RELATOS, NOTÍCIAS, CRÍTICAS, PESQUISAS, RESULTADOS, COMENTÁRIOS, NA VISÃO AMBIENTAL

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Ilha Tuvalu, que fica no Sul do Oceano Pacífico, com o aquecimento Global poderá sumir do Mapa.

Parques na Escócia – será o mesmo planeta?


domingo, 31 de janeiro de 2010

Estudo aponta efeito cascata no aquecimento global

A mudança climática provocada pela ação humana vai liberar na atmosfera mais gases do efeito estufa, agravando ainda mais o aquecimento global, segundo um novo estudo.
Mas o efeito cascata do dióxido de carbono adicional – armazenado no solo, nas plantas e nos oceanos –, junto às emissões industriais desse gás, será menos grave do que sugeriam alguns estudos recentes, de acordo com os pesquisadores.

"Estamos confirmando que a retroalimentação existe e é positiva (em termos de volume). Essa é a má notícia", disse David Frank, do Instituto Federal Suíço de Pesquisas WSL, principal autor do estudo publicado na edição de quinta-feira da revista Nature.

"Mas, se compararmos nossos resultados com algumas estimativas recentes, é uma boa notícia", acrescentou Frank, cidadão norte-americano, em declarações à Reuters.

Os dados, baseados em oscilações naturais das temperaturas entre os anos 1050 e 1800, indicam que uma elevação de 1 grau Celsius na temperatura aumenta a concentração atmosférica de dióxido de carbono em 7,7 partes por milhão.
Isso está bem abaixo das estimativas recentes de 40 partes por milhão, o que causaria efeitos climáticos ainda mais dramáticos – como secas, incêndios florestais, inundações e elevação do nível dos mares.
Retroalimentação - A concentração atmosférica de CO2 já passou de 280 partes por milhão antes da Revolução Industrial para 390 partes por milhão. O último grande relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, em 2007, incluía poucas avaliações sobre o ciclo de retroalimentação do carbono.
Frank disse que o novo estudo, feito por cientistas da Suíça e Alemanha, representa um avanço por quantificar a retroalimentação do carbono nos últimos mil anos, e vai ajudar a refinar os modelos informatizados para a previsão das temperaturas.

"Num clima mais quente, não devemos esperar surpresas agradáveis na forma de uma captura mais eficiente de carbono pelos oceanos e a terra", escreveu Hughes Goose, da Universidade Católica de Louvain (Bélgica), num comentário na Nature.

Os especialistas fizeram 220 mil comparações dos níveis de dióxido de carbono –aprisionado em minúsculas bolhas nas camadas anuais de gelo antártico – em relação às temperaturas inferidas a partir de fontes naturais, como os anéis das árvores ou os sedimentos lacustres acumulados ao longo dos anos entre 1050 e 1800.
(Fonte: G1)

sábado, 30 de janeiro de 2010

Novo estudo afirma: ação humana na natureza piora aquecimento global

Um novo estudo aponta que a ação humana no planeta deverá liberar mais gases do efeito estufa, agravando ainda mais o aquecimento global.
Os dados, baseados em oscilações naturais das temperaturas entre os anos 1050 e 1800, indicam que uma elevação de 1 grau Celsius na temperatura aumenta a concentração atmosférica de dióxido de carbono em 7,7 partes por milhão.
Isso está bem abaixo das estimativas recentes de 40 partes por milhão, o que causaria efeitos climáticos ainda mais dramáticos - como secas, incêndios florestais, inundações e elevação do nível dos mares.

A concentração atmosférica de CO2 já passou de 280 partes por milhão antes da Revolução Industrial para 390 partes por milhão. O último grande relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, em 2007, incluía poucas avaliações sobre o ciclo de retroalimentação do carbono.
Os especialistas fizeram 220 mil comparações dos níveis de dióxido de carbono - aprisionado em minúsculas bolhas nas camadas anuais de gelo antártico - em relação às temperaturas inferidas a partir de fontes naturais, como os anéis das árvores ou os sedimentos lacustres acumulados ao longo dos anos entre 1050 e 1800.
(Fonte: JB Online)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

EXCLUSIVO: Brasil e Alemanha vão implantar torres no Amazonas para estudos atmosféricos e observações científicas

O estado do Amazonas se tornará uma referência em estudos de regiões tropicais úmidas. O Programa Amazonian Tall Tower Observatorium, ATTO, já foi autorizado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, Ipaam, e em 2011 deverá entrar em funcionamento.

Em parceria, Brasil e Alemanha vão implantar cinco torres, sendo uma delas com 320 metros e as demais com 60 metros de altura, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de São Sebastião do Uatumã.

As torres serão equipadas com instrumentos de alta precisão para monitoramento das condições atmosféricas. Hoje, existem torres semelhantes na Sibéria, Rússia.
Será possível, por meio desta tecnologia, identificar a participação da Amazônia nos processos de estabilidade ecológica do planeta, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, SECT, um dos órgãos responsáveis pelo projeto, que conta ainda com apoio da Universidade do Estado do Amazonas, UEA, Instituto Max Planck de Química e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Inpa.

Poderão, também, ser criados elementos para compreensão da importância da floresta no ciclo hidrológico.
Os investimentos iniciais serão de 8 milhões de euros, sendo metade do Ministério de Ciência e Tecnologia e a outra metade da Alemanha.

A reitora da UEA, Marilene Corrêa, destacou que o programa servirá como complemento às atividades de investigação de cursos ligados às ciências climáticas executados pela universidade. “Além de servir de apoio a várias pesquisas executadas por meio do Centro de Estudos Superiores do Trópico Úmido da UEA”, disse.

Fonte:
*Com informações da SECT e da UEA.
Danielle Jordan / AmbienteBrasil

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

EXCLUSIVO: Ocupações de encostas e áreas de risco voltam a ser debatidas no Rio de Janeiro

Na quarta-feira, 27, especialistas voltaram a se reunir, no Rio de Janeiro, para debater estratégias para ocupação de encostas. O seminário “Ocupação em Áreas de Risco: Da Tragédia Anunciada à Segurança Desejada”, foi realizado na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Sinduscon-RJ.
Participaram representantes do poder público, técnicos e entidades que atuam no monitoramento de encostas e na reconstrução dos municípios atingidos pelas chuvas.
O presidente Sinduscon-RJ, Roberto Kaufman, afirmou que serão necessários grandes investimentos nos próximos 15 anos para que a situação seja revertida na região.

Os debates contribuem com a elaboração de estratégias para estruturação urbana organizada e segura. “Decidimos realizar esses seminários para ver o que temos e buscar uma alternativa que permita tranquilizar a população e os órgãos públicos. Através da discussão de problemas podemos chegar a soluções que possam ser compartilhadas com todos”, disse o presidente.

O governador em exercício Luiz Fernando Pezão, também acredita que serão necessários investimentos públicos na recuperação e lembrou a importância das parcerias, tanto com estados, quanto com municípios. Universidades e outros órgãos também podem trazer grandes contribuições, como o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação em Engenharia, Coppe/UFRJ.
Pezão destacou, ainda, os projetos que promovem melhorias e oferecem estrutura para a população. “Acredito que hoje, esses projetos de financiamento para a construção de casas para a população de baixa renda sejam um dos maiores programas de atenção à população que temos” afirmou.

Fonte:

*Com informações da ascom da Secretaria de Obras RJ.
Danielle Jordan / AmbienteBrasil

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Baía de Algeciras, Gibraltar


O Greenpeace afirmou ontem que o naufrágio do navio Spabunker IV (1) serve para reforçar a fragilidade da atual legislação marítima com relação ao transporte de materiais perigosos.

“Acidentes como esse continuarão acontecendo enquanto ninguém for responsabilizado pelos danos materiais e ambientais”, disse Juan Lopez de Uralde, diretor-executivo do Greenpeace Espanha, a bordo do barco da organização ambientalista, o MV Esperanza. “Com esta atitude, indivíduos irresponsáveis podem lavar suas mãos e continuar poluindo outros oceanos”.

O Spabunker IV, uma embarcação de 37 metros, naufragou ontem pela manhã na Baía de Algeciras com uma carga de 900 toneladas de óleo combustível. De acordo com fontes locais, não existem sinais de vazamento no casco do navio. A autoridade portuária de Gibraltar apontou as más condições climáticas como a provável causa do naufrágio.

Gibraltar é o principal porto mediterrâneo para transferência de combustível, fornecendo mais de 2,7 milhões de toneladas de combustível por ano; Algeciras vem logo a seguir, fornecendo mais de 1,5 milhões de toneladas de combustível anualmente.

“Esse é mais um exemplo dos vazamentos que acontecem na Baía de Algeciras graças à transferência de combustível e que, normalmente, ficam impunes”, completou Lopez de Uralde. “Apesar das contínuas reclamações sobre vazamentos na área portuária, o número de sanções é mínimo. Tudo isso mostra a atmosfera permissiva dentro da qual a indústria petrolífera atua”.

O Greenpeace demanda a responsabilização total e ilimitada para todos os envolvidos nesses acidentes, desde donos, gerentes e operadores da embarcação até os donos da carga, tendo a certeza de que a indústria petroleira pague pelos danos causados por esses acidentes. Além disso, o Greenpeace está pedindo que a União Européia aprove imediatamente o banimento do uso de navios de caso simples e exclua as áreas ecologicamente sensíveis das possíveis rotas de quaisquer navios.

Na última segunda-feira (20/01), o Greenpeace realizou um protesto pacífico contra um outro petroleiro de casco simples que estava transferindo combustível na Baía de Algeciras.
Nota:

(1) O Spabunker IV é de propriedade da empresa Ciresa Bunker SA, baseada na Espanha. A capacidade de carga da embarcação era de 1300 toneladas. Em agosto de 2002, o Spabunker IV esteve envolvido em outro acidente.

FONTE:
.greenpeace

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

PPBio lança guia das Leguminosas Herbáceas na Amazônia


Estudo detectou a diversidade e o padrão de distribuição de plantas que habitam as áreas de savanas de Roraima.



O Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), gerado no âmbito da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped), do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), lançou o Guia das Leguminosas Herbáceas das Duas Grades de Savanas do PPBio. A publicação se originou a partir do interesse do grupo de pesquisa local "Ecologia e Manejo dos Recursos Naturais das Savanas de Roraima" em detectar a diversidade e o padrão de distribuição de plantas que habitam as áreas de savanas de Roraima.
Das 32 espécies (25 nas parcelas e sete nos arredores) identificadas não havia novidades regionais. Entretanto, os pesquisadores conseguiram montar um quebra-cabeça e estabelecer os padrões mínimos de ocorrência dessas espécies a partir de variáveis edáficas e fitofisionômicas.
Desde 1978 foram feitos apenas dois estudos que identificaram várias dessas espécies localmente e, portanto, essa foi uma boa oportunidade de não só resgatar como também ampliar o nível de informações sobre este grupo taxonômico tão importante economicamente (fixador de nitrogênio, forrageiro, alimentício, farmacológico, etc).
O guia nada mais é do que uma forma mais inteligente de dar visibilidade aos recursos naturais locais com o objetivo de auxiliar na formatação de políticas públicas de conservação destas áreas de vegetação aberta do extremo norte amazônico. Outra importância do guia está em facilitar futuros inventários florísticos por parte de acadêmicos e professores interessados no grupo das herbáceas das savanas locais. Há hoje dificuldades em acessar e identificar o patrimônio genético deste grande ecossistema e, por isso, os que fazem uso desse recurso acabam apoiando ou buscando alternativas não sustentáveis.
O Field Museum de Chicago, dos Estados Unidos, tem uma série de guias de identificação sobre plantas e animais de vários grupos taxonômicos, principalmente para regiões tropicais. A equipe do museu estimula a publicação desses guias fotográficos visando facilitar a identificação de espécies e a difusão de conhecimento para o público, uma grande carência na região amazônica.



Fonte:    


MCT/EcoAgência

sábado, 16 de janeiro de 2010

Iniciativas e produtos verdes da CES de Las Vegas

Bicicleta-eneloop-sanyo


A bicicleta elétrica Eneloop, da Sanyo. ©Sanyo. 


 Na semana passada, Las Vegas abrigou a conferência Consumer Electronics Show 2010 (CES), a maior feira de tecnologia do mundo. 

Uma tendência que se dissemina em todos os setores, os produtos verdes também tiveram destaque no evento. A área destinada a produtos amigáveis ao meio ambiente, denominada Planeta Sustentável, cresceu 40% desde 2009. A feira também comprou créditos de carbono, apesar de a organização do evento ser mais conhecida por adotar posturas menos verdes, como informa o portal TreeHugger

Neste site, podemos conhecer melhor os produtos e iniciativas verdes apresentadas. Confira nossa seleção com as mais interessantes. 



ReCellular 

Apesar de eventos como a CES se basearem na promoção de novos eletrônicos, um dos expositores, a ReCellular, se especializou em fazer o contrário: a venda de aparelhos menos atuais, selecionados e reformulados para um melhor aproveitamento.  

Apesar de comercializar telefones móveis usados, é curioso que a ReCellular ofereça versões recentes do iPhone e Blackberry, demonstrando como os consumidores descartam com facilidade estes aparelhos. 

A empresa também compra telefones usados e aceita doações de equipamentos. Saiba mais em ReCellular.com  


Bicicleta elétrica Sanyo 

Quem usa a bicicleta para distâncias curtas pode se perguntar: para quê uma motorizada? Mas quem percorre distâncias médias e longas pode se encantar com uma boa bicicleta motorizada, com um belo design e preço razoável. 

As bicicletas motorizadas são um interessante ponto intermediário entre este meio de transporte sustentável e outros que consomem combustível, como carros e motos. Mas se elas forem elétricas, a equação se torna mais interessante. 

A Sanyo apresentou na CES a Eneloop, uma bicicleta elétrica com um design atraente de linhas simples, que quase não expõe seus mecanismos, a um preço acessível: 2.300 dólares. Um passo certeiro para aproximar este meio de transporte do grande público. Saiba mais em Sanyo.com.  

Auto-falantes de embalagens recicladas 

A Terracycle, que produtos itens de todo tipo com embalagens recicladas de alimentos, apresentou uma série de autO-falantes feitos com pacotes de salgadinhos.  

Eles podem ser comprados no próprio site da empresa.   

Apesar de a cultura dos gadgets eletrônicos muitas vezes pecar pelo desperdício, promovendo a substituição permanente dos aparelhos, a crescente presença da consciência ecológica neste âmbito é um bom sinal.  

FONTE:
PLANET GREEN

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

30 milhões de euros para o maior projeto mundial de pesquisa em energia marinha


Oceano-tenerife
Oceanos: a energia do futuro. Foto:clspeace
Um consórcio de 19 empresas e 25 centros de pesquisa espanhóis executará, ao longo de três anos, o maior projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica de energia marinha do mundo. 

Trata-se da iniciativa “Ocean Lider”, cujo objetivo é explorar as tecnologias necessárias para produzir energias renováveis a partir da força do oceano (ondas e correntes marinhas).
 

O projeto conta com um orçamento imponente, 30 milhões de euros, e será liderado pela empresa Iberdola Ingeniería. O projeto conta com o apoio do Estado espanhol e recebeu uma subvenção de 15 milhões de euros de instituições nacionais. 

Espera-se que o esforço de investigação ajude a desenvolver ao máximo este tipo de energia no país, de forma a acompanhar a grande evolução da geração de energia eólica na Espanha, uma das principais fontes energéticas do país.

Sua importância é representada pelo recorde obtido na madrugada de 8 de novembro de 2009. Graças a uma tempestade de vento, as turbinas eólicas produziram 11546 MW: mais de 50% da eletricidade consumida em todo o país. (El País) 

Se esta nova iniciativa tiver sucesso, a Espanha sem dúvida assumirá a liderança mundial no âmbito das energias renováveis, um exemplo a ser seguido por outros países do mundo.

Neste momento, o projeto mais conhecido de produção de energia marinha por correntes oceânicas denomina-se SeaGen e está localizado na Irlanda. 
 
Fonte:
PLANET GREEN

O que compõe a Pegada?

A Pegada Ecológica de um país, de uma cidade ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam determinados estilos de vida. Em outras palavras,a Pegada Ecológica é uma forma de traduzir, em hectares (ha), a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza” , em média, para se sustentar.
Para calcular as pegadas foi preciso estudar os vários tipos de territórios produtivos (agrícola, pastagens, oceanos, florestas, áreas construídas) e as diversas  formas de consumo (alimentação, habitação, energia, bens e serviços, transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das populações e outros dados, também entraram na conta.

Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, em uma área medida em hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e reservar uma quantidade de terra e água para a própria natureza, ou seja, para os animais, as plantas e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da biodiversidade.

Composição da Pegada Ecológica

  • TERRA BIOPRODUTIVA: Terra para colheita, pastoreio, corte de madeira e outras atividades de grande impacto.
  • MAR BIOPRODUTIVO: Área necessária para pesca e extrativismo
  • TERRA DE ENERGIA: Área de florestas e mar necessária para a absorção de emissões de carbono.
  • TERRA CONSTRUÍDA: Área para casas, construções, estradas e infra-estrutura.
  • TERRA DE BIODIVERSIDADE: Áreas de terra e água destinadas à preservação da biodiversidade.
De modo geral, sociedades altamente industrializadas, ou seus cidadãos, “usam” mais espaços do que os membros de culturas ou sociedades menos industrializadas.

Suas pegadas são maiores pois, ao utilizarem recursos de todas as partes do mundo, afetam locais cada vez mais distantes, explorando essas áreas ou causando impactos por conta  da geração de resíduos.

Como a produção de bens e consumo tem aumentado significativamente,o espaço físico terrestre disponível já não é suficiente para nos sustentar no elevado padrão atual.

Para assegurar a existência das condições favoráveis à vida precisamos viver de acordo com a “capacidade” do planeta, ou seja, de acordo com o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que ela fornecesse. Avaliar até que ponto o nosso impacto já ultrapassou o limite é essencial, pois só assim poderemos saber se vivemos de forma sustentável.
 
Fonte:
http://www.wwf.org.br
 
 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Seu estilo de vida diz tudo

Qual a relação entre o seu cotidiano e o meio ambiente? Você já parou para pensar?

Água
Todos os dias você escova os dentes, toma banho, lava as mãos, faz comida, lava a louça e a roupa, utiliza a descarga. Você já pensou o quanto tudo isso consome de água por dia?

Para passar das conjecturas aos dados, verifique em sua conta o total de metros cúbicos mensais e divida esse total por 30 dias e pelo número de pessoas que moram na sua casa. Assim, você terá a sua média individual diária calculada.

Somos hoje 6 bilhões de habitantes no planeta, com um consumo médio diário de 40 litros de água por pessoa.

Um europeu gasta de 140 a 200 litros por dia, um norte-americano, de 200 a 250 litros, enquanto em algumas regiões da África há somente 15 litros de água disponíveis a cada dia para cada morador.

Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o consumo médio diário por habitante da cidade de São Paulo é de 200 litros de água, considerado altíssimo.

Há grande desperdício, isto é, os paulistanos deixam uma pegada ecológica excessiva, no que se refere à água. Certamente é possível melhorar muito! 

Energia elétrica
Diariamente, você faz funcionar luzes e eletrodomésticos como chuveiros, computadores, liquidifi cadores etc. Também ouve música ou notícias no rádio, assiste a programas de TV, lava e seca roupas em máquinas, usa elevadores, escadas rolantes, climatização de ambientes (ar condicionado ou aquecedores). Você já pensou em quanta Natureza é preciso “empregar”
para fazer tudo isso funcionar?

No Brasil a maior parte da energia elétrica consumida é produzida por hidroelétricas, que exigem, para seu funcionamento, a construção de grandes barragens.

Assim, com o aumento de consumo e a decorrente necessidade de produzir cada vez  mais energia elétrica, torna-se necessário represar mais rios e inundar mais áreas, reduzindo as florestas, impactando a vida de milhares de outros seres vivos, retirando comunidades de suas terras e alterando os climas locais e regionais como aumento das superfícies de evaporação. 

Alimentação
Atualmente, muitas pessoas comem mais do que o necessário. É o que mostram os altos índices de obesidade no mundo, principalmente nas nações mais desenvolvidas. Mas comer em grande quantidade não garante uma boa saúde, pelo contrário.

A alimentação é um item muito importante da nossa qualidade de vida, mas, além disso, uma dieta natural e equilibrada é bastante favorável à preservação dos ambientes.

O consumo de alimentos orgânicos ou naturais ajuda a diminuir o uso de agrotóxicos e o equilíbrio alimentar leva a uma exploração menos irracional dos recursos do planeta, reduzindo, em muitos aspectos, nossas pegadas. Lembre-se de que não faltam alimentos no mundo e sim uma distribuição mais justa. 

Consumo e descarte
Quanto mais consumimos, mais lixo produzimos. Os resíduos naturais, ou matéria orgânica, podem ser inteiramente absorvidos e reutilizados pela Natureza, mas o tipo de resíduos que nossa civilização produz nos dias de hoje, especialmente os plásticos, não podem ser eliminados da mesma forma.

Eles levam milhares de anos para se desfazer no ambiente. Você já mediu quanto você, sua família ou seu grupo de trabalho produzem de lixo por dia? A média nos grandes centros urbanos é de 1kg por pessoa. É muito lixo!

Mas você pode contribuir bastante se separar os materiais descartados. Comece separando o lixo entre seco (reciclável) e o úmido (orgânico). Você irá observar que o peso do seco é pequeno, porém seu volume é enorme.

Já o lixo úmido, ocupa menos espaço, porém é bastante pesado. Parte do lixo seco pode ser encaminhado para a reciclagem e o lixo orgânico, por sua vez, pode ser destinado à compostagem.

Esta atitude pode ser difícil no início, pois é necessário envolver todos que estão à sua volta, mas se você tem vontade de fazer algo que realmente contribua com a preservação do nosso planeta, continue tentando e implante a coleta seletiva. 

Transporte
Quanto você se desloca por dia? De que forma: carro, ônibus, trem, metrô, a pé ou de bicicleta? A maioria dos meios de transporte que utilizamos em nosso cotidiano utilizam combustíveis fósseis, ou seja, não renováveis.

Esta fonte energética que vem do petróleo, do carvão e do gás natural polui o ar, principalmente nos grandes centros urbanos, devido à enorme quantidade de automóveis.

Hoje em dia, a ciência e a sociedade civil têm pressionado o poder público e a iniciativa privada na busca de soluções para a poluição. Este enorme problema agrava o aquecimento global e ocasiona o aumento de doenças respiratórias.

Por isso, um transporte sustentável tem de utilizar eficazmente a energia, ou seja, transportar o máximo de carga possível gastando o mínimo de combustível.

Daí a importância de se utilizar o transporte coletivo e de se oferecer carona
sempre que possível. Andar de bicicleta e fazer pequenos trechos a pé, também ajuda a reduzir sua pegada. 

Fonte:
http://www.wwf.org.br

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Água para a Vida

Detalhe de lago na região de Santarém (Para), onde o projeto Várzea é desenvolvida há cerca de 14 anos.
www.canon/Edward.parker

Iniciativa Água e Clima: novos desafios, novas propostas

O programa Água para a Vida, do WWF-Brasil, iniciado em 2001, começa, agora, uma nova fase, em parceria como o Grupo HSBC dentro da iniciativa mundial “HSBC Climate Partnership”, programa ambiental do banco para responder às urgentes ameaças das mudanças climáticas em todo mundo. No âmbito do WWF-Brasil, inicia-se, este ano, a Iniciativa Água e Clima, que reúne atividades de diversos programas da instituição no alcance das metas propostas ao HSBC dentro da parceria. A Iniciativa Água & Clima pretende atuar na Mitigação das Emissões de Gases de Efeito Estufa e na Adaptação dos Ecossistemas Aquáticos às Mudanças Climáticas, como frentes principais. Como frentes transversais, atuaremos nas áreas de Comunicação, Campanhas e Educação para Sociedades Sustentáveis, e Fomento e Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis.

Mitigação

Redução de Gases de Efeito Estufa

• Contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa causados pelo desmatamento, apoiando o uso sustentável dos recursos florestais brasileiros;

O WWF- Brasil propõe a criação de mecanismos financeiros para a redução do desmatamento, ao mesmo tempo em que medidas de controle e alternativas de manejo sustentável sejam aperfeiçoados pelo Governo Federal.

Assim, Iniciativa Água & Clima propõe:

• Que o Brasil use os mecanismos do Protocolo de Quioto para restrição de desmatamento;

• A criação de mecanismos de redução do desflorestamento e a conseqüente emissão de gases de efeito estufa na Amazônia, incentivando atividades econômicas sustentáveis com recursos florestais;

• O aperfeiçoamento da transparência do Plano Nacional de Combate ao Desmatamento, do Governo Federal, de modo a identificar obstáculos à sua implementação e propor soluções.

Eficiência Energética e Fontes Renováveis

• Contribuir para que o País aumente os investimentos em eficiência energética e no desenvolvimento de fontes renováveis de energia (reduzindo a necessidade de construção de novas barragens).

O que o WWF-Brasil irá fazer:

• Promover, junto aos governos, a eficiência energética e renovável por meio da implementação da Agenda Elétrica Sustentável Brasil 2020, aumentando a segurança energética nacional;

• Colaborar para que o Governo Federal adote medidas e critérios para proteção das Bacias Hidrográficas em função das ameaças impostas pela visão energética vigente, baseada na construção de barragens;

Adaptação

Análises das vulnerabilidades das bacias hidrográficas

• Identificar e mapear as vulnerabilidades das bacias hidrográficas, de forma a subsidiar os tomadores de decisões no sentido de que medidas de resiliência sejam adotadas por meio do uso dos instrumentos de gestão de recursos hídricos.

Para isto, o WWF-Brasil irá:

• Em parceria com atores chaves, desenvolver análises sobre os riscos e vulnerabilidades para conservação e usos da água frente aos impactos das mudanças climáticas.

Governança sobre bacias hidrográficas, planejamento e policies públicas

• Contribuir para que a Política e o Plano Nacional de Recursos Hídricos incorporemm medidas para resiliência de bacias hidrográficas às mudanças climáticas. Também atuará para que as bases institucionais para conservação e gestão de recursos hídricos na Amazônia sejam implementadas.

Como?

• Identificando estratégias de resiliência para a gestão e conservação de água frente às mudanças climáticas, subsidiando tomadores de decisão (Organismos de Bacias Hidrográficas envolvendo os setores de governo, usuários e sociedade civil,) com base em estudos de caso.

Rios de Fluxo Livre

• Contribuir, com informações e estratégias para as políticas públicas de gestão de recursos hídricos junto aos governos e organismos de bacia que, permitam criar mecanismos de adaptação dos ecossistemas aquáticos às mudanças climáticas, bem como a intervenções tais como grandes projetos de infra-estrutura.

Como?

• Contribuindo para a criação de mecanismos que assegurem a integridades dos ecossistemas aquáticos, como o conceito de rios livres que considerem as questões de resiliência.

• Fomentar a criação de áreas prioritárias para conservação de ecossistemas aquáticos (sítios Ramsar / áreas de recarga, etc).

Temas Transversais: Comunicação, Campanhas e Educação para Sociedades Sustentáveis

• Sensibilizar e/ou mobilizar onze milhões de brasileiros, levando informações sobre as ameaças das mudanças climáticas e seus impactos sobre os recursos hídricos, de forma a que a população adote iniciativas no sentido de reduzir estes riscos e estimulando a adoção de novas atitudes e comportamentos de forma a promover hábitos mais sustentáveis e eficientes em relação ao uso dos recursos naturais.

Fonte:
http://www.wwf.org.br


domingo, 10 de janeiro de 2010

Restinga paulista pode receber Unidade de Conservação




UC colocará a salvo planície vizinha à Serra do mar


Uma das mais importantes áreas de Mata Atlântica no estado de São Paulo poderá receber uma nova unidade de conservação. A área protegida proposta, no município de Bertioga, tem 8.025 hectares e deve reforçar a proteção de parte da restinga paulista, ecossistema que abriga rica biodiversidade e vulnerável à pressão imobiliária e turística. Além de proteger rios que abastecem a região, espécies ameaçadas e exclusivas do bioma, a unidade de conservação será a primeira a pôr a salvo a planície vizinha ao Parque Estadual da Serra do Mar.

A definição levou em conta uma série de critérios, tais como as características da vida silvestre, da vegetação e dos recursos hídricos, e recebeu apoio do Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil, que em parceria com a Fundação Florestal e o Instituto Florestal de São Paulo, realizou estudos numa área de 10.393 hectares. O chamado Diagnóstico Socioeconômico, Ambiental e Cultural do Polígono Bertioga envolveu pesquisadores de diferentes especialidades e demonstrou que o trecho possui rica diversidade biológica e protege rios que formam três sub-bacias hidrográficas – Una, Itaguaré e Guaratuba - , essenciais para a região.

“A criação e a gestão de áreas protegidas principalmente em um local de grande concentração populacional tem o desafio de equilibrar a harmonia do ser humano com o ambiente o que permite que a vida das pessoas também tenha maior qualidade”, lembra a coordenadora do programa Mata Atlântica, Luciana Simões.

A proposta para criar a unidade de conservação em Bertioga já está sendo discutida com diversos setores da sociedade. Nos dias 4 e 7 de dezembro de 2009 foram realizadas quatro reuniões públicas em preparação para a proposta final que será apresentada posteriormente em audiência, convocada no Diário Oficial e demais mídias. A previsão é que a audiência pública final seja realizada em fevereiro de 2010.

Estudos oferecem subsídios para a criação de UCs

A seleção do local serviu como piloto para testar critérios que ajudem a proteger habitats com maior representatividade, evitando as lacunas na conservação de espécies de fauna e flora, bem como dos processos ecológicos. A metodologia objetiva garantir a escolha de áreas a partir de parâmetros técnicos que confirmem sua importância, e não mais balizada por oportunidades circunstanciais, o que ainda predomina.

“A história mostra que os parques foram criados porque havia oportunidades, mas essa forma não deve se manter, pois não atende ao objetivo de conservar a biodiversidade. Queremos sair do oportunismo e da forma de criar parques de forma aleatória”, salienta a Coordenadora do Programa Mata Atlântica, Luciana Simões.

Patrimônio biodiverso no litoral paulista

As restingas se estendem por quase toda a costa brasileira e formam um engenhoso complexo de plantas e animais adaptados à influência marítima e ao solo arenoso. Atualmente, existe apenas uma unidade de conservação que abrange o hábitat no sistema estadual paulista.

Dados do Diagnóstico Socioeconômico, Ambiental e Cultural do Polígono Bertioga, realizado pelo WWF-Brasil, reforçam a necessidade de proteger a porção de restinga restante. Apesar de, por enquanto, ainda possuir menos estudos se comparadas às UCs mais intensamente pesquisadas, duas áreas dentro dessa região foram identificadas entre os trechos de Mata Atlântica com maior riqueza de espécies no estado de São Paulo, com ênfase à diversidade de anfíbios – a maior conhecida no bioma –, à concentração de aves ameaçadas e, em relação à flora, ao número de espécies de orquídeas.

Estudos realizados no Parque Estadual da Serra do Mar também reforçam a necessidade de conservação dos ambientes da planície litorânea. As matas de baixada de Bertioga, aquelas entre 0 a 50 metros de altitude, são consideradas IBAs (sigla de Important Bird Area) ou área importante para a conservação de aves. Segundo a Birdlife International / SAVE Brasil esses são locais criticamente importantes para a conservação à longo prazo das aves.

Os pesquisadores encontraram ainda 1.000 espécies de plantas no polígono de Bertioga. Elas correspondem a aproximadamente 13% do total encontrado no estado de São Paulo em áreas muito maiores e melhor estudadas. Destas, 44 espécies estão ameaçadas de extinção e outros 17 tipos de vegetação são endêmicos, ou seja, só existem nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Cobrindo parte da encostas do Parque Estadual da Serra do Mar, o polígono de Bertioga funcionará como um corredor de biodiversidade até o planalto, além de proteger a rede de corpos d’água que abastece três sub-bacias hidrográficas na planície litorânea onde os remanescentes continuam sofrendo grande pressão.


Mapa com a proposta de limites e localização da nova Unidade de Conservação em Bertioga
Mapa com a proposta de limites e localização da nova Unidade de Conservação em Bertioga/SP



Dados da UC proposta

Representatividade
  • Ecossistema de restinga, a mais ameaçada da Mata Atlântica paulista 
Localização
  • Litoral centro do estado de São Paulo no município de Bertioga 
Dimensão
  • 8.025 mil hectares 
Água
  • Duas sub-bacias hidrográficas – Rios Itaguaré e Guaratuba 
Biodiversidade
  • 40 espécies de anfíbios e 53 espécies de répteis
  • 25 espécies de mamíferos de médio e grande porte
  • 6 espécies de mamíferos ameaçados de extinção
  • Considerada uma IBA – sigla de “Important Bird Area” ou área importante para a conservação de aves
  • Cerca de 1.000 espécies de plantas
  • 44 espécies de flora ameaças de extinção
  • 17 tipos de vegetação endêmica, que só ocorre nos estados de São Paulo e Rio de Janei


 Fonte:
http://www.wwf.org.br/naturezas

sábado, 9 de janeiro de 2010

Decreto favorece construção de casas em áreas de proteção ambiental em Angra dos Reis




                                                                Roosewelt Pinheiro/ABr

Angra dos Reis (RJ) - A Estrada do Contorno, o único acesso à localidade de Vila Velha, foi bloqueada por diversas quedas de barreira entre a noite do dia 31 e a madrugada do dia 1º, deixando os moradores isolados por cerca de quatro dias
Angra dos Reis (RJ) - A Estrada do Contorno, o único acesso à localidade de Vila Velha, foi bloqueada por diversas quedas de barreira entre a noite do dia 31 e a madrugada do dia 1º, deixando os moradores isolados por cerca de quatro dias


Rio de Janeiro - Embora a ocupação desordenada do solo possa se tornar um fator de risco para deslizamentos de terra, a instalação de novos empreendimentos na Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamoios, na Ilha Grande, em Angra dos Reis, foi flexibilizada pelo governo estadual, no ano passado. No local, 29 pessoas morreram soterradas na sexta-feira (1º).

O Decreto 41.921, do governador Sérgio Cabral, de junho de 2009, autoriza a instalação de novos empreendimentos em zona de conservação de vida silvestre da reserva, formada por cerca de 100 ilhas, além de uma faixa costeira de cerca de 80 quilômetros. Anteriormente, só eram permitidas reformas e ampliações das construções.

O documento motivou uma série de protestos de entidades ligadas ao meio ambiente, do Ministério Público e até mesmo de órgãos de governo.

A administradora da APA de Tamoios, Mônica Mesquita, reconhece que o decreto não “está claro” e que foi aprovado “às pressas”. O problema é que, da maneira como está, o documento não estabelece de forma precisa o tamanho que as novas construções podem ocupar.

“O decreto tem problemas”, reconheceu Mônica Mesquita. “Se houver má fé [dos proprietários], podem ser permitidas construções em áreas não degradadas. O decreto não diz claramente se você pode construir em 10% da propriedade ou em 10% da zona de conservação. A parte técnica do documento é vulnerável”, avaliou.

Questionado judicialmente, o governo estadual cedeu às pressões. O procurador federal em Angra dos Reis Fernando Amorim informa que a Secretaria Estadual do Ambiente não concedeu até hoje nenhuma licença com base no texto. E preferiu iniciar um novo plano de manejo, que deve ficar pronto em até quatro meses, antes de autorizar as construções.

Para o procurador, o decreto é “um desastre”. Mas não porque pode favorecer novas tragédias com a ocupação desordenada do solo. O problema, denuncia, além das implicações para a fauna e flora da região, é “anistia quem não cumpre as leis ambientais” e ceder à especulação imobiliária, que historicamente avança sobre a costa sul fluminense.

“Angra [dos Reis] tem umas das legislações ambientais mais rigorosas do país. Mas a sensação é de que ela é de faz de conta. As pessoas não respeitam. Ou não respeitam porque não têm meios econômicos e são empurradas para encostas e várzeas ou não respeitam porque se acham acima da lei. Temos várias situações de mansões embargadas aqui”, explicou.

 Fonte:
Isabela Vieira -
" Reporter da Agencia Brasil"

Edição: Lílian Beraldo

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Reino Unido tem noite mais fria do inverno, com -20ºC Reino Unido está totalmente coberto de neve; frio chega a -20ºC

                               © APC


uk
Imagem de satélite          fornecida pela Nasa   mostra o Reino Unido inteiro coberto pela neve
O Reino Unido passou pela noite mais fria do inverno, com temperaturas que em alguns lugares da Escócia chegaram a ficar em -20ºC. A baixa temperatura e a neve deram origem a grandes problemas em transportes, escolas e indústria, e dezenas de grandes empresas companhias convivem com racionamento na provisão de gás para atender as necessidades domésticas, que alcançaram níveis recorde devido a aquecedores.

Grupos empresariais e políticos da oposição criticaram a "vulnerabilidade" do sistema de provisão energética do país e pediram a construção de mais estações de gás tanto para uso doméstico como industrial.

As companhias aéreas continuam anunciando atrasos e cancelamentos. A Easyjet confirmou mais 30 voos que não partiram, totalizando aproximadamente 500 na semana. A British Airways, que ontem cancelou 113 voos em Heathrow e 36 em Gatwick (ambos aeroportos de Londres) confirmou que houve vários atrasos em algumas de suas operações.

Os principais aeroportos do país, incluindo os que atendem a Londres, seguem abertos, mas os passageiros são aconselhados a se informarem sobre o estado de seus voos antes de chegar aos terminais.

Os serviços da ferrovia Eurostar, que unem a Inglaterra com o continente europeu, ainda não voltaram à normalidade, depois que, na quinta-feira, um dos trens teve problemas no túnel sob o canal da Mancha.

Várias companhias ferroviárias que operam várias linhas pelo país voltarão a sofrer hoje interrupções ou fortes atrasos depois que ontem foram cancelados muitos serviços durante a manhã, e se espera uma redução das freqüências em alguns trechos.

O Escritório Meteorológico advertiu aos motoristas que as estradas estão em condições extremamente perigosas devido à neve ou ao gelo em todo o país.

Alguns diários britânicos publicam hoje em suas primeiras páginas uma foto do Reino Unido, tirada por um satélite, na qual o país aparece inteiramente coberto por uma camada branca.

Para o resto do dia é esperada mais neve em diversas partes do país, e teme-se que as temperaturas possam chegar a -22ºC durante a noite.
Fonte: Terra

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DESLIZAMENTOS

São fenômenos provocados pelo escorregamento de materiais, como solos, rochas e vegetação ao longo de terrenos inclinados.
Deslizamento.Deslizamento.Deslizamento.
O QUE FAZER PARA EVITAR O DESLIZAMENTO?
  • Não destrua a vegetação das encostas;
  • Aterros e corte nas encostas provocam a instabilidade do terreno. Procure sempre orientação dos técnicos da Defesa Civil;
  • Conduza a água usada até a vala mais próxima;
  • Valas obstruídas causam transbordamento, encharcando o solo e as encostas;
  • Não plante bananeiras em morros e encostas, pois acumulam água no solo e provocam deslizamentos.
SE OCORRER:
  • Estalos ou aumento das trincas em pedras;
  • Rachaduras ou trincas no terreno;
  • Árvores, postes e muros inclinados;
  • Muros e paredes estufadas;
  • Novas rachaduras ou trincas na casa.
FAÇA O SEGUINTE:
  • Comunique-se imediatamente com a Defesa Civil;
  • Saia imediatamente de casa com toda família;
  • Dirija-se a casa de amigos ou parentes e aguarde os técnicos da Defesa Civil.
Fonte:
  www.defesacivil.angra.rj.gov.br/defesacivil/i.

ÁGUAS DE VERÃO:PERIGO NAS ENCOSTAS

Francis Bogossia  Engenheiro.


Deslizamento
Deslizamentos de encostas
“É melhor prevenir do que remediar”. O dito popular não deve ser esquecido também quando se trata de prevenir deslizamentos de terra. Acidentes desta natureza têm se repetido com frequência no Brasil nos últimos anos. Este perigo ronda as estradas brasileiras, seja quando a terra cobre as pistas, seja quando se abrem crateras no asfalto.

Todos conhecem o “efeito dominó” dos deslizamentos que, sujeitos à lei da gravidade, arrastam para o sopé das elevações, em avalanches, tudo que ficar no seu caminho.

As chuvas este ano chegaram mais cedo. Estamos atravessando uma primavera de pluviosidade excepcional e calor intenso, castigando as encostas sem descanso e provocando inundações. É certa a ocorrência de novas calamidades porque as chuvas de verão são uma certeza em nosso país.

Na década de sessenta, após uma enorme tragédia, com várias mortes e perdas materiais, a Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu criar uma divisão, na secretaria de obras, especializada em geotecnia que foi o embrião da atual Fundação Geo-Rio, de reconhecida competência.

Hoje a cidade do Rio de Janeiro conta com o Sistema Alerta-Rio, que tem mapeadas diversas áreas de risco e dispõe de rede de pluviômetros capazes de prever condições de alerta. Com base na intensidade das precipitações, o sistema analisa os dados e identifica automaticamente os locais com perigo de escorregamentos. Pode-se, assim, providenciar a evacuação de áreas antes que as enxurradas façam seus periódicos estragos. Mesmo assim, o poder público não tem sido capaz de acompanhar a enorme velocidade de crescimento da ocupação desordenada das várias encostas cariocas e novas áreas de risco surgem nas comunidades de baixa renda instaladas nos morros. As ações judiciais são lentas, a fiscalização é deficiente e as encostas continuam vítimas de desmatamentos criminosos que lhes retiram a proteção natural. Alguns tipos de solos e rochas ficam frágeis se expostos às ações das águas.

Várias iniciativas vêm sendo empreendidas para sensibilizar o poder público quanto à necessidade de tornar abrangentes a todo o estado as ações voltadas à detecção e proteção de áreas de risco. Desde 2005, com mais afinco, a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos, o CREA-RJ, o Clube de Engenharia, a Associação das Empresas de Engenharia, a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Angra dos Reis, vêm lutando para que o governo do Estado do Rio de Janeiro crie um órgão, nos moldes da Geo-Rio, para prevenir acidentes de encostas em todo o estado. A mesma proposta também foi levada ao Ministério das Cidades para que esta prevenção se estenda a todos os municípios brasileiros que têm áreas montanhosas. A vontade política, entretanto, não foi ainda suficiente para se concretizarem os projetos.

Prevenir-se contra escorregamentos, além de proteger vidas e patrimônios, custa muito menos que realizar as obras estabilizantes após os sinistros. Muitas vezes, na fase em que a encosta dá os primeiros sinais de instabilidade, uma ação de captação e ordenação dos caminhos das águas (drenagem superficial) mais reflorestamento ou recapeamento das áreas que sofreram erosões, são soluções eficazes para se evitar acidentes de graves proporções.

Isto vale para as zonas urbanas e também para as encostas ao longo das estradas, principalmente nas regiões serranas, com baixo custo.

É preciso, como na medicina, diagnosticar os problemas e tratá-los para que atestados de óbitos não sejam compulsórios e inevitáveis.

O autor é presidente do Clube de Engenharia e da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ)

Fonte:

Artigo publicado no Jornal do Brasil do dia 5 de dezembro de 2009

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

COLUNA VERDE: APRENDIZAGEM INTERGERACIONAIS NA LUTA PELO AMBIENTE

Acho imensamente confortante ouvir um adulto dizer que lá em casa se separa o lixo, porque o pequeno a isso o obriga. Também a mim, não me é alheia essa conversa. De facto, em minha casa, o hábito da reciclagem entrou porta adentro quando, num dia de especial inspiração e brincadeira, a prol (em que me insiro), decidiu fazer “greve ambiental”. Resumia-se esta em deixar todo e qualquer lixo reciclável, num local de passagem, e que obrigava os adultos a curvarem-se para apanharem do chão pacotes de leite, papel e sacos de plástico. Havia que fazer “jus” ao nome de família!


Vem este caricato mas eficaz! episódio a propósito de um recente programa de televisão sobre um novo tipo de voluntariado por parte de jovens e que pretende inverter a tendência e mudar o comportamento da população na luta pelo Ambiente que, a cada dia, parece acelerar o seu processo de degradação. Com efeito, os jovens de hoje parecem consciencializar-se da obrigação que todos temos na conservação e na preservação dos recursos ambientais. Esta consciência alarga-se a iniciativas variadas, mais ou menos mediáticas, que a todos parecem alertar. Até o Vaticano se coloca na crista da onda ao investir num projecto de instalação de centenas de painéis solares para transformar 20% da energia consumida no local em energia renovável e ainda estuda a possibilidade de utilização de biomassa para suprir as necessidades energéticas de Castelo Gandolfo!




Até julgaria este meu discurso de conversa fiada se não soubesse que ainda uma grande parte das pessoas que conheço se descuida permanentemente em gestos simples, mas que, ao fim de um ano, conseguem fazer a diferença. A Sociedade consumista e o gasta-deita-fora habituaram-nos, infelizmente, a um estilo de vida pouco saudável e que, dentro de poucos anos, nos causará muitas dores de cabeças (se é que já não causa!). Ainda estamos a tempo de inverter esta maléfica tendência e de cada geração ensinar à outra o que recebeu de bom do seu tempo. Os mais novos têm, de facto, muito a ensinar aos mais velhos e vice-versa.


E porque, como diz o Povo, “Ano Novo, Vida Nova”, proponho 12 medidas simples para 2010 ditadas pelas gerações mais velhas e mais novas:


Os mais velhos ensinam os mais novos:

1) consumir menos carne e não estragar comida;
2) usar um jarro com água em vez de uma garrafa de plástico, cozinha, para o consuma de água; 
3) usar lenços e guardanapos de pano, em vez dos de papel;
4) reutilizar roupas, consertar calçado e comprar bens alimentares (que podem ser comprados avulso), nos mercados tradicionais;
5) nas compras de supermercado, usar sacos de pano em vez dos de plástico;
6) para lavar a loiça, usar as duas bacias, e evitar a água corrente.

Os mais novos ensinam os mais velhos: 
 
1) separar o lixo em casa e depositá-lo nos ecopontos; 
2) colocar uma garrafa de 1,5l com areia/água no autoclismo, para poupar água; e usar um jarro, no banho, para depositar água fria, enquanto a quente não vem; 
3) depositar os óleos alimentares numa pequena bilha para reciclar (na Barreira, entregá-la na Junta de Freguesia); 
4) guardar tampinhas, pilhas e medicamentos fora de validade e entregá-los nos sítios apropriados;
5) usar os versos das folhas em branco para folhas de rascunho; 
6) não manter os animais presos.


P.S.
Caro(a) leitor(a), se ainda depois destes e tantos outros conselhos e iniciativas não alterar os seus hábitos, então, é porque lhe falta que a sua prol faça “greve ambiental”… Votos de entradas ecológicas em 2010! 


Fonte:

Publicado no Jornal da Junta de Freguesia da Barreira
Publicado e reetidado por Gestor Ambiental.

Projetos para um 2010 mais verde

Planeta-verde Cada começo de ano é um ponto de partida para mudanças de hábitos e novos projetos. Descubra o Verde propõe ideias de projetos verdes que você pode realizar ao longo de 2010, e assim fazer parte da construção de um mundo mais sustentável.
                                                                                       Foto: Godwin D.  




Confira algumas propostas:                                                                        

- Comece a reciclar. Um dos materiais mais fáceis de reciclar é o papel, já que em muitas cidades existe a coleta seletiva ou locais para depositá-lo. Se sua cidade possui coleta seletiva, basta separar o papel seco do lixo e entregá-lo aos coletores. Se não, procure um centro de reciclagem de papel. Outros resíduos relativamente fáceis de reciclar são os resíduos orgânicos, com o quais se pode fazer adubo.

- Não coma carne vermelha uma vez por semana. Como comentamos no início do ano, diversos grupos de ativistas propõe que se evite comer carne uma vez por semana para reduzir as emissões de carbono geradas por sua produção e transporte. Durante 2010, você pode se unir a este movimento e cortar a carne vermelha de seu cardápio às segundas-feiras.

- Crie sua própria horta. Na maioria dos países da América Latina, temos a grande vantagem de contar com terras férteis e bom clima para produzir frutas e verduras. No entanto, na maioria das casas com quintais, só vemos gramados bem cortados. Este ano é uma boa oportunidade para que você comece a cultivar, mesmo que seja em seu jardim, quintal ou sacada. Algumas variedades fáceis para começar: tomates cereja, majericão, rúcula e alface. 

- Reverdeça sua cidade. O movimento Guerrilla Gardening promove a ideia de reverdecer os espaços por meio da instalação de plantas em qualquer lugar onde seja possível acomodá-las. Se você só vê cimento ao seu redor, por que não começar a plantar em algum cantinho subutilizado? Inspire-se no site do movimento.(http://www.guerrillagardening.org) 

- Comprometa-se a economizar energia. A energia que chega a nossas casas para alimentar lâmpadas, a TV e o ar condicionado consome recursos e gera emissões de carbono. Portanto, consumi-la de forma responsável é nossa obrigação. Seu projeto verde de economia de energia para este ano pode incluir: trocar as lâmpadas comuns pelas de baixo consumo, tirar os aparelhos em stand-by da tomada e usar menos o ar condicionado. 

- Melhore sua alimentação. Os alimentos que consumimos são responsáveis por grande parte de nosso impacto no planeta, desde a forma como são produzidos até o tempo e distância exigidos para seu transporte. Além disso, optar por uma alimentação mais verde também é uma escolha saudável. Não se trata apenas de diminuir o consumo de carnes, mas de escolher produtos locais, frescos, e se possível, orgânicos ou artesanais. Evite os enlatados, importados e produtos elaborados com excesso de açúcar, gordura e conservantes. 

Esperamos que algumas destas ideias inspirem você a ter um 2010 mais verde. Bom começo de ano para todo!

FONTE:
PLANET GREEN

DOIS EM UM: POUPAR O AMBIENT E NA CARTEIRA

Circulava um dia destes pela cidade, quando dei por mim a rir com uma publicidade institucional muito interessante de sensibilização para a selecção de lixo: “Eu já fui uma lata de sardinhas” ou “Eu vou ser um regador”. Pensei imediatamente na quantidade de coisas em que se tornaria todo o lixo que tão facilmente acumulamos em casa. Mas tão rapidamente este pensamento me ocorreu, como me assaltou uma questão: quem lucra com os meus gestos diários? Não me refiro ao lucro ambiental e aos naturais benefícios para as gerações futuras, mas aos ganhos financeiros.
Não sei se o/a leitor/a já pensou nisso, mas o lixo reciclável pode constituir um lucro, ao transformar-se naquela “lata de sardinhas” ou no “regador” da publicidade.

Não há muito tempo, quando tendo vivido nos países nórdicos, apercebi-me de algo que me deixou tão impressionada quanto estupefacta, pelo inédito que constituiu para mim, visto ser ainda impraticável no nosso país, ou, pelo menos, que constitua uma prática corrente. Tratava-se de uma senhora, cidadã tão comum como qualquer um de nós, que entrou para um supermercado e tirou de um saco umas tantas latas e garrafas de plástico, introduzindo-as numa máquina que lhe retribuiu em dinheiro.


Atendendo a que o lixo constitui uma matéria-prima, seria, de facto, de esperar que por ele fosse reavido o seu valor equivalente em dinheiro, ou este convertido noutros benefícios que compensassem um gesto que, afinal, pode constituir uma fonte de rendimento. (Por mim, podem converter esse valor em bilhetes de cinema e vales de compras de livros. Ou muito me engano ou uma medida destas só iria lá por meio da vontade política…) Seria uma questão de justiça social e uma forma de levar o cidadão comum ao ecoponto.


Os países nórdicos, profícuos na forma como gerem as questões ambientais, igualmente me surpreenderam em três subtis hábitos. O primeiro, a existência de pequenas casinhas onde se alojavam todos os contentores do lixo, permitindo manter a área circundante mais limpa, e munir os habitantes de toda a variedade possível de contentores, evitando, ao mesmo tempo, o vandalismo por estranhos. O segundo, lojas de roupa em segunda-mão como nunca pensei que pudessem existir à face da terra, ou um novo “design” de estilistas que marcam pela originalidade. Era verdadeiramente interessante, e chegava a ser cómico, ver como as ditas lojas se apinhavam de gente, sobretudo na época das promoções! O terceiro, e o que mais me espantou pelo carácter comunitário, foi o uso comum de máquinas de lavar a roupa. Imaginem-se a alugar um apartamento e a preencherem, todas as semanas, uma lista com o vosso nome para lavarem a roupa!

Lixo para reciclar trocado por dinheiro, roupa reutilizada e máquina de lavar a roupa, comum aos habitantes de um prédio, podem parecer-nos hábitos muito, muito estranhos, mas são formas de reduzir, de reutilizar, de reciclar e de reparar eficazes.

O português, pobre com mentalidade de rico, desperdiça formas de poupar o ambiente e de poupar na carteira. Talvez a crise nos faça mudar. Há sempre males que virão por bem…

Publicado no Jornal da Barreira (27 de Junho de 2009)

Postado também aqui.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

PROJETO DE LEI REGULARIZA DESTINO DE RESÍDUO SÓLIDOS



Projeto de lei (PL 6334/09) apresentado pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS) prevê a inclusão do serviço de coleta seletiva de resíduos sólidos e sua reciclagem no Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. A proposta estabelece a implantação gradativa do sistema, de acordo com a população do município, e autoriza o aumento da capacidade de endividamento em no mínimo 20% do município que aderir ao programa.

Municípios com mais de 200 mil habitantes terão doze meses para pôr a proposta em prática; os que têm acima de 100 mil receberam 18 meses de prazo, ao passo que os que se situam entre 20 mil e 100 mil habitantes (como Santa Vitória do Plamar) devem implantar o serviço em 24 meses.

O texto determina que os resíduos sólidos coletados sejam destinados a usinas de triagem de recicláveis, privados ou públicos. Campanhas permanentes de educação e conscientização ambiental devem ser realizadas pelo poder público, segundo o projeto.

Benefícios fiscais - Os municípios terão direito de requerer benefícios fiscais referentes à aquisição de bens de capital para todas as máquinas e equipamentos que forem adquiridos exclusivamente para a coleta seletiva e a triagem de resíduos.

"Como se sabe, a geração de menor quantidade de resíduos depende, fundamentalmente, da redução do consumo, mas esta só deverá ocorrer no médio/longo prazo com a mudança de paradigmas pela sociedade. Portanto, é necessário buscar soluções mais imediatas para o problema, tais como a coleta seletiva e a reciclagem, para evitar o colapso dos sistemas municipais de coleta e obter ganhos ambientais e sociais", afirma o deputado Henrique Fontana.

Educação - A coleta seletiva é um sistema de recolhimento de materiais reutilizáveis ou recicláveis – papéis, plásticos, vidros, metais, orgânicos etc. –, previamente separados na fonte geradora. A coleta seletiva funciona, também, como um processo de educação ambiental, na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo.

Entre as vantagens da coleta seletiva está a diminuição da exploração de recursos naturais renováveis e não-renováveis, com a consequente redução dos impactos ambientais causados pelas atividades extrativas. Também são consequências positivas dessa prática a redução do consumo de energia; e a diminuição da poluição do solo, da água e do ar causada pelo lixo e sua posterior decomposição, já que menos material é levado aos aterros.

Fonte:

Ass. de comunicação deputado federal Henrique Fontana

http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_lista.asp?Autor=523097&Limite=N

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Consuma alimentos orgânicos. Além de trazer benefícios a sua saúde e a do agricultor, contribui com a saúde do ar, solo e dos mananciais;


Alimentos orgânicos

- Procure comprar direto do produtor, pois além de contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar, você estará conhecendo de perto quem produz o alimento que você consome e assim garantido alimentos mais saudáveis;

- Evite consumir alimentos que contenham componentes transgênicos. Os transgênicos não são alimentos seguros nem para a saúde humana nem para o ambiente. Exija que os fabricantes rotulem seus produtos que contenham ingredientes transgênicos conforme a lei;

- Diminua o consumo de carne, pois a pecuária ainda é responsável por boa parte do desmatamento na Amazônia. A pecuária extensiva praticada no Brasil, é uma atividade extremamente impactante, responsável por desmatamento, compactação dos solos, contaminação da água,efeito estufa e comprometimento da biodiversidade. Suínos e frangos também produzem grande impacto, sobretudo com contaminação de água e solo e maus tratos aos animais. Os peixes que são criados em cativeiro têm os mesmos problemas de suínos e aves. Se forem pescados no mar ou em rios sofrem com a sobrepesca e extinção de muitas espécies.

- Dê preferência a produtos in natura, não industrializados. Alimentos industrializados têm consumo maior de energia e água, possuem muitas vezes ingredientes de qualidade duvidosa. Além disso, têm aditivos como conservantes, corantes, etc...

- Os alimentos não industrializados podem ser facilmente comprados sem embalagem. Quando já estiver previamente embalado priorize embalagens maiores, de tamanho familiar e de melhor degradabilidade com as de papel;

- Guarde seus alimentos em recipientes que possa voltar a utilizar (como embalagens de vidro) e não em folha de alumínio ou filme plástico;

- Dê preferência às comidas típicas e aos ingredientes de sua região, pois estará ajudando a reduzir custos de transporte para que o produto de uma outra região chegue até você e evitando as perdas causadas pela manipulação dos alimentos;

- Consuma verduras, legumes e frutas da estação, que além de respeitar o ciclo natural e ser mais saborosos, têm preços mais baixos;

- Aproveite as partes boas de verduras e legumes. Se legumes ou frutas apresentarem partes estragadas, aproveite o que for possível;

Fonte: De olho na vida: reflexões para um consumo ético. Guilherme Blauth e Patrícia Abuhab – Florianópolis: Instituto Harmonia da Terra, 2006.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O detergente é um produto altamente nocivo ao meio ambiente, pois quebra a tensão superficial da água.


- O detergente é um produto altamente nocivo ao meio ambiente, pois quebra a tensão superficial da água. Embora esteja escrito na embalagem que o detergente é biodegradável, a grande maioria não é. Na verdade, tudo é biodegradável, porém o tempo necessário para se degradar, varia para cada substância, dependendo das condições do meio. Como o detergente demora muito tempo para ser degradado, causa um grande impacto onde é lançado, provocando a morte de plantas e animais;

- A água sanitária é composta de cloro, um produto muito poluente ao meio, pois extermina todas as formas de vida, inclusive nos rios e solo onde são despejadas. Para branquear roupa, deixe-as ensaboadas (com sabão de coco), quarando no sol. Você pode também deixá-las de molho na água com meio copo de bórax (substância não tóxica encontrada em farmácias);

- O sabão em pó também é um produto altamente químico e poluente, quanto mais branqueador e eficiente na limpeza, mais poluente será. Utiliza sabão de coco em pó, que por ser um produto mais natural, agride menos suas roupas e o meio ambiente.


Fonte: De olho na vida: reflexões para um consumo ético. Guilherme Blauth e Patrícia Abuhab – Florianópolis: Instituto Harmonia da Terra, 2006.



sábado, 2 de janeiro de 2010

Separamos algumas dicas que você pode seguir para economizar energia

-Apague as luzes e desligue os aparelhos elétricos quando sair do ambiente;

- Ligue as máquinas de lavar louças e roupas apenas quando estiverem com a capacidade máxima preenchida;

- Junte a maior quantidade de roupa possível e passe uma só vez;

- Abra e feche rapidamente a porta do freezer e da geladeira e evite armazenar alimentos quentes;

- Regule o termostato do ar condicionado e evite abrir portas e janelas. Prefira ventiladores de teto a aparelhos de ar condicionado;

- Use energia solar para aquecer a água;

- Use eletrodomésticos com o selo Procel de qualidade, ele garante maior eficiência enérgica;

- Pinte as paredes internas de sua casa com cores claras, evitando maior consumo de energia.

Fonte: De olho na vida: reflexões para um consumo ético. Guilherme Blauth e Patrícia Abuhab – Florianópolis: Instituto Harmonia da Terra, 2006.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

- Em 2010 vamos reduzir a quantidade de papel gasto utilizando os dois lados das folhas. Evite impressões desnecessárias;


Poluição causada por embalagens plásticas

- Evite comprar produtos e serviços que realmente não precisa;

- Ao fazer compras em feiras e supermercados, leve uma sacola de casa, assim você evita os sacos plásticos. Caso você tenha esquecido a sacola em casa, coloque as compras em caixas de papelão;

- Evite produtos descartáveis e com excesso de embalagens. Copos, talheres e copos de plástico são utilizados em minutos e demoram centenas de anos para se decompor. A reciclagem não justifica o uso de materiais descartáveis, porque o próprio processo de reciclagem é poluente e consome muita água, energia e combustíveis fósseis;

- Prefira fraldas de pano às descartáveis, ou use-as alternadamente. As fraldas descartáveis podem demorar até 500 anos para se decompor, as de pano podem ser usadas cerca de 100 vezes cada uma e decompõe-se num período de um a seis meses;

- Compre produtos reciclados, biodegradáveis ou recarregáveis sempre que puder;

- Adote uma caneca durável em vez de usar copos descartáveis;

- Não jogue no lixo o que você pode doar. Em vez de jogar roupas, livros, móveis, brinquedos e outros itens fora, doe para entidades beneficentes, para lojas de usados como brechós sebos, ou ainda, para alguém que você conheça que poderia usá-los.

Fonte: De olho na vida: reflexões para um consumo ético. Guilherme Blauth e Patrícia Abuhab – Florianópolis: Instituto Harmonia da Terra, 2006.