1991 totalizava 11.130 km², passou a 14.896 km² no ano de 1996. As regiões de proteção ambiental abrangem apenas 6% das florestas remanescentes, área equivalente à do México. Em poucos anos a floresta Amazônica já perdeu cerca de 10% do seu domínio original. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, 61% das terras que hoje pertencem ao nosso país eram ocupadas por matas. Desde então, simultaneamente à ocupação do território e à expansão do povoamento, o território brasileiro começou a ser desmatado.

OS MOTIVOS DA DEVASTAÇÃO - Eles têm sido diversos: obtenção de lenha para as fornalhas dos engenhos de açúcar, limpeza do terreno para a instalação de lavouras ou de pastagens para o gado, exploração da madeira etc. A primeira floresta a ser devastada foi a mata Atlântica e, restam hoje apenas 5% daquilo que ela era originalmente. A extensão das florestas brasileiras corresponde atualmente a menos de 30% da superfície do país. 
 


FORMAS DE DESMATAMENTO – Uma das principais formas de desmatamento têm sido as queimadas de extensas áreas para a prática de agricultura e pecuária. A expansão dos centros urbanos, a construção de estradas e a implantação de grandes projetos agrominerais e hidrelétricos também motivam as devastações. Outra causa importante é a comercialização da madeira e, em menor grau, o extrativismo de inúmeras outras espécies de interesse econômico. Segundo a WWF, em 1991 a exploração mundial dos recursos florestais rendeu cerca de US$ 400 bilhões. A extração de madeira – matéria-prima para a construção de moradias e importante fonte de energia – responde por grande parte desse valor. Em países como Zaire, Tanzânia e Gabão, a atividade corresponde a até 6% do PIB. Em Camarões, o desmatamento aumentou 400% desde 1993.

CONSEQÛENCIAS DO DESMATAMENTO - As principais são :

Destruição da biodiversidade;
Genocídio e etnocídio das nações indígenas;
Erosão e empobrecimento dos solos;
Enchentes e assoreamento dos rios;
Elevação das temperaturas;
Desertificação;
Proliferação de pragas e doenças.

A primeira conseqüência do desmatamento é a destruição da biodiversidade, como resultado da diminuição ou, muitas vezes, da extinção de espécies vegetais e animais. Um efeito do desmatamento é o agravamento dos processos erosivos. A erosão é um fenômeno natural, que é absorvido pelos ecossistemas sem nenhum tipo de desequilíbrio. A retirada da cobertura vegetal expõe o solo ao impacto das chuvas. As conseqüências dessa interferência humana são várias:

Aumento do processo erosivo, o que leva a um empobrecimento dos solos, como resultado de sua camada superficial, e, muitas vezes, acaba inviabilizando a agricultura;
Assoreamento de rios e lagos, como resultado da elevação da sedimentação, que provoca desequilíbrios nesses ecossistemas aquáticos, além de causar enchentes e, muitas vezes, trazer dificuldades para a navegação;
Extinção de nascentes; o rebaixamento do lençol freático, resultante da menor infiltração da água das chuvas no subsolo;
Diminuição dos índices pluviométricos, em conseqüência do fenômeno descrito acima, mas também do fim da evapotranspiração. Estima-se que metades das chuvas-ácidas sobre as florestas tropicais são resultantes da evapotranspiração, ou, seja da troca de água da floresta com a atmosfera;
Elevação das temperaturas locais e regionais, como conseqüência da maior irradiação de calor para a atmosfera a partir do solo exposto;
Agravamento dos processos de desertificação, devido à combinação de todos os fenômenos até agora descritos;
Redução ou fim das atividades extrativas vegetais, muitas vezes de alto valor socioeconômico;
Proliferação de pragas e doenças, como resultado de desequilíbrios nas cadeias alimentares.
Além desses impactos locais e regionais da devastação das florestas, há também um perigoso impacto em escala global. A queima das florestas seja em incêndios criminosos, seja na forma de lenha ou carvão vegetal vem tem colaborado para aumentar a concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera. É importante lembrar que esse gás é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa.

IMPACTOS AMBIENTAIS EM ECOSSISTEMAS NATURAIS - Um dos principais impactos ambientais que ocorrem em um ecossistema natural é a devastação das florestas, notadamente das tropicais, as mais ricas em biodiversidade. E por que ocorre com tanta avidez o desmatamento de milhares de quilômetros quadrados de florestas tropicais? Essa devastação ocorre basicamente por fatores econômicos, tanto na Amazônia quanto nas florestas africanas e nas do Sul e Sudeste Asiático.

A exploração madeireira é feita clandestinamente ou, muitas vezes, com a conivência de governantes inescrupulosos e insensíveis aos graves problemas ecológicos decorrentes dela. Não levam em conta os interesses das comunidades, nem os interesses da nação que os abriga porque, com raras exceções, esses projetos são comandados por grandes grupos transnacionais, interessados apenas em auferir altos lucros.
 
Fonte:
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sábado, 11 de dezembro de 2010

Impasses dominam último dia de reunião da ONU sobre clima

Em meio à grande incerteza sobre um possível acordo na conferência das Nações Unidas sobre mudanças clímáticas  em Cancun, no México, que termina nesta sexta-feira (16), a área mais promissora é a que trata da preservação de florestas.

As negociações sobre a criação de programas para promover a redução de emissões por desmatamento e degradação (conhecidos pela sigla Redd) em países em desenvolvimento estariam adiantadas e dependeriam apenas de vontade política para serem aprovadas.

No entanto, dificuldades de acordo em outras áreas, principalmente no que diz respeito a um segundo período do Protocolo de Kyoto, a partir de 2012, podem acabar descarrilando o tema Redd. Japão, Rússia e Canadá preferem um novo tratado.

Na quinta-feira (9), o diretor-executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, fez um apelo para que isso não aconteça. “Toda esta negociação é sobre um pacote de resultados. Mas temos de reconhecer que um quinto do pacote, se fosse fechado, seria um avanço significativo”.

A declaração do ativista, mais acostumado a exigir “ambição” dos países do que frações de avanços, dá uma pista sobre o risco de não se alcançar qualquer acordo em Cancun.

Mesmo a questão do Redd ainda não é um sucesso garantido. Existem dúvidas sobre como deve ser a participação de fundos provenientes do mercado de carbono no financiamento de ações de proteção das florestas.

Alguns países, como a Bolívia, se opõem totalmente a essa participação; outros acreditam que só o mercado deveria financiar projetos Redd. A posição brasileira é de que inicialmente os projetos não dependam de mercados de carbono.

Por outro lado, o Brasil é apontado como vilão na questão das salvaguardas – para proteger direitos de povos indígenas, da natureza entre outros – por se opor a mecanismos de verificação internacional, preferindo relatórios nacionais detalhados.

Apesar das dificuldades, a palavra de ordem na delegação brasileira continua a ser “otimismo cauteloso”. Brasil e Reino Unido, a pedido da presidência da reunião, exercida pela ministra mexicana das Relações Exteriores, Patricia Espinosa, intercedem no maior impasse do encontro: a recusa do Japão a se comprometer com um segundo período de compromisso sob o Protocolo de Kyoto.

O tratado é o único instrumento internacional já criado para promover cortes de emissões dos gases do efeito estufa e se transformou em questão de honra para muitos países, em sua maioria do mundo em desenvolvimento.

Britânicos e brasileiros tentam encontrar “soluções criativas”, segundo um negociador, para fazer com que o Japão aceite fazer parte de um acordo. Até ontem (9), no entanto, sem sucesso.

Mesmo assim, a negociadora-chefe da União Europeia, Connie Hedegaard, manteve o discurso otimista. “Acho que se você puser dez ministros em uma sala fechada e disser: por favor encontrem um acordo, eles saberão o que fazer. Sim, é difícil, mas não é tão complicado assim”, disse a comissária europeia.
(Fonte: Agência Brasil)

Fiscalização das emissões de CO2 é uma questão-chave para o clima

Como verificar os cortes de emissões de CO2 de outros países, especialmente os rivais econômicos e comprovar que cumprem seus compromissos  de luta contra as mudanças climáticas, é uma das questões mais conflituosas negociadas na Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU, a COP-16.

Este tema é objeto de atrito entre as duas principais economias do planeta, que são também os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo: China e Estados Unidos.
A ideia de um mecanismo que permita garantir uma transparência por parte dos grandes países emergentes foi inscrita – em termos imprecisos – no acordo de Copenhague, redigido no último momento ao fim da conferência de 2009, que se aproximou do fracasso.

Um do sobjetivos centrais da cúpula internacional de Cancún sobre o clima é definir como este procedimento transcorrerá.

Para Alden Meyer, da ONG  americana Union of Concerned Scientists, este mecanismo responde a uma demanda legítima de transparência.

“Se um país age e os outros não o fazem, pode ser prejudicado economicamente em certos setores e sobretudo não tem nenhuma garantia de que seus esforços permitam evitar os piores impactos das mudanças climáticas”, afirma.

Transparência – Washington insiste na necessidade de transparência dos grandes países emergentes, com a China na dianteira, seguida pelo Brasil.

As economias emergentes consideram que este mecanismo, que leva o nome de Consulta e Análise Internacional (ICA, em inglês) no âmbito da negociação climática, pode ser uma ferramenta de ingerência em seus assuntos internos.

Neste sentido, destacam a responsabilidade histórica dos países ricos no acúmulo de CO2 na atmosfera e destacam por outro lado que as exigências não podem ser as mesmas para todo mundo.

“É unicamente um instrumento de transparência e de responsabilidade internacional”, reiterou esta semana o ministro indiano do Meio Ambiente, Jairam Ramesh, que há meses pôs sobre a mesa de negociação uma proposta que poderia permitir obter um êxito em Cancún.

A iniciativa prevê que todos os países cujas emissões representam mais de 1% (ou 0,5%, as cifras ainda estão em discussão) do total das emissões mundiais, apresentem um informe a cada dois anos. A frequência seria menor para os outros.

O mecanismo seria mais exigente com os países industrializados, que por outro lado já estão submetidos a outros sistemas de verificação.

Cada país deveria preparar um documento explicado as medidas tomadas e transmiti-lo a todos os demais, que poderiam pedir detalhes e esclarecimentos. Todos os informes serão tornados públicos.

“A principal força do sistema residiria em um efeito de ‘reputação’, ao qual todos os países são evidentemente sensíveis”, considerou Emmanuel Guerin, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais.

Mas a aplicação do mecanismo apresenta muitos problemas, como até onde exigir detalhes sobre as ferramentas estatísticas de um país.

No entanto, as nações em desenvolvimento advertiram em Cancún que só aceitariam este mecanismo se for acertado outro tipo de transparência, esta amplicada aos fundos financeiros por parte dos países industrializados, que prometeram em Copenhague 100 bilhões de dólares anuais a partir de 2020.
 
(Fonte: Folha.com)

COP 16 vai terminar sem 2º período de Kyoto, informa delegação do Brasil

A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas  (COP 16), que acontece em Cancún, no México, ainda está na fase final de negociações, mas já está definido que um segundo período do Protocolo de Kyoto não será acordado aqui, segundo o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil na reunião.

De acordo com ele, o grupo que negociava a segunda fase de compromisso, liderado por Brasil e Reino Unido, vai apresentar na plenária desta tarde um texto em que se reafirma a necessidade da renovação do protocolo, ponto que nações como Japão e Canadá antes questionavam, mas sem assumir de fato o acordo. O texto diz que a questão deve ser definida até a COP 17, que acontece em dezembro de 2011 em Durban, na África do Sul.

Para Figueiredo, essa saída “dá um novo impulso às negociações para superar esse momento menos positivo”. A renovação do protocolo era um ponto defendido pelo Brasil, assim como por todo o G77, grupo dos países em desenvolvimento do qual faz parte. “Quando está num momento ruim de uma negociação, você não a termina. Você adia para dar mais tempo para buscar uma saída melhor”, acrescentou.

A discussão sobre a continuidade do acordo era uma das mais acirradas na COP 16. Japão, Canadá e Rússia não queriam sua continuidade. O país asiático declarou não ver sentido num novo período de compromisso sob esse acordo, já que ele não se aplica a China e EUA, os dois maiores emissores de gases-estufa.

Aprovado em 1997, o protocolo é o único instrumento legalmente vinculante (de cumprimento obrigatório), em que países desenvolvidos se comprometem a reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa. Como ele expira em 2012 e não há um acordo para substituí-lo, discute-se que seja prolongado.

Segundo Figueiredo, o texto preparado em Cancún deixa uma “mensagem clara” de que o Protocolo de Kyoto precisa ser prorrogado o mais rápido possível, para que não haja um período sem metas de redução de emissões de gases estufa.

Outros textos  – A presidência mexicana está reunindo os outros textos que devem compor um “pacote balanceado” de decisões a serem aprovadas. “Aqui sai um pacote de decisões, como em toda COP. Em Copenhague é que foi diferente”, explica Figueiredo – a COP 15 produziu apenas um texto vago de “entendimento”, visto por muitos como um fracasso nas negociações. “Espero que tenhamos ganhos em diversas áreas, como REDD (redução de emissões por desmatamento e degradação florestal), financiamento, tecnologia”, concluiu o embaixador, referindo se à atual conferência. 

(Fonte: Dennis Barbosa/ G1)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Dez primeiros meses de 2010 são os mais quentes da história, diz NOAA

Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA comparou período com 1998; Nasa e Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha, confirmam dados.

 O ano de 2010 já está empatado como o mais quente registrado numa série histórica iniciada em 1850, disseram à Reuters três importantes institutos que calculam as temperaturas médias globais. Faltando ainda dois meses de dados para serem coletados, 2010 já está cerca de 0,8 grau Celsius acima da temperatura média pré-industrial, e 0,5 ºC acima da média registrada entre 1961 e 1990.

Mesmo que novembro e dezembro sejam mais frios, 2010 ainda ficará como o terceiro ano mais quente da história, atrás de 1998 e 2005.

"Está muito apertado para dizer (se será ou não o ano mais quente). Com base nestes números, ficará em segundo, mas depende do calor que fizer em novembro e dezembro", disse Phil Jones, diretor da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha. Segundo ele, 1998 é o ano mais quente já registrado.

Já a Nasa considera que o ano mais quente foi 2005 e que as temperaturas na superfície terrestre até outubro estavam acima da média daquele ano por uma questão de centésimos de grau Celsius.

"Eu não ficaria surpreso se a maioria ou todos os grupos concluírem que 2010 empatou como o ano mais quente", disse James Hansen, da Nasa.

O Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA, ligado à agência norte-americana para monitoramento das condições atmosféricas e oceânicas (NOAA, na sigla em inglês) afirmou que os dez primeiros meses de 2010 se equiparam a 1998 como o ano mais quente da história.

Os três institutos usam observações similares, mas de forma ligeiramente diferente. A Nasa, por exemplo, leva mais em conta as estações meteorológicas do Ártico, onde o aquecimento tem sido mais rápido.

Cientistas dizem que a tendência global de aquecimento irá gerar mais secas, inundações, ondas de calor e degelo dos polos.

Céticos argumentam, porém, que o fato de os recordes terem sido registrados em 1998 ou 2005 é um sinal de que a tendência é de estabilidade.

A maioria dos cientistas discorda disso, dizendo que, mesmo que 2010 não seja o ano mais quente, a tendência no longo prazo é de aquecimento -- a média de 2000 a 2009 é a mais alta já registrada.

Eles dizem que variações naturais, especialmente o fenômeno El Niño, explicam os recordes anteriores. O ano de 1998 teve um fenômeno El Niño -- aquecimento natural nas águas do Pacífico -- particularmente intenso.

O resultado dá ainda mais urgência para a conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), que começa na semana que vem em Cancún. Governos de todo o mundo discutirão medidas que contribuam com a meta, adotada em 2009, de limitar o aquecimento global a 2 ºC acima dos níveis pré-industriais.
 
Fonte:
Gl

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lagos do planeta ficaram 2ºC mais quentes em 25 anos, diz Nasa

Estudo mediu a temperatura de 167 lagos e concluiu que eles estão se aquecendo duas vezes mais rápido que a atmosfera

 

 

Os lagos de todo o mundo ficaram, em média, 2ºC mais quentes desde 1985, o que representa aumento de temperatura duas vezes mais rápido que o da atmosfera global, segundo um estudo da Nasa.

A agência espacial americana chegou à conclusão após medir a temperatura superficial da água em 167 lagos de todo o mundo através da tecnologia de satélite do seu Jet Propulsion Laboratory.

O estudo, que será publicado nesta quarta-feira (24) na revista Geophysical Research Letters, revela que os lagos se aqueceram em média 0,45ºC por década, e alguns chegaram ao ritmo de 1ºC por década.

Os lagos que registraram os maiores aumentos de temperatura são os do hemisfério norte, especialmente os situados em latitudes médias e altas.

O que mais se aqueceu foi o Ladoga, na Rússia, cuja temperatura aumentou 4ºC desde 1985, seguido de perto pelo Tahoe, situado entre Califórnia e Nevada (Estados Unidos), que subiu 3ºC no mesmo período, segundo o coautor do estudo, Simon Hook.

Por zonas, o norte da Europa é onde se registra um aquecimento mais consistente, enquanto no sudeste do continente, na região dos mares Negro e Cáspio, as temperaturas da água aumentam de forma mais suave.
Ao leste do Cazaquistão, na Sibéria, Mongólia e no norte da China a tendência de reaquecimento volta a se fortalecer, segundo indica o estudo.

Na América do Norte, os lagos que mais se aquecem são os do sudoeste dos Estados Unidos, a um ritmo ligeiramente superior ao dos Grandes Lagos do norte.

O aumento de temperatura é muito menor nos trópicos e no hemisfério sul, especialmente nas latitudes médias.

Para avaliar a temperatura, os pesquisadores da Nasa utilizaram tecnologia de infravermelhos da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional dos EUA (NOAA, pela sigla em inglês) e da Agência Espacial Europeia (ESA).

Fonte:
noticias.terra.com.br/ciencia


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CIENTISTAS DESCOBREM TRÊS NOVAS ESPÉCIES NA BUSCA POR “ANFÍBIOS PERDIDOS”

A descoberta de três espécies coloridas e distintas foi realizada na Colômbia.

Um grupo de cientistas à procura de espécies de anfíbios “perdidos” (animais tidos como extintos) ao redor do mundo conseguiu mais um resultado notável. Uma das expedições realizada no oeste da Colômbia retornou com a descoberta de três espécies provavelmente novas para a ciência. A descoberta foi anunciada pela Conservação Internacional (CI) e o Grupo de Especialistas em Anfíbios da União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN, da sigla em inglês), a Global Wildlife Conservation e a Fundación ProAves.
 
Entre as descobertas, está uma rã de olhos vermelhos, um pequeno sapo de nariz comprido que costuma se esconder debaixo de folhas secas e uma perereca com faixas vermelhas nas pernas.  As três espécies foram encontradas durante o dia, quando demonstraram ser mais ativas, um comportamento que os cientistas dizem ser incomum para a maioria dos anfíbios.

A expedição científica, liderada pelo Especialista em Conservação de Anfíbios da Conservação Internacional, Dr. Robin Moore e pelo o cientista colombiano Alonso Quevedo, foi realizada em setembro na Colômbia numa tentativa de encontrar o sapo-da-mesopotâmia, que não é visto desde a Primeira Guerra Mundial, e é considerado como “Criticamente em Perigo”, segundo a Lista Vermelha de Espécies da UICN. 

Mesmo depois de uma semana de estudo de campo intenso, explorando habitats variados, desde as montanhas até as partes mais baixas das florestas tropicais dos estados colombianos de Chocó e Antioquia, este anfíbio continuava “desparecido”. “Depois de vários dias buscando o sapo-da-mesopotâmia sem sucesso, o moral da equipe estava bastante baixo”, diz Moore, que é organizador da busca mundial pelos anfíbios desaparecidos. “Mas, a descoberta dessas novas espécies foi como uma dose de adrenalina para toda a equipe” confessa o pesquisador.

Para o pesquisador a descoberta de três espécies provavelmente novas em um período tão curto mostra que a biodiversidade incrível dessas florestas ainda permanece relativamente intacta, o que demonstra a importância dessa região para a conservação. “A proteção desses habitats vai ser essencial para garantir a sobrevivência tanto dos anfíbios quanto dos benefícios que eles dão para os ecossistemas e as pessoas”, conclui o cientista.

Conheça as espécies que foram encontradas. 


Rhinella margaritifera, espécie do mesmo género de uma das agora descobertas.

1. Novas espécies de sapo do gênero Rhinella
 
Encontradas nas florestas tropicais do estado colombiano de Chocó durante a "Busca pelos Anfíbios Perdidos". Além da aparência estranha, a espécie é bastante incomum já que se acredita que ela pula o estágio de girino, depositando os seus ovos no chão da floresta, que chocam diretamente na forma de sapinhos jovens. A coloração e o formato da cabeça fazem com que a perereca se confunda com as folhas secas onde vive. Os dois únicos indivíduos encontrados não passavam de dois centímetros de comprimento. 

2. Nova espécie de perereca .
 

A nova espécie de rã do género Silverstoneia, encontrada nas florestas tropicais de Chocó

Gênero indeterminado, encontrada no chão da floresta, esta perereca mede entre três e quatro centímetros de comprimento e tem olhos vermelhos bem destacados. Os cientistas não sabem muito sobre esta espécie misteriosa, somente o local onde habita, que fica a cerca de 2.000 metros de altura nas montanhas de Chocó. Os cientistas tiveram que escalar ladeiras bastante inclinadas por cerca uma hora até chegar no local onde foi encontrada a nova perereca.

3. Nova espécie de rã do gênero Silverstoneia 

Biólogos procuravam outro sapo e foram surpreendidos peladescoberta.Descobertas três novas espécies de anfíbios
New species of rocket frog, from the genus Silverstoneia

- Este tipo de rã venenosa é de um grupo de onde vêm muitos componentes químicos úteis para os seres humanos. Esta espécie é menos venenosa do que os seus familiares mais coloridos. Ela vive dentro e no entorno de riachos e carregam cuidadosamente nas suas costas os girinos recém-nascidos para depositá-los na água, onde completarão seu desenvolvimento. Esta é uma espécie pequena, que provavelmente não chega a crescer mais do que três centímetros.

“Busca pelos Anfíbios Perdidos” - A busca pelos anfíbios perdidos, que está sendo realizada em 19 países em cinco continentes, já resultou na redescoberta de três espécies nos últimos meses, incluindo uma salamandra Mexicana que não era vista desde 1941, um sapo da Costa do Marfim que não era visto desde 1967 e outro sapo da República Democrática do Congo, desparecido desde 1979.

Esta é a primeira iniciativa coordenada globalmente numa tentativa de encontrar um número significativo de criaturas “perdidas” e está sendo realizada num momento em que as populações de anfíbios estão em forte declínio, com mais de 30 por cento das espécies ameaçadas de extinção. Muito dos anfíbios que estão sendo procurados não têm sido vistos há décadas e, por isso, estabelecer quais populações sobreviveram ou não, é vital para os cientistas entenderem a recente crise de extinção.

O principal fator por trás da busca é o importante papel que os anfíbios desempenham em manter saudáveis os ecossistemas e os serviços que eles proveem aos humanos, como controle de insetos que espalham doenças e danificam plantações, auxílio na limpeza de sistemas de água doce e ajuda no desenvolvimento de novos medicamentos que tem potencial de salvar vidas.

A primeira fase da Busca pelos Anfíbios Perdidos vai continuar até o final de 2010 e deve resultar mais redescobertas este ano.  

Fonte:
www.conservation.org/lostfrogs

domingo, 21 de novembro de 2010

2030: o ano final do Cerrado

CERRADO VAI SUMIR EM 2030, INDICA ONG


Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030. Dos 204 milhões de ha originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes estão bastante alteradas, podendo não mais servir à conservação da biodiversidade. A taxa anual de desmatamento no bioma é alarmante, chegando a 1,5%, ou 3 milhões de ha/ano. As principais pressões sobre o Cerrado são a expansão da fronteira agrícola, as queimadas e o crescimento não planejado das áreas urbanas. A degradação é maior em Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, no Triângulo Mineiro e no Oeste da Bahia.

O estudo, feito a partir de imagens satélites, é resultado da parceria da CI-Brasil com a ONG Oréades, que tem sede em Mineiros (GO). “O Cerrado perde 2,6 campos de futebol por minuto de sua cobertura vegetal. Essa taxa de desmatamento é dez vezes maior que a da Mata Atlântica, que é de um campo a cada 4 minutos,” explica Ricardo Machado, diretor da CI-Brasil para o Cerrado e um dos autores do estudo. “Muitos líderes e tomadores de decisão defendem, equivocadamente, o desmatamento do Cerrado só porque não é coberto por densas florestas tropicais, como a Mata Atlântica ou a Amazônia. Essa posição ignora o fato de o bioma abrigar a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco.”



Entre os problemas provocados pelo desmatamento no Cerrado estão a degradação de rios importantes como o São Francisco e o Tocantins, e a destruição de hábitat que compromete a sobrevivência de milhares de espécies, muitas delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem ali e em nenhum outro lugar do Planeta, como o papagaio-galego (Amazona xanthops) e a raposa-do-campo (Dusicyon vetulus). Junto com a biodiversidade estão desaparecendo ainda as possibilidades de uso sustentável de muitos recursos, como plantas medicinais e espécies frutíferas que são abundantes no Cerrado.
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Segundo a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, já foram catalogadas mais de 330 espécies de uso na medicina popular no Cerrado. A Arnica (Lychnophora ericoides), o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), a Sucupira (Bowdichia sp.), o Mentrasto (Ageratum conyzoide) e o Velame (Macrosiphonia velame) são alguns exemplos.

“Além de calcular a velocidade do desmatamento, o estudo da CI-Brasil também mapeou os principais remanescentes desse bioma, analisando a situação de sua cobertura vegetal”, explica Mário Barroso, gerente do programa do Cerrado da Conservação Internacional Brasil e co-autor do estudo. “Esses dados serão incorporados à nossa estratégia de conservação para o bioma, que está baseada na implementação de corredores de biodiversidade.”

Os corredores de biodiversidade evitam o isolamento das áreas protegidas, garantindo o trânsito de espécies por um mosaico de unidades ambientalmente sustentáveis - parques, reservas públicas ou privadas, terras indígenas, além de propriedades rurais que desenvolvem atividades produtivas resguardando áreas naturais. Hoje, a CI-Brasil está implementando seis corredores de biodiversidade em regiões do Cerrado: Emas-Taquari, Araguaia, Paranã, Jalapão, Uruçuí-Mirador e Espinhaço. O IBAMA, a SEMARH - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás, a Universidade de Brasília e ONGs locais estão entre os parceiros da CI-Brasil nesses corredores.

Dados subsidiam ações de conservação

Os dados do desmatamento no Cerrado começam a ser apresentados pela CI-Brasil e seus parceiros a tomadores de decisão dos mais diversos níveis. Em reunião do Conselho Nacional de Biodiversidade - CONABIO, no início de Julho, o estudo foi apresentado ao Secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco. Depois da apresentação, o Secretário declarou que o Ministério do Meio Ambiente criará um grupo específico para discussão de medidas emergenciais para o Cerrado, como foi feito para a Amazônia e a Mata Atlântica.

No Estado de Goiás, que possui muitos remanescentes nativos valiosos de Cerrado, a apresentação do estado de conservação do Vale no Paranã ao Conselho Estadual do Meio Ambiente resultou na criação de Câmara Técnica temporária que discutirá e proporá ações de controle sobre o desmatamento na área. O Vale do Paranã, localizado na divisa dos Estados de Goiás e Tocantins, é considerado um centro de endemismo de aves, tem a maior concentração no Cerrado de um tipo de formação vegetal conhecido como floresta seca, e é remanescente de um corredor natural que ligava a Caatinga ao Chaco paraguaio há cerca de 20 mil anos. O trabalho da CI-Brasil na área é feito em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos, a Universidade de Brasília e as organizações não-governamentais Pequi e Funatura.

No Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, que compreende áreas no Sudoeste de Goiás, Sudeste de Mato Grosso e Centro-Norte de Mato Grosso do Sul, os dados de desmatamento estão sendo compartilhados com as prefeituras municipais de 17 municípios. Com o Projeto Municípios do Corredor de Biodiversidade, a CI-Brasil em parceria com as ONGs Oréades e Oikos está fortalecendo órgãos de meio ambiente municipais e estudais em cada cidade.

Técnicos e gestores foram capacitados para o levantamento local de dados, confecção de mapas e aplicação da legislação ambiental. O projeto inclui ainda a criação de núcleos de educação ambiental e o envolvimento de outros atores locais, como lideranças comunitárias e promotores públicos.

“Para frear a destruição do Cerrado, os investimentos do Governo Federal na próxima safra agrícola devem incluir ações de conservação, especialmente na proteção de mananciais hídricos, na recuperação de áreas degradadas e na manutenção de unidades de conservação”, defende Machado. “Se o Governo, as empresas e a sociedade civil se mobilizarem para a criação de um fundo para a conservação do Cerrado associado aos investimentos destinados à produção de grãos, aí sim estaremos implementando, de forma justa e efetiva, a transversalidade da política ambiental no Brasil”.

Fonte: 
Redação Portal Educação  
Publicado no site Carbono Brasil
Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 92, Julho 2004. (www.eco21.com.br) - Andrea Margit Jornalista

sábado, 20 de novembro de 2010

Pequim enfrenta nuvem de poluição




Uma grossa cortina de fumaça encobriu o centro de Pequim nesta sexta-feira (19), reduzindo a visibilidade para poucas centenas de metros. 

Os arranha-céus da capital chinesa praticamente desapareceram, e escolas suspenderam aulas de educação física para evitar problemas respiratórios.

O problema levou especialistas a recomendar que crianças e idosos não saíssem de casa.
Autoridades afirmaram que a má qualidade do ar de Pequim neste outono está ainda pior por causa da queima de carvão mais intensa em vilarejos e fábricas.

Além disso, calcula-se que mais de 1,2 mil novos carros estejam chegando às ruas da capital diariamente.

A intensa poluição de Pequim levou a embaixada americana na capital a descrever a qualidade do ar como ‘louca de tão ruim’, mas depois corrigiu o texto, afirmando estar procurando a linguagem correta para descrever condições acima do limite superior para classificação do índice de poluição atmosférica.  

(Fonte: G1)

Antimatéria é ‘armazenada’ em laboratório pela primeira vez

Átomos de anti-hidrogênio foram capturados durante 170 milissegundos.Experimento foi realizado no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares.

 Equipamento usado para capturar átomos de anti-hidrogênio. (Foto: Niels Madsen / ALPHA / Swansea)

Cientistas do experimento Alpha, desenvolvido pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em inglês), conseguiram capturar pela primeira vez 38 átomos de anti-hidrogênio, a antimatéria equivalente ao hidrogênio convencional. O material foi armazenado por apenas 170 milissegundos – aproximadamente um sexto de segundo. A informação está no site da revista científica Nature.

Os átomos de anti-hidrogênio foram produzidos no vácuo, mas cercados por matéria comum. Ao entrar em contato, antimatéria e matéria se anulam, com as antipartículas sendo desintegradas.
Agora os físicos do Cern desenvolveram uma armadilha magnética para “segurar” a antimatéria por um tempo ínfimo, mas suficiente para que os especialistas pudessem estudá-la. O objetivo é saber se as antipartículas são suscetíveis às mesmas forças eletromagnéticas que influenciam partículas comuns como prótons e elétrons.

A antimatéria é um dos principais mistérios da ciência. É idêntica à matéria comum, mas as partículas que a compõem têm cargas elétricas opostas. Como exemplo, a antipartícula equivalente ao elétron é o pósitron, que tem carga positiva.

O anti-hidrogênio é formado por um antipróton, com carga negativa, e um pósitron. Já havia sido criado artificialmente em 1995 no Cern, porém os estudiosos nunca conseguiram deter os átomos por muito tempo. Ao entrarem em contato com a matéria comum, acabam gerando radiação ou se transformando em outras partículas.

Técnicas de criação de anti-hidrogênio – outra foi desenvolvida em outro experimento do Cern chamado Asacusa – servem aos cientistas para testar o que é previsto pelo modelo padrão de partículas elementares.  

(Fonte: G1)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tempestade de areia cobre cidades no norte da China

Tempestade de areia cobre cidades no norte da China Zonas desérticas já correspondem a um terço do território chinês. Autoridades recomendaram que os moradores fiquem em casa. 

Forte tempestade de areia e poeira cobriu diversas cidades da região norte da China neste sábado (13). As autoridades recomendaram que os habitantes cubram o rosto e, se possível, fiquem em casa, com portas e janelas fechadas.

A baixa temperatura e a ausência de chuva contribuem para a formação da nuvem, mas a ação do homem agrava o fenômeno.

O desmatamento e a urbanização intensa colaboram para a expansão das zonas desérticas na China, que equivalem já a um terço do território.

A  Academia de Ciências da China estima que o número de tempestades de areia aumentou de seis nos últimos 50 anos para doze por ano.

A mais recente tempestade atingiu ainda as regiões de Xinjiang e Mongolia e as Províncias de Shanxi, Shaanxi e Hebei, afetando cerca de 250 Milhóes de pessoas em uma área de 810 mil kmºº2ºº, segundo a agência de notícias Xinhua.

A medida que a tempestade de areia se move ao sudeste, a agência meteorológica da Coreia do Sul emitiu alerta nacional para a capital Seul e outras partes do país.

(Fonte: G1 - Agência de notícias Xinhua)

 

Coala invade pub na Austrália e dorme no balcão



Um coala causou sensação num pub australiano quando, depois de invadir o estabelecimento para fugir de uma tempestade, foi encontrado dormindo sobre o balcão do bar.

A presença do marsupial surpreendeu os funcionários que chegaram para trabalhar no Marlin Bar, em Queensland, no sábado passado.

“Pedi a carteira de identidade dele, mas como ele não tinha, ficou meio sem graça e se pendurou num pilar do bar”, brincou um barman.

“Ele entrou, se aninhou no balcão e caiu no sono, curtindo a atmosfera do lugar”, acrescentou.
Apesar da visita do coala alegrar o ambiente, foi preciso chamar o serviço de proteção animal para devolver o bichinho a seu habitat.

Martin explicou ainda que ninguém sabe dizer como o coala entrou no bar, mas que certamente o fez para fugir de forte tempestade com raios que caiu na noite anterior

. (Fonte: G1)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fundo climático da ONU já existente poderá ter importância maior

Um minúsculo fundo da Organização das Nações Unidas (ONU) que está começando a ajudar os países em desenvolvimento a se adaptar à mudança climática poderá se expandir para gerenciar parte de um mecanismo de ajuda previsto em 100 bilhões de dólares a ser debatido nas conversações da entidade no México, disse o presidente do fundo.
 
Os países em desenvolvimento calculam que o Fundo de Adaptação, que assinou seu primeiro acordo na semana passada a fim de dar 8,6 milhões de dólares ao Senegal para que o país combata a erosão costeira, possa superar as objeções dos doadores para ganhar um papel mais amplo, disse Farrukh Iqbal Khan à Reuters.

Representantes de quase 200 países vão se reunir em Cancún, no México, de 29 de novembro a 10 de dezembro para discutir medidas, entre elas a de um novo ‘fundo verde’ para ajudar os países pobres a deixar os combustíveis fósseis e se adaptar às enchentes, secas, ondas de calor e elevação do nível das marés.

‘O Fundo de Adaptação cresceu após muito esforço ao longo de vários anos…ele está ativo e é uma entidade internacional independente’, disse o paquistanês Khan em uma entrevista por telefone.

‘Os países em desenvolvimento são muito claros – ele pode ser a principal janela de adaptação dentro do mecanismo financeiro mais amplo anexado ao fundo verde global’, disse a autoridade.

Espera-se que o Fundo de Adaptação some 450 milhões de dólares até 2012, uma parcela da ajuda que deverá aumentar para 100 bilhões de dólares anuais a partir de 2020, de acordo com um plano aprovado na cúpula climática de Copenhague no ano passado para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar o aquecimento global.

O novo fundo verde gerenciaria os 100 bilhões de dólares destinados à adaptação, à assistência aos países em desenvolvimento para que cortem as emissões dos gases-estufa e aos mecanismos para compartilhamento de tecnologias de energia limpa.

Alguns doadores estão relutantes em deixar que o Fundo de Adaptação assuma um papel mais amplo. Dois terços de seu conselho são formados por países em desenvolvimento, ou seja, os países que recebem ajuda têm maioria.
 
(Fonte: G1)