RELATOS, NOTÍCIAS, CRÍTICAS, PESQUISAS, RESULTADOS, COMENTÁRIOS, NA VISÃO AMBIENTAL

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Ilha Tuvalu, que fica no Sul do Oceano Pacífico, com o aquecimento Global poderá sumir do Mapa.

Parques na Escócia – será o mesmo planeta?


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Biólogos encontram 25 novas espécies de árvores na Amazônia equatoriana

Biólogos equatorianos descobriram 25 novas espécies de árvores, algumas de até 30 metros, em uma região da Amazônia que, segundo seus estudo, seria a parte com maior diversidade biológica do mundo.

A descoberta é um dos frutos de 15 anos de análise intensiva de uma pequena parcela do Parque Natural Yasuní, localizado no Leste do país, fazendo fronteira com o Peru – o Equador não faz divisa com o Brasil.

Apesar de que o ser humano identifica novas espécies de forma quase rotineira, principalmente insetos e rãs, é raro encontrar árvores desconhecidas.

“É algo extraordinário para uma floresta que em uma pesquisa tenhamos encontrado essas espécies novas neste número”, diz Renato Valencia, subdecano da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Pontifícia Universidade Católica do Equador (Puce).

Quando alguém se depara com a Annona cupria nas imediações da base científica da Puce no Parque Natural Yasuní, é bem capaz de se perguntar como é possível que até pouco tempo este grande organismo foi totalmente desconhecido.

Trata-se de uma planta elegante, de casca com fissuras, suave mas grossa, que se eleva a mais de 20 metros sobre um solo avermelhado pela cor cobre das folhas caídas, pelas quais a árvore ganhou o nome de “cupria”.

Essa é uma das novas espécies identificadas na área e cuja descoberta será divulgada em revistas científicas em breve, segundo Valencia.

Entre elas, há dois gêneros novos, ou seja, grupos de espécies até agora desconhecidos aos cientistas.

Biodiversidade - No total, 1.200 espécies diferentes de árvores e arbustos vivem em uma parcela de um quilômetro por 500 metros em Yasuní, que Valencia analisa desde 1995.

Ela foi destacada como o pedaço de terra com mais biodiversidade do planeta, mais que as 
(Fonte: Folha.com)

Ajuda de países ricos de US$ 27,9 bi pelo clima é reciclada, diz instituto

Os países ricos já colocaram na mesa US$ 27,9 bilhões para combater a mudança climática até 2012. O problema, segundo um estudo do WRI (World Resources Institute) divulgado nesta segunda-feira (23), é que não se trata de dinheiro novo, e sim de verbas recicladas de outros programas de ajuda internacional.

O chamado “fast-start money”, ou dinheiro para ação imediata, foi um dos poucos resultados da malfadada conferência do clima de Copenhague, em 2009.

Pelo acordo, os países desenvolvidos se comprometeram a colocar US$ 30 bilhões em ações de adaptação e corte de emissões nos países pobres, especialmente nos mais vulneráveis (como os africanos e as nações-ilhas).

A meta era ter a verba disponível para ser gasta no triênio 2010-2012, mas metade de 2010 passou sem que os países pobres vissem a cor do dinheiro.
Rebatizados - Apesar de a promessa ter sido de que haveria dinheiro novo na mesa, segundo o levantamento do WRI, “várias das promessas são compromissos rebatizados ou reafirmados já feitos no passado”.
O estudo cita como exemplo a Iniciativa Hatoyama, do Japão, de US$ 15 bilhões. Metade do dinheiro vem da verba de ajuda ao desenvolvimento que o país já paga anualmente, e mais US$ 5 bilhões vêm de fundos preexistentes. A iniciativa é bastante parecida com outra que o país já havia anunciado antes, com poucos recursos adicionais.

Os países ricos justificaram que o Acordo de Copenhague foi adotado no final do ano passado, quando os orçamentos de 2010 já estavam aprovados nos Parlamentos nacionais – daí a impossibilidade de alocar verba nova para este ano.

Mas o WRI aponta que não há nem mesmo um consenso sobre o que seja dinheiro “novo”, ou um mecanismo comum de controle desses gastos. “Embora os compromissos sejam claros, seu cumprimento é incerto”, avalia a ONG.
 
(Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

Espécies marinhas transportadas pelos navios ameaçam habitats (Português Brasil)

A água utilizada pelas embarcações como contrapeso para cargas pode transportar milhares de criaturas para regiões do planeta onde elas se transformam numa grande ameaça para as espécies locais.




Navio cargueiro
Navio cargueiro
Marcelo Torres, da Rádio ONU em Londres.*





A Organização Marítima Internacional, OMI e a Comissão do Mar Negro estão trabalhando em conjunto para evitar o perigo da transferência de criaturas marinhas de diferentes regiões do mundo por navios cargueiros.

"A OMI calcula que, todos os anos, entre 3 e 10 bilhões de toneladas de água sejam transferidos entre diversas regiões do planeta por embarcações desse tipo.

Cargas
A chamada "água de lastro" fica dentro das embarcações e é usada para balancear o peso das cargas, proporcionando uma navegação mais segura.
O problema é que, ao coletar água do mar para usar como contrapeso, os navios também acabam colocando a bordo milhares de criaturas marítimas que se deslocam de um habitat para outro.

Em muitos casos, esse transporte de animais desconhecidos de certas regiões provoca o extermínio de espécies que não estão preparadas para se defender.

Seis Países
O Mar do Norte já sofreu de maneira severa, de acordo com os cientistas que trabalham em conjunto com a OMI. Os ataques às espécies nativas fez diminuir o estoque de peixes do mar.
A organização trabalha em conjunto com seis países banhados pelo Mar do Norte - Rússia, Ucrânia, Bulgária, Romênia, Turquia e Geórgia - para tentar melhorar o controle sobre a água de lastro dos navios."

Um acordo assinado entre a comissão desses países e a OMI também prevê a cooperação para evitar poluição causada por combustíveis e o despejo de lixo nas águas.

FONTE:
*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Nuvem de fumaça encobre sul da Amazônia

Vandré Fonseca   Fonte: O ECO
18 Ago 2010, 12:40

Com visibilidade baixa por conta da fumaça em Manaus,
carros acendem farol (foto: Vandré Fonseca)



Manaus - A fumaça que cobriu Manaus no ano passado está de volta. Com a visibilidade prejudicada, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes amanheceu nesta terça e quarta operando por instrumentos. A impressão é que uma densa nuvem de neblina baixou sobre a cidade, fazendo carros acenderem os faróis mais cedo. As queimadas que atingem principalmente o sul da Amazônia prejudicam também o ar em outras cidades da região, ainda mais próximas dos focos de calor.

O Mapa da Qualidade do Ar divulgado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTec/Inpe) mostra que a nuvem de fumaça encobre boa parte das regiões Centro-Oeste e Norte do País, além de regiões da Bolívia, Peru e Equador. A fumaça, conforme a nota, interfere inclusive no regime de chuvas na região.

O texto explica que a fumaça é formada por uma alta concentração de material particulado fino, produzido a partir das queimadas. A nota alerta também para os perigos à saúde oferecidos pela fuligem. “Estas micropartículas são capazes de penetrar profundamente nos pulmões, provocar problemas respiratórios às populações das regiões atingidas, e ainda chegar a corrente sanguínea”, destaca.


Ar pesado em Apuí


Em Apuí, sul do Amazonas, onde um grande incêndio demorou dois dias para ser controlado, o “ar está pesado”, segundo relato de correspondente da Rede Amazônica no município, Antônio Jocemar. O município é o campeão amazonense de queimadas, 110 focos no dia 16 de agosto. Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) tiveram aeroportos fechados devido à falta de visibilidade.

Manaus está distante da área com maior intensidade de queimadas, por isto o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) quer mais informações sobre a origem da fumaça que cobre a capital do estado. O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) vai fazer um estudo para verificar a origem das partículas que poluem a cidade. Um sobrevoo no entorno da capital, para observar queimadas não detectadas pelo satélite, também deve ser realizado.

O mais o mais provável é a fumaça que cobre Manaus venha mesmo de centenas de quilômetros de distância e seja um reflexo de uma intensa estação de queimadas no sul da Amazônia. “A princípio, tem bastante queimadas, que atingem metade do Pará, há muitos focos em São Félix do Xingu (onde foram detectados 1487 focos de calor no dia 16 de agosto) e Itaituba (140 focos no mesmo dia), e a situação do vento favorece”, afirma o meteorologista Raffi Agop, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/ Inpe).”Acredito que esta situação esteja favorecendo sim (a fumaça em Manaus)”, completa.

O pior dos últimos anos

Nas passagens entre os dias 16 e 17 de agosto, satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectaram 9.946 focos de calor nos estados que formam a Amazônia Legal (incluindo Mato Grosso e Maranhão). A situação é a pior dos últimos anos, segundo Raffi Agop. “Não queimava assim desde 2004. Triplicou o número de queimadas em relação ao ano passado”, calcula.

O clima seco na região, com uma estiagem mais intensa do que em anos anteriores, colabora com as queimadas e incêndios. “Esta massa de ar seco está sendo observada há bastante tempo e deve continuar por mais algum tempo, o que vai proporcionar focos de queimadas pelo menos até o final de semana”, prevê o meteorologista José Felipe Farias, também do CPTec.

Há regiões onde não chove a 90 dias, segundo os meteorologistas do Cptec. Em Rondônia, por exemplo, a umidade do ar pode chegar a 20 por cento, um nível crítico para a saúde humana. A previsão indica que o clima indica que as condições favoráveis às queimadas permanecem pelo menos até o final da semana, segundo Farias. Mapas do CPTec indicam risco crítico para fogo em todo o sul da Amazônia, desde o Oeste do Acre até o Maranhão.

A fumaça das queimadas torna o sul da Amazônia uma região mais poluída do que que grandes áreas industriais. A concentração de Dióxido de Carbono chegou a ficar 5 vezes maior na Amazônia do que em São Paulo, segundo dados do Inpe.

100 quilômetros de queimadas


A área de maior concentração de queimadas agora chega a regiões onde o fogo não era tão intenso em anos anteriores, como o estado do Tocantins, onde a estiagem também está muito forte. “São queimadas de cinquenta, sessenta, cem quilômetros de extensão na região do Rio Araguaia, perto da divisa com Mato Grosso e Goiás”, conta Raffi Agop.

O clima também está mais seco no que em anos anteriores, mas sem a ajuda do homem, o fogo não seria tão intenso. “É bom lembrar, que mesmo em ano seco, se no tiver uma fonte, não tem fogo”, afirma Oswaldo de Carvalho Júnior , pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O pesquisador atua em Canarana, interior do Mato Grosso, onde pode ver a nuvem de fumaça no horizonte. “No ano passado, não tinha isto”, lembra.

Para ele, não existe outra explicação para o aumento das queimadas a não ser a estiagem. Oswaldo de Carvalho Júnior lembra que no ano passado foi feita uma grande campanha contra as queimadas, que diminuiu o fogo na região. A campanha continua este ano e até a proibição para a queima foi antecipada, de acordo com ele, mas os focos de calor aumentaram.    



domingo, 1 de agosto de 2010

Aquecimento pode obrigar cidades a repor areia das praias, diz cientista

As cidades litorâneas do Brasil precisam se preparar para comprar areia. Muita areia. Segundo o pesquisador Dieter Muehe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a elevação do nível dos mares pelo aquecimento global pode obrigar os municípios a reporem as praias “engolidas” pelo oceano.
De acordo com Muehe, esse tipo de intervenção – comum em locais em que o mar causa muita erosão – pode se tornar cada vez mais necessária nas praias urbanas, pois nelas a areia não pode recuar em direção ao continente com a subida do nível do mar, já que na maior parte dos casos há muros ou ruas na beira da água.

O pesquisador, autor do estudo “Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro”, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2007, é considerado um dos maiores especialistas brasileiros no estudo do litoral.
Edifícios – Segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), da ONU, a elevação da temperatura do planeta pode causar um aumento entre 18 e 59 cm no nível do mar até 2100. A previsão, apesar já ser preocupante, é considerada modesta por muitos especialistas.
Além de garantir de volta a área usada pelos banhistas, preencher novamente as praias poderia proteger as construções litorâneas, segundo o pesquisador da UFRJ. “Se não for feito o aterramento, os muros que cercam as praias vão junto com a erosão e o mar vai começar a atingir os prédios”, explicou o especialista durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em natal.

Boa qualidade – Devolver a areia às praias, contudo, não será tarefa simples. “É necessário avaliar de onde tirar areia, já que a que vai ser colocada tem que ser parecida com a original”, avisa Muehe. A matéria-prima usada na construção, por exemplo, seria muito grossa, além de cara.
Uma possível fonte de areia de boa qualidade é a que fica próxima às praias, no fundo do mar, explica o pesquisador. “Uma área em que a areia pode ser retirada é a plataforma continental, mas não pode ser em profundidades maiores do que 10 metros, pois ficaria muito próximo à costa, e também não pode ficar muito longe, pois aí a areia começa a juntar com lama, com carbonato.”

Outro problema, explica o especialista, é que a obra teria que ser refeita de tempos em tempos, já que as ondas tenderão a levar a areia de volta para o mar.
Ventos – Muehe conta que não é apenas o aumento do nível do mar que pode interferir no desaparecimento de algumas praias. Com o aquecimento global, pode haver mudança de direção dos ventos, quebrando o equilíbrio natural de transporte de sedimentos no mar.

Outro fator que pode diminuir a areia nas praias é a construção de barragens nos rios, já que elas impedem as grandes enchentes, responsáveis por levar terra para o mar.
Em situações específicas, de acordo com Muehe, a elevação dos oceanos pode causar o aumento da faixa de areia. É o que pode acontecer se as ondas atingirem falésias – penhascos à beira mar, mais comuns no Nordeste Brasileiro. Nesse caso, a erosão poderá desgastar as rochas e aumentar a disponibilidade de areia. Isso só ocorreria, contudo, em locais onde não houvesse barreiras artificiais em volta da praia.  
(Fonte: Iberê Thenório/ G1)