RELATOS, NOTÍCIAS, CRÍTICAS, PESQUISAS, RESULTADOS, COMENTÁRIOS, NA VISÃO AMBIENTAL

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Ilha Tuvalu, que fica no Sul do Oceano Pacífico, com o aquecimento Global poderá sumir do Mapa.

Parques na Escócia – será o mesmo planeta?


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Equipes removem peixes mortos em lagoa no Rio

Antonio Scorza/AFP
Informações preliminares da prefeitura apontavam cerca de 3 toneladas de peixes teriam morrido. O total, no entanto, ainda não foi confirmado pela Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) - responsável pela remoção - e pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente).

As espécies encontradas são savelha, corvina, tilápia, barana e bagre, informou a administração municipal. Equipes da Comlurb trabalham desde as 7h na remoção dos peixes mortos.

(Fonte: Folha Online)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Águas Potáveis de Mesa

água mineral natural - água obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmetne captadas de origem subterrânea 

Além das águas minerais propriamente ditas, o Código define essa classe especial como águas de composição normal, provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas, que preencham tão somente as condições de potabilidade para a região.

http://comps.fotosearch.com/bigcomps/PTC/PTC103/061629.jpgEm dezembro de 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA publicou a Resolução n. 54/2000, aprovando o Regulamento Técnico referente aos Padrões de Identidade e Qualidade para Águas Minerais Naturais e Águas Naturais, substituindo a antiga Resuloção n. 25/76 da Comissão Nacional de Normas e Padrões Alimentícios.

Convém observar que o termo Água Natural tem para a ANVISA o mesmo significado que tem Água Potável de Mesa para o Código de Águas Minerais. Dessa forma, o referido Regulamento Técnico define:
Água mineral natural - água obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmetne captadas de origem subterrânea, caracterizada pelo conteúdo definido e constante e sais minerais e pela presença de oligoelementos e outros constituintes.

Água natural - água obtida de fontes naturais ou artificialmente captadas, de origem subterrânea, caracterizada pelo conteúdo definido e constante de sais minerais, oligoelementos e outros constituintes, mas em níveis inferiores aos estabelecidos para água mineral natural.

Fonte: "Águas Minerais do Estado do Rio de Janeiro" Vários autores Governo do Estado do Rio de Janeiro Departamento de Recursos Minerais do Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2002 Informações: Departamento de Recursos Minerais - DRM - RJ Rua Marechal D

 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

EXCLUSIVO: Site indica local mais próximo para descarte de lixo eletrônico em São Paulo

O lixo eletrônico é um dos grandes desafios da atualidade, principalmente nas grandes cidades. Em São Paulo, quem possui pilhas, baterias, celulares e carregadores para descarte, pode buscar na internet o local mais adequado para levar esse tipo de material.

O site www.e-lixo.org aponta o local mais próximo do usuário a partir do CEP, que deve ser digitado em um formulário, assim como qual o tipo de lixo eletrônico que será descartado.

O serviço é composto por um banco de dados associado à plataforma Google Maps. Novos pontos de coleta também podem ser cadastrados pelo endereço eletrônico.

O coordenador de Mobilização Comunitária do Instituto Akatu, Ricardo Oliani, aprovou a ideia. “Iniciativas como essas são muito bem vindas porque, por um lado, ajudam a impulsionar ações de consumo consciente entre os cidadãos e, por outro, evitam que materiais que poluem o meio ambiente sejam descartados de forma incorreta”, disse.

Em outubro de 2008 foi realizado o “Mutirão do Lixo Eletrônico – Recicle. Não descarte essa idéia”. O resultado surpreendente, de mais de 50 toneladas de pilhas, baterias, celulares e carregadores recolhidas em mais de 100 pontos de coleta espalhados pela Capital e em 372 municípios, deu origem ao projeto que resultou no site.

Os resíduos eletrônicos possuem substâncias tóxicas como mercúrio, chumbo, arsênio e outros elementos, que podem causar prejuízos à natureza e à saúde humana.

Fonte:
Danielle Jordan / AmbienteBrasil

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Impactos do lixo marinho e Ação “Praia Local, Lixo Global”

Os impactos ambientais mais evidentes estão relacionados à morte de animais. Esse problema tem sido considerado tão grave, que já existem registros de ingestão ou enredamento em lixo para a maioria das espécies existentes de mamíferos, aves e tartarugas marinhas. 

qAtualmente, o lixo deixou de ser apenas um problema sanitário em zonas urbanas e tornou-se um dos principais grupos de poluentes em ecossistemas marinhos, inclusive em áreas não urbanizadas. Juntamente com outros grupos de poluentes, como petróleo, metais pesados e nutrientes, o lixo tem ameaçado a saúde do ambiente marinho de diversas maneiras.

Os impactos ambientais mais evidentes estão relacionados à morte de animais. Esse problema tem sido considerado tão grave, que já existem registros de ingestão ou enredamento em lixo para a maioria das espécies existentes de mamíferos, aves e tartarugas marinhas. Muitos animais confundem resíduos plásticos com seu alimento natural. Sua ingestão pode causar o bloqueio do trato digestivo e/ou sensação de inanição, matando ou causando sérios problemas à sobrevivência do animal. O enredamento em materiais sintéticos, como resíduos de pesca, também é muito perigoso. Isso tem afetado especialmente populações de animais com hábitos curiosos, como focas e gaivotas, seja no Havaí ou em ilhas sub-antárticas. 

Em estudos realizados sobre a quantidade e composição de resíduos flutuantes, em praias, e/ou depositados no leito marinho, os plásticos são os mais freqüentes. Fatores como seu elevado tempo de decomposição, sua abundante utilização pela sociedade moderna e ineficácia ou inexistência de programas de gerenciamento de resíduos sólidos explicam essa constatação. Um tipo de plástico pouco conhecido são as esférulas plásticas, nibs ou pellets. Os nibs possuem poucos milímetros de diâmetro e são matéria prima para a fabricação de produtos plásticos, sendo perdidos em grande quantidade durante seu manuseio e transporte. Na Nova Zelândia, por exemplo, foram verificados depósitos com mais de 100.000 esférulas por metro linear de praia. No Brasil, os nibs já foram observados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia, mas provavelmente ocorrem em todo litoral. Apesar do pequeno tamanho, os nibs causam grande preocupação, visto que inúmeras espécies de aves têm ingerido esse tipo de material e, além do dano físico, os nibs podem ser vetores de poluentes químicos, como agrotóxicos, aderidos em sua superfície externa. 

O lixo depositado nas praias brasileiras pode ter sido deixado pelos banhistas, transportado pelos rios que cruzam zonas urbanas ou trazido pelas correntes marinhas. Juntos, os ventos alísios (de nordeste) e o padrão de circulação superficial do oceano Atlântico Sul favorecem o transporte dos resíduos flutuantes jogados no mar pelos navios para as praias brasileiras. Uma breve caminhada pelas praias da Costa dos Coqueiros, no litoral norte da Bahia, pode mostrar algumas surpresas, como acúmulo na areia do lixo jogado no mar por navios estrangeiros. Foi isso que aconteceu no verão de 2001 numa caminhada de 10,3 km entre as praias do Forte e Imbassaí, motivando a criação da Ação “Praia Local, Lixo Global” (www.globalgarbage.org) com objetivo de monitorar o problema e buscar soluções. 
Na Costa dos Coqueiros, os impactos do lixo à vida marinha são agravados por se tratar de área de reprodução de tartarugas marinhas, com intensas atividades do Projeto TAMAR. Isso significa que além dos obstáculos naturais, as tartarugas precisam superar o lixo flutuante e aquele depositado na praia para garantir sua sobrevivência.

Além dos danos à vida marinha, o lixo no litoral da Bahia entra em conflito com uma das principais atividades econômicas da região: o turismo. As pesquisas realizadas no Brasil e em outros países mostram que o lixo nas praias também pode causar ferimentos nos banhistas, diminuição das atividades turísticas e danos a embarcações. Por exemplo, na África do Sul, o prejuízo causado pelo lixo ao turismo é da ordem de milhões de dólares; no litoral sul do Brasil foi observado que cerca de 20% dos banhistas já sofreram algum tipo de ferimento associado a lixo em praia; enquanto em algumas regiões dos Estados Unidos o entupimento da entrada de água para a refrigeração do motor com plásticos é a principal causa de danos a embarcações.

qO monitoramento da chegada do lixo internacional em cerca de 70 km de praias praticamente desabitadas no litoral norte da Bahia a partir de 2001 registrou embalagens de mais de 60 países. Estados Unidos, Itália e África do Sul são os países com maior número de embalagens. O plástico é o material mais freqüente, seguido por metais. Isso aumenta ainda mais a gravidade do problema, considerando o elevado tempo de decomposição destes materiais. Atualmente o monitoramento é realizado em um trecho de 141,5 km entre Mangue Seco e Praia do Forte. A intenção é expandir as atividades para o maior número de localidades possíveis. 

Outro poluente pouco conhecido que tem sido monitorado são os sinalizadores (lightsticks) utilizados na pesca de espinhel ou por mergulhadores. Esses sinalizadores são uma embalagem de plástico contento líquido oleoso que produz luminosidade por aproximadamente 12 horas. Perdidos ou jogados no mar, os sinalizadores também se acumulam nas praias. Eles têm sido utilizados inconseqüentemente pela população local para acender fogo, como chaveiros, lubrificantes e até mesmo como bronzeadores, óleo para massagens contra dores musculares e para curar micoses, vitiligo e reumatismo! Apesar dos fabricantes afirmarem que seu produto não é tóxico no caso de contato acidental com a pele, o resultado do seu uso sistêmico e contínuo é desconhecido em longo prazo, podendo se tornar um problema de saúde pública se não for devidamente investigado e avaliado. 
 
A solução dos problemas aqui descritos passa essencialmente pelo conhecimento científico das origens e impactos dos poluentes em ambiente marinho, afinal apenas problemas devidamente conhecidos podem ser gerenciados. Atualmente a Ação “Praia Local, Lixo Global” conta com três programas em ação. O programa “ID Garbage” busca a identificação das origens do lixo encontrado nas praias da Costa dos Coqueiros, intimamente associado ao programa “Amigos do Lixo”, que reúne pessoas de todo mundo interessadas em recolher e catalogar o lixo encontrado nas caminhadas na Costa dos Coqueiros. Já o programa “Onda Verde” é uma iniciativa que tem o apoio de atletas e surfistas como Wilson Nora e Armando Daltro, buscando a difusão das idéias de “Praia Local, Lixo Global” no mundo do Surf. 

A expansão do trabalho e a busca pela diminuição da poluição marinha por resíduos sólidos dependem muito de novas articulações. Nesse sentido está sendo realizada uma associação com a expedição Aventura no Brasil Costal (www.aventuranobrasilcostal.com.br), programa idealizado pelo jornalista científico Luiz Peazê, que tem o objetivo de difundir assuntos ligados à gestão costeira e educação ambiental através expedição em cruzeiro à vela ao longo da costa brasileira, de sul a norte e de norte a sul, intermitente por no mínimo cinco anos. Os objetivos e ideais convergentes de ambos projetos apontam para uma excelente parceria. Assim, a metodologia e ações de “Praia Local, Lixo Global” poderão ser difundidas em praias de todo Brasil.

 Fonte:
Ambiene Brasil
Isaac Rodrigues dos Santos (Oceanógrafo) & Ana Cláudia Friedrich (Mestre em Engenharia Oceânica), membros da comissão científica de “Praia Local, Lixo Global”; & Fabiano Prado Barretto, gerente de projetos e idealizador de “Praia Local, Lixo Global”.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Metade das espécies de primatas corre risco de extinção, diz estudo

Animais ameaçados de extinção. 

Quase a metade das espécies de primatas está sob risco de extinção por causa da destruição de florestas tropicais, comércio ilegal de animais e caça para a venda de sua carne, disse relatório preparado pelo Bristol Zoo Gardens, da Grã-Bretanha.

Um total de 48% das 634 espécies de primatas do mundo são classificadas como ameaçadas de extinção, na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (União Internacional para a Natureza). E uma pesquisa identifica as 25 espécies em maior risco.

Primatas em Perigo: Os 25 Primatas Mais Ameaçados, 2008-2010, foi compilada por 85 especialistas de várias partes do mundo e fala da necessidade da adoção de medidas urgentes de conservação dos animais.

A lista inclui cinco espécies de primatas de Madagascar, seis da África, 11 da Ásia e três da América Central e do Sul.

Nenhum dos macacos naturais do Brasil está incluído nesta lista. As espécies ameaçadas das Américas são: saguim-de-cabeça-de-algodão (Saguinus oedipus), que vive especialmente na Colômbia e Venezuela; o macaco-aranha-castanho (Ateles hybridus), de Colômbia e Equador e o macaco-barrigudo-da-cauda-amarela do Peru (Oreonax flavicauda).

Os conservacionistas destacam a situação de espécies como o langur-de-cabeça-dourada (Trachypithecus p. poliocephalus),que só é encontrado em uma ilha na costa nordeste do Vietnã, e onde restam apenas de 60 a 70 indivíduos.

Mico-leão-dourado - O resultado da pesquisa causou preocupação a muitos cientistas que trabalham com a preservação de animais. Um dos editores do documento, Christoph Schwitzer, chefe de pesquisa da Fundação para a Ciência e Conservação de Bristol, disse: "Este relatório destaca a extensão do perigo que muitos dos primatas do mundo enfrentam. Nós esperamos que ele seja eficaz em chamar a atenção para a situação de cada uma das 25 espécies incluídas. Apoio e ação para ajudar a salvar estas espécies é vital para evitar perder estes animais maravilhosos para sempre."

Apesar da avaliação sombria, os conservacionistas lembram o sucesso obtido em iniciativas para ajudar espécies a se recuperarem.

No Brasil, o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) e o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), saíram da lista de estado crítico de ameaça da Lista Vermelha do IUCN em 2003 como resultado de três décadas de esforços de conservação envolvendo várias instituições, inclusive zoológicos. 
(Fonte: G1)


sábado, 20 de fevereiro de 2010

A arquitetura e a questão ambiental nas cidades

Atualmente o ambiente urbano é o hábitat de mais de 50% da população mundial. E esse percentual deve aumentar consideravelmente nos próximos anos. 

O tema da ecologia geralmente aparece na grande mídia relacionado à preservação e à recuperação da natureza selvagem. No entanto, as reais possibilidades de preservação e recuperação dessa natureza selvagem estão intimamente relacionadas à questão ambiental nas cidades.
qA degradação e o comprometimento da natureza selvagem foram intensificados pelo crescimento descontrolado das cidades e de suas atividades industriais de alto impacto ambiental, especialmente a partir de meados do Século 19. A reversão da alarmante crise ambiental contemporânea depende de iniciativas que reavaliem o papel da cidade e a participação de cada cidadão como pólo decisivo na educação ambiental e na transformação de comportamentos.

Atualmente o ambiente urbano é o hábitat de mais de 50% da população mundial. E esse percentual deve aumentar consideravelmente nos próximos anos. As projeções da ONU estimam que em torno de 2025 a população urbana mundial, que hoje é de aproximadamente 2,5 bilhões, pode chegar aos 5 bilhões de pessoas.

Todos os dias vivenciamos nas cidades alguns dos mais graves problemas ambientais contemporâneos: as questões da água, do lixo, da poluição e do alto consumo de energia. É certo que a solução desses problemas depende de vontade política, práticas públicas e planejamento urbano, mas depende também, e essencialmente, da colaboração ativa de cada um dos cidadãos.

Alguns exemplos de “casas ecológicas” são divulgados com freqüência na grande mídia. Essas casas, quase sem exceção, estão localizadas em ambientes não-urbanizados: pequenas comunidades, fazendas, praias e montanhas, e são vistas com curiosidade e interesse pelo público como experiências excêntricas com um certo tom futurista.

Um dos desafios da arquitetura contemporânea é o de conseguir desmistificar esse assunto e desenvolver projetos residenciais no interior das cidades, em lotes comuns, valendo-se dos conceitos de arquitetura sustentável e de “casa ecológica” adaptados ao ambiente urbano e às condições locais de disponibilidade de materiais e mão-de-obra.

Hoje já é possível construir no Brasil casas e edifícios “ecológicos” com projetos personalizados, valendo-se de sistemas e materiais alternativos disponíveis no mercado da construção civil. Não se trata de alta tecnologia, sofisticada e cara, mas sim de soluções técnicas simples e acessíveis articuladas em projetos de arquitetura que têm como premissa conceitos de ecologia urbana e de planejamento ambiental.

A arquitetura residencial projetada com princípios ecológicos também significa economia para a municipalidade, afinal é possível reduzir em até 60% o volume de entulho retirado da obra, reduzir o volume de águas pluviais destinado ao sistema público em pelo menos 80%; reduzir o volume de esgoto despejado no sistema coletivo em pelo menos 50%, além de contribuir com até 80% da área do terreno em área verde para a cidade, considerando soluções paisagísticas como tetos-jardim.

Não há dúvidas de que uma arquitetura responsável e sintonizada com as questões urbanas contemporâneas pode contribuir de forma efetiva para a melhoria das condições de vida nas cidades e a solução de sérios problemas ambientais como a impermeabilização crescente do solo; a redução progressiva da vegetação urbana, especialmente nos lotes privados; o alto consumo energético necessário para minimizar o desconforto de soluções arquitetônicas inadequadas às condições climáticas reais (como, por exemplo, os “indispensáveis” aparelhos de ar condicionado); o alto custo do tratamento público da água e dos esgotos; o desperdício e o lançamento de entulhos e sobras de canteiros de obras na periferia das cidades.

As arquiteturas sustentáveis oferecem grandes vantagens para a sociedade, e em escala ampliada, para todo o meio ambiente. Se as vantagens ambientais são nítidas, as vantagens econômicas são capazes de convencer os mais céticos.

Com projetos arquitetônicos alternativos é possível construir residências que proporcionem uma economia de energia elétrica de, pelo menos, 40% e uma economia de água que pode chegar a 50%. E o que é melhor, com um custo médio de cerca de 10% menor do que o de uma residência convencional. Isso significa economia imediata na obra e economia ao longo de anos.

A inserção de casas e edifícios sustentáveis ou “ecológicos” nas cidades brasileiras nos próximos anos pode ter um efeito multiplicador de grande importância, sugerindo novos comportamentos, e sinalizando para a sociedade outros caminhos possíveis na ocupação do solo urbano com grandes vantagens econômicas e ambientais.

Artur Rozestraten - Arquiteto e urbanista, idealizador do projeto CASAVIVA Fonte: Eco 21 - www.eco21.com.br

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

2030: o ano final do Cerrado

Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030. 

Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030. Dos 204 milhões de ha originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes estão bastante alteradas, podendo não mais servir à conservação da biodiversidade. A taxa anual de desmatamento no bioma é alarmante, chegando a 1,5%, ou 3 milhões de ha/ano. As principais pressões sobre o Cerrado são a expansão da fronteira agrícola, as queimadas e o crescimento não planejado das áreas urbanas. A degradação é maior em Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, no Triângulo Mineiro e no Oeste da Bahia.

O estudo, feito a partir de imagens satélites, é resultado da parceria da CI-Brasil com a ONG Oréades, que tem sede em Mineiros (GO). “O Cerrado perde 2,6 campos de futebol por minuto de sua cobertura vegetal. Essa taxa de desmatamento é dez vezes maior que a da Mata Atlântica, que é de um campo a cada 4 minutos,” explica Ricardo Machado, diretor da CI-Brasil para o Cerrado e um dos autores do estudo. “Muitos líderes e tomadores de decisão defendem, equivocadamente, o desmatamento do Cerrado só porque não é coberto por densas florestas tropicais, como a Mata Atlântica ou a Amazônia. Essa posição ignora o fato de o bioma abrigar a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco.”

Entre os problemas provocados pelo desmatamento no Cerrado estão a degradação de rios importantes como o São Francisco e o Tocantins, e a destruição de hábitat que compromete a sobrevivência de milhares de espécies, muitas delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem ali e em nenhum outro lugar do Planeta, como o papagaio-galego (Amazona xanthops) e a raposa-do-campo (Dusicyon vetulus). Junto com a biodiversidade estão desaparecendo ainda as possibilidades de uso sustentável de muitos recursos, como plantas medicinais e espécies frutíferas que são abundantes no Cerrado.
qSegundo a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, já foram catalogadas mais de 330 espécies de uso na medicina popular no Cerrado. A Arnica (Lychnophora ericoides), o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), a Sucupira (Bowdichia sp.), o Mentrasto (Ageratum conyzoide) e o Velame (Macrosiphonia velame) são alguns exemplos.

“Além de calcular a velocidade do desmatamento, o estudo da CI-Brasil também mapeou os principais remanescentes desse bioma, analisando a situação de sua cobertura vegetal”, explica Mário Barroso, gerente do programa do Cerrado da Conservação Internacional Brasil e co-autor do estudo. “Esses dados serão incorporados à nossa estratégia de conservação para o bioma, que está baseada na implementação de corredores de biodiversidade.”

Os corredores de biodiversidade evitam o isolamento das áreas protegidas, garantindo o trânsito de espécies por um mosaico de unidades ambientalmente sustentáveis - parques, reservas públicas ou privadas, terras indígenas, além de propriedades rurais que desenvolvem atividades produtivas resguardando áreas naturais. Hoje, a CI-Brasil está implementando seis corredores de biodiversidade em regiões do Cerrado: Emas-Taquari, Araguaia, Paranã, Jalapão, Uruçuí-Mirador e Espinhaço. O IBAMA, a SEMARH - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás, a Universidade de Brasília e ONGs locais estão entre os parceiros da CI-Brasil nesses corredores.

Dados subsidiam ações de conservação

Os dados do desmatamento no Cerrado começam a ser apresentados pela CI-Brasil e seus parceiros a tomadores de decisão dos mais diversos níveis. Em reunião do Conselho Nacional de Biodiversidade - CONABIO, no início de Julho, o estudo foi apresentado ao Secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco. Depois da apresentação, o Secretário declarou que o Ministério do Meio Ambiente criará um grupo específico para discussão de medidas emergenciais para o Cerrado, como foi feito para a Amazônia e a Mata Atlântica.

No Estado de Goiás, que possui muitos remanescentes nativos valiosos de Cerrado, a apresentação do estado de conservação do Vale no Paranã ao Conselho Estadual do Meio Ambiente resultou na criação de Câmara Técnica temporária que discutirá e proporá ações de controle sobre o desmatamento na área. O Vale do Paranã, localizado na divisa dos Estados de Goiás e Tocantins, é considerado um centro de endemismo de aves, tem a maior concentração no Cerrado de um tipo de formação vegetal conhecido como floresta seca, e é remanescente de um corredor natural que ligava a Caatinga ao Chaco paraguaio há cerca de 20 mil anos. O trabalho da CI-Brasil na área é feito em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos, a Universidade de Brasília e as organizações não-governamentais Pequi e Funatura.

No Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, que compreende áreas no Sudoeste de Goiás, Sudeste de Mato Grosso e Centro-Norte de Mato Grosso do Sul, os dados de desmatamento estão sendo compartilhados com as prefeituras municipais de 17 municípios. Com o Projeto Municípios do Corredor de Biodiversidade, a CI-Brasil em parceria com as ONGs Oréades e Oikos está fortalecendo órgãos de meio ambiente municipais e estudais em cada cidade.

Técnicos e gestores foram capacitados para o levantamento local de dados, confecção de mapas e aplicação da legislação ambiental. O projeto inclui ainda a criação de núcleos de educação ambiental e o envolvimento de outros atores locais, como lideranças comunitárias e promotores públicos.

“Para frear a destruição do Cerrado, os investimentos do Governo Federal na próxima safra agrícola devem incluir ações de conservação, especialmente na proteção de mananciais hídricos, na recuperação de áreas degradadas e na manutenção de unidades de conservação”, defende Machado. “Se o Governo, as empresas e a sociedade civil se mobilizarem para a criação de um fundo para a conservação do Cerrado associado aos investimentos destinados à produção de grãos, aí sim estaremos implementando, de forma justa e efetiva, a transversalidade da política ambiental no Brasil”.

Fonte:
Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 92, Julho 2004. (www.eco21.com.br) - Andrea Margit Jornalista

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Para Colaborar Ativamente na Conservação de Nossos Ambientes Naturais

só seguir algumas regras simples, que ajudam a proteger o meio ambiente, dão maior prazer à sua visita, e previnem acidentes, que nesses lugares afastados podem ter graves consequencias. 

qNa maioria das áreas naturais, a natureza é frágil e precisa ser tratada com cuidado. Nestas áreas é impossível realizar trabalhos de limpeza e conservação da forma como acontece nas cidades. Portanto, a proteção destes locais depende muito do comportamento dos visitantes.
É só seguir algumas regras simples, que ajudam a proteger o meio ambiente, dão maior prazer à sua visita, e previnem acidentes, que nesses lugares afastados podem ter graves consequencias.
Estas regras de conduta consciente, são resumidas em 8 princípios descritos a seguir.

1. Planejar é fundamental
  • Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes.
  • Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais.
  • Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas. Grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto.
  • Evite viajar para áreas mais populares durante feriados prolongados e férias.
  • Certifique-se de que você possui uma forma de acondicionar o seu lixo (sacos plásticos), para trazê-lo de volta.
  • Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita conforme o seu condicionamento físico e seu nível de experiência.

2. Você é responsável por sua segurança
  • O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade.
  • Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro da viagem com alguém de confiança, com instruções para acionar o resgate, caso necessário.
  • Avise a administração da área que você está visitando sobre: sua experiência, o tamanho do grupo, o equipamento que vocês estão levando, o roteiro e data esperada de retorno. Estas informações facilitarão o seu resgate em caso de acidente.
  • Aprenda as técnicas básicas de segurança, como navegação (como usar um mapa e uma bússola) e primeiros socorros. Para tanto, procure clubes excursionistas , escolas de escalada, etc.
  • Tenha certeza de que você dispões do equipamento apropriado para cada situação. Acidentes e agressões à natureza em grande parte são causados por improvisações e uso inadequado de equipamentos. Leve sempre:lanterna, agasalho, capa de chuva e um estojo de primeiros socorros, alimento e água, mesmo em atividades com apenas um dia ou poucas horas de duração.
  • Caso você não tenha experiência em atividades recreativas em ambientes naturais, entre em contato com centros excursionistas, empresas de ecoturismo ou condutores de visitantes. Visitantes inexperientes podem causar grandes impactos sem perceber e correr riscos desnecessários.

3. Cuide das trilhas e dos locais de acampamento
  • Mantenha-se nas trilhas pré determinadas, não use atalhos que cortam caminhos. Os atalhos favorecem a erosão e a destruição das raízes e plantas inteiras.
  • Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia. A dificuldade das trilhas faz parte do desafio de vivenciar a natureza. Se você contorna a parte danificada de uma trilha, o estrago se tornará maior no futuro.
  • Acampando, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar após o impacto. Acampe somente em locais pré estabelecidos, quando existirem. Acampe a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água.
  • Não cave valetas ao redor das barracas, escolha melhor o local e use um plástico sob a barraca.
  • Bons locais de acampamento são encontrados, não construídos. Não corte nem arranque vegetação, nem remova pedras ao acampar.

4. Traga seu lixo de volta
  • Se você pode levar uma embalagem cheia para um ambiente natural, pode trazê-la vazia na volta.
  • Ao percorrer uma trilha, ou sair de uma área de acampamento, certifique-se de que elas permaneçam como se ninguém houvesse passado por ali. Remova todas as evidências de sua passagem. Não deixe rastros!
  • Não queime nem enterre o lixo. As embalagens podem não queimar completamente, e animais podem cavar até o lixo e espalhá-lo. Traga todo o seu lixo de volta com você.
  • Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja instalação sanitárias (banheiros) na área, cave um buraco com quinze centímetros de profundidade a pelo menos 60 m de qualquer fonte de água, trilhas ou locais de acampamento, em local onde não seja necessário remover vegetação.

5. Deixe cada coisa em seu lugar
  • Não construa qualquer tipo de estrutura, como bancos, mesas, pontes etc. não quebre ou corte galhos de árvores, mesmo que estejam mortas ou tombadas, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais.
  • Resista à tentação de levar lembranças para casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc. onde você os encontrou, para que outros também possam apreciá-los.
  • Tire apenas fotografias, deixe apenas leves pegadas, e leve para casa apenas suas memórias.

6. Não faça fogueira
  • Fogueiras matam o solo, enfeiam os locais de acampamento e representam uma grande causa de incêndios florestais.
  • Para cozinhar, utilize um fogareiro próprio para acampamento. Os fogareiros modernos são leves e fáceis de usar. Cozinhar com um fogareiro é muito mais rápido e prático que acender um fogueira
  • Para iluminar o acampamento, utilize um lampião ou uma lanterna em vez de uma fogueira
  • Se você realmente precisa acender uma fogueira, utilize locais previamente estabelecidos, e somente se as normas da área permitirem.
  • Matenha o fogo pequeno, utilizando apenas madeira morta encontrada no chão.
  • Tenha absoluta certeza de que sua fogueira está completamente apagada antes de abandonar a área.

7. Respeite os animais e plantas
  • Observe os animais a distância. A proximidade pode ser interpretada como uma ameaça e provocar um ataque, mesmo de pequenos animais. Além disso, animais silvestres podem transmitir doenças graves.
  • Não alimente os animais. Os animais podem acabar se acostumando com comida humana e passar a invadir os acampamentos em busca de alimento, danificando barracas, mochilas e outros equipamentos.
  • Não retire flores e plantas silvestres. Aprecie sua beleza no local, sem agredir a natureza e dando a mesma oportunidade a outros visitantes.

8. Seja cortês com outros visitantes
  • Ande e acampe em silêncio, preservando a tranquilidade e a sensação de harmonia que a natureza favorece. Deixe rádios e instrumentos sonoros em casa.
  • Deixe os animais domésticos em casa. Caso traga o seu animal com você, mantenha-o controlado todo o tempo, incluindo evitar latidos ou outros ruídos. As fezes dos animais devem ser tratadas da mesma maneira que as humanas. Elas também estão sob sua responsabilidade. Muitas áreas não permitem a entrada de animais domésticos, verifique com antecedência.
  • Cores fortes, como branco, azul, vermelho ou amarelo, devem ser evitadas, pois podem ser vistas a quilômetros de distância e quebram a harmonia dos ambientes naturais. Use roupas e equipamentos de cores neutras, para evitar a poluição visual em locais muito frequentados
  • Colabore com a educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade.

Este texto pode e deve ser reproduzido, desde que citada a fonte.

Fonte: Programa Nacional de Áreas Protegidas - MMA (Ministério do Meio Ambiente)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nunca na história tivemos acesso a tanta informação - e também a tantas opiniões diferentes. Faça a coisa certa. 

q1. Informe-se
Acompanhe as notícias sobre o meio ambiente, atualize-se, estude a fundo os aspectos que mais lhe interessam
2. Aja localmente
Pense a respeito de como colaborar na família, na vizinhança, na escola dos filhos e na comunidade. Participe mais de tudo e difunda suas idéias sobre um mundo melhor.
3. Pense localmente
Estabeleça vínculo entre temas locais e globais. Apesar de magnitudes diferentes, os dois universos se correlacionam.
4. Some
Antes de pensar em formar uma organização não-governamental, procure ema parecida na qual você possa se engajar.
5. Otimismo é fundamental
Envolva-se de maneira criativa e divertida. Se quer atrair outras pessoas, pense em discursos e eventos positivos.
6. Seja efetivo
Envolva-se, torne-se ativo, mas não duplique suas obrigações. Trabalhe para ampliar sua efetividade.
7. Crie notícia
Identifique temas que possam interessar a muitas pessoas. Então, escreva para jornais, revistas, redes de rádio e TV.
8. Planeje sua família
Se a população da Terra, em 2050, ficará em 7,9 ou 10,9 bilhões de pessoas, conforme projeta a ONU, a diferença será de um filho por casal.
9. Não polua
Não jogue pilhas e baterias de celular no lixo comum. Mantenha bacias hidrográficas, rios, represas e lagoas livres de lixo ou qualquer tipo de resíduo. Lembre-se: o cano que sai da sua casa provavelmente deságua num rio, numa lagoa ou no mar.
10. Preserve a biodiversidade
Espécies animais e vegetais merecem respeito. Plante árvores: elas produzem oxigênio e são abrigos para aves.
11. Seja coerente
Economize energia, água, prefira equipamentos que não prejudiquem a camada de ozônio, reutilize materiais, recicle o lixo caseiro, use menos o carro, ande mais a pé, evite produtos de origem animal.
12. Passe a sua vida a limpo
Reveja seu estilo de vida. Pense num padrão condizente com o mundo sustentável.
13. Boicote
Engaje-se em movimentos de boicote a produtos que não respeitam o meio ambiente. Aliás, nem espere por moviemntos: faça isso sempre que cair a ficha.
14. Eleja e cobre
Fiscalize o trabalho e a postura dos deputados e senadores ligados à sua comunidade ou cidade. Escreva para eles fazendo sugestões ou cobranças.
15. Separe o joio
Nunca na história tivemos acesso a tanta informação - e também a tantas opiniões diferentes. Faça a coisa certa.
16. Ensine as crianças
Preparar as novas gerações à luz de princípios ecológicos é a garantia de um mundo mais redondo daqui para frente.
17. Acredite no futuro
Estimule idéias inovadoras, invista em grupos não-governamentais, renove sua crença de que tudo vai dar certo. Quanto mais pessoas acreditarem na paz, mas ela será possível.

Fonte: Super Especial - Como Salvar a Terra/junho 2001

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Administração das Águas

Os rios revelam, na qualidade de suas águas, a qualidade dos usos que são feitos nas terras que drenam. Quem estuda o estado da qualidade das águas de qualquer rio, descobre os tratamentos que os habitantes situados nas cabeceiras daquele rio fazem de suas terras.

Assim, quando uma instituição se propõe a cuidar do meio ambiente, suas atenções devem começar pelo estudo das águas, já que estas indicam detalhes que, nas visitas às propriedades, cidades e indústrias, podem der disfarçados aos pesquisadores.

Bibliografia: MULLER. A. C., Introdução à Ciência Ambiental; Curitiba – PUC-PR; uso didático. Págs. 67 a 73.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Neve nos EUA é novo front de guerra sobre mudança do clima

Enquanto milhões de pessoas na costa leste dos EUA se escondem em suas casas cobertas de neve, os dois lados do debate climático usam as tempestades para reforçar suas visões.

Céticos do aquecimento estão usando a nevasca recorde para desdenhar de quem alerta para as mudanças climáticas perigosas causadas pelos seres humanos - está mais para resfriamento global, provocam.

A maioria dos climatologistas diz que as tempestades são consistentes com as previsões de que um planeta mais quente produzirá eventos extremos mais frequentes e intensos. Mas alguns cientistas dizem que as nevascas no Nordeste dos EUA não são mais prova de que o planeta está esfriando do que a falta de neve em Vancouver (Canadá) é prova de que ele está esquentando.

Para ilustrar seu ponto de vista, a família do senador republicano James Inhofe (Oklahoma), um dos principais céticos do clima no Congresso, construiu um iglu de dois metros de altura em frente ao Capitólio e pôs em seu topo um cartaz que dizia: "A nova casa de Al Gore". O extremo meteorológico, disse Inhofe, reforça as dúvidas sobre as conclusões dos cientistas de que o aquecimento é "inequívoco".

Bobagem, replica Joseph Romm, especialista em mudança climática que escreve sobre o assunto para a ONG liberal Center for American Progress. "Os ideólogos no Senado ficam forçando informações anticientíficas de que grandes nevascas são evidências contra o aquecimento", escreveu Romm na última quarta-feira.

A guerra em torno das nevascas está acontecendo na esteira de uma série de controvérsias climáticas: nos últimos meses, críticos da ideia do aquecimento global atacaram o relatório de 2007 do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) e afirmaram que e-mails roubados de um centro de climatologia na Inglaterra levantam dúvidas sobre a integridade acadêmica de alguns cientistas do clima.

Mas os climatologistas dizem que nenhum episódio meteorológico extremo pode ser atribuído a tendências climáticas globais - embora digam que tais eventos ficarão mais frequentes à medida que as temperaturas globais sobem e que o ar carrega mais umidade. 

(Fonte: Folha Online)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Mercado da Poluição.

O Mercado de carbono funciona de acordo com prefixação do Protocolo de Quioto a respeito de quanto as indústrias de alguns países podem emitir de GEEs (Gases do Efeito Estufa). 

Chamado por alguns como o preço da culpa, ou ainda que se compara a poder pecar desde que você pague depois pelos seus pecados, o mercado de créditos de carbono vem sendo, além de um dos assuntos mais debatidos dentro do grande debate que é o aquecimento global é também uma das grandes novidades de nossos tempos.

O Mercado de carbono funciona de acordo com prefixação do Protocolo de Quioto a respeito de quanto as indústrias de alguns países podem emitir de GEEs (Gases do Efeito Estufa). Baseado nisso os países podem negociar nacional ou internacionalmente os certificados de emissão. Ainda de acordo com o acordo que criou os mercados de carbono ficou convencionado de que a tonelada CO² seria o equivalente a um crédito de carbono. Além disso ainda existem outros gases que podem ser negociados como o metano (equivalente a 21 créditos de carbono), Óxido Nitroso (equivalente a 310), Hidrofluorcarbonetos (140 a 11700), Perfluorcabonetos (6500 a 9200) e Hexafluoreto de Enxofre (equivalente 23900).

Além dos mercados de carbono obrigatórios referentes aos países que pertencem ao Anexo 1 do protocolo de Quioto também existem os mercados voluntários, ou seja, países que não tem a obrigação com o Protocolo de Quioto podem negociar seus créditos de carbono também como em bolsas como a Bolsa do Clima de Chicago.

Algumas outras medidas também estão sendo avaliadas para entrarem no comércio de crédito de carbono como isentivo para outras medidas redutoras do aquecimento global como contabilizar o consumo de carbono por áreas florestais em determinados países e sumidouros de carbono.

Outra forma também de incentivar a diminuição do aquecimento global é o financiamento de Medidas de Desenvolvimento Limpas (MDLs)a países como o Brasil (não pertencentes ao Anexo 1) que por sua vez geram passivamente créditos de carbono pela iniciativa.
De uma forma geral, salvar o planeta vem se mostrando ser um negócio muito lucrativo, pois além de negociar-se GEEs também existe todo um mercado para produtos relacionados a sustentabilidade como prédios de energia zero, casas sustentáveis e além ainda mais um infinidade de produtos ecologicamente corretos e economicamente inacessíveis. Muitos pesquisadores e ecologistas chamam a atenção para que o fato do aquecimento global seja talvez um assunto exacerbado pela mídia e acabe por deixar de lado outras questões pertinentes como a tomada de consciência pelo decréscimo do consumo de energia, a diminuição do consumo exacerbado e desenfreado de bens de consumo.
Dentre as medidas apontadas como sendo descartadas, ou ainda absolutamente negadas dentro de uma consciência de bem estar ambiental está a diminuição da pobreza , a procura pelo controle de natalidade, a diminuição da jornada de trabalho e utilização do tempo útil para aprimoramento da consciência e ainda a busca de soluções economicamente acessíveis de moradia que seja menos agressivas ao ambiente urbano, seja da forma visual ou ecológica.
Fonte:
Ambiente Brasil
Por Marcelo Hammoud

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Telhados brancos reduzem temperatura de cidades, demonstra simulação

Pintar de branco os telhados e lajes de edifícios pode reduzir significativamente a temperatura de cidades e mitigar alguns impactos do aquecimento global.

A conclusão é de cientistas do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos (NCAR, na sigla em inglês).

No estudo, modelos computacionais simularam os impactos de coberturas brancas na temperatura de áreas urbanas. O secretário (equivalente a ministro) de energia dos EUA, Steven Chu , já defendeu o recurso como uma importante ferramenta para ajudar a sociedade a ajustar-se à mudança climática.

“Nossa pesquisa demonstra que telhados brancos, ao menos em teoria, podem ser um método efetivo na redução do calor urbano”, disse Keith Oleson, principal autor do estudo, que será publicado no periódico especializado “Geophysical Research Letters”.

Vias asfaltadas, pavimentos cobertos por resinas impermeabilizantes e outras “superfícies artificiais” absorvem calor, elevando as temperaturas nas cidades entre 1°C e 3°C em relação às áreas circundantes não urbanizadas.

As simulações de Oleson e equipe indicam uma redução de 33% da temperatura com todas as coberturas possíveis e imagináveis pintadas de branco.

Mas não é para sair pintando tudo: dependendo do clima local, habitantes de cidades mais frescas aumentariam o consumo de energia para aquecimento de ambientes internos. Sistemas de condicionamento de ar que usam gás ou carvão (combustíveis fósseis vilões do aquecimento global) tornariam todo o esforço absolutamente inútil.

O modelo computacional desenvolvido por Oleson avalia o impacto de fatores como a influência de telhados, paredes e áreas verdes nas temperaturas locais. Mas o sistema ainda não é capaz de replicar arquitetura, plano urbanístico etc. de cidades específicas. Em vez disso, foram criadas metrópoles abstratas, com diversos parâmetros de densidade populacional e padrões de uso do solo.

“É fundamental compreender como a mudança climática vai afetar áreas urbanas vulneráveis, o lar da maior parte da população mundial”, afirmou Gordon Bonan, coautor do estudo.
 
(Fonte: G1)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Aquecimento global acelera crescimento de árvores, diz estudo

O aquecimento global pode causar um crescimento mais rápido das árvores e aumentar a duração das temporadas propícias a seu desenvolvimento, afirma um estudo publicado nesta semana nos Anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

Para realizar a pesquisa, os cientistas do Centro de Investigações Ambientais Smithsonian (Maryland) reuniram dados coletados em árvores de 55 bosques diferentes do leste dos Estados Unidos, além de informações de 100 anos de medições meteorológicas e de 17 anos de medições de emissões de gás carbônico.

Segundo os resultados, o crescimento recente das árvores "superou os valores esperados", provavelmente devido às mudanças climáticas.

"Sabe-se que o aumento das temperaturas, da duração do período de crescimento e das emissões de CO2 influenciam a fisiologia das árvores", destaca o estudo.

Consequentemente, o aquecimento global "tem provavelmente uma grande influência sobre o aumento de crescimento constatado", observa a pesquisa.

Concretamente, as temperaturas mais altas aceleram o metabolismo das árvores, enquanto que o aumento do nível de gás carbônico na atmosfera ajuda seu crescimento, graças a um processo chamado de fertilização carbônica (que favorece a fotossíntese e a produção de biomassa vegetal).

Os cientistas destacam que devem ser realizados estudos mais aprofundados para determinar se esses resultados ocorrem em uma escala maior e também as consequências do crescimento das árvores.
(Fonte: G1)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Medidas de Proteção Global dos Oceanos têm falhado

Milhares de toneladas de lixo são jogadas no mar a cada ano, colocando em risco vidas humanas e selvagens. Um relatório confidencial do governo Alemão, obtido pelo SPIEGEL ONLINE, indica que os esforços das Nações Unidas e da União Européia para limpar nossos oceanos têm falhado completamente.

Dada a imensidão de nossos oceanos, poucas pessoas encontram problema para despejar lixo nesses corpos d´água. Mas enormes quantidades de plásticos, que degradam a uma taxa bem baixa, podem ser encontradas a rodo em nossos oceanos. As vidas selvagens consomem pedaços pequenos de plásticos levando muitas delas a morrer, dado que os mesmos estão repletos de venenos. E, conforme advertem os especialistas, atingimos um ponto em que está ficando perigoso até mesmo para humanos consumir peixes e frutos do mar.

Consideradas tais condições, a comunidade internacional vem desenvolvendo por quatro décadas massivos esforços burocráticos na busca de liberar os oceanos do lixo. Em 1973, as Nações Unidas patrocinaram um pacto protegendo os oceanos do despejo. Adicionalmente, em seis diferentes ocasiões, provisões (destinadas à “poluição marinha”) têm sido agregadas à chamada Convenção Marpol. Há nove anos, a União Européia publicou diretrizes que proíbem qualquer despejo de resíduo marítimo no oceano enquanto as embarcações estiverem nos portos.
 
Entretanto, de acordo com o documento de estratégia confidencial do governo alemão, obtido pelo SPIEGEL ONLINE, se você somar todos os benefícios de tais medidas, o resultado é zero. O fato é que, conclui o documento confidencial, os esforços internacionais buscando proteger os oceanos falharam em todos os sentidos. Nossos oceanos se transformaram num vasto aterro de lixo.

Até mesmo leis rigorosas não têm feito qualquer coisa para ajudar os oceanos, estabelece o documento. Tome o caso dos mares Norte e Báltico. Embora o despejo nesses mares têm sido ilegal, desde 1988, o montante de lixo ali encontrado permanece “sem melhoria”. O governo estima, também, que a cada ano 20.000 toneladas de lixo encontram seu caminho só para o Mar do Norte, principalmente de navios e da indústria da pesca. O documento conclui que todos os acordos internacionais relacionados com o assunto têm sido “infrutíferos.”

Enchimento de Lixo no “Armário Azul”

A princípio, talvez pareça que a União Européia esteja fazendo muito para limpar o lixo dos mares. Por exemplo, a mais recente diretriz da UE sobre o assunto, em julho de 2008, busca a garantia de “boas condições” dos mares da Europa em 2020. Entretanto, nesta terça-feira, a Comissão Européia anunciou sua intenção de estabelecer “uma agência dedicada (…) para atacar os problemas subjacentes da má implementação e execução da legislação européia sobre lixo.”

Quer dizer, o documento de estratégia alemã não coloca muita fé em tais planos. Do jeito que seus autores vêm as coisas, é “extremamente improvável” que um consenso efetivo sobre não poluir os oceanos emergirá num futuro previsível. A verdade é que, os especialistas do governo parecem acreditar que martelar sobre novos acordos não é o caminho certo para abordar a questão. Em vez disso, eles acreditam que a praticabilidade de futuros pactos buscando proteger os oceanos deve “ser investigada em primeira mão.”

Em público, por outro lado, o governo federal da Alemanha assume um tom muito menos cáustico. Em abril de 2008, a então grande coalizão dominante – feita pela chanceler Angela Merkel do partido de centro-direita União Democrática Cristã e pelo Partido Social Democrático de centro-esquerda – declarou que reconheceu as regulamentações existentes buscando conter a inundação de resíduos como “em princípio suficientes.” Na quinta-feira o Ministro do Meio Ambiente, da Conservação da Natureza e da Segurança Nuclear Federal da Alemanha declinou fornecer qualquer comentário adicional para O SPIEGEL ONLINE.

Oportunidades de Descarte Insuficientes

A proteção ambiental advoga, por outro lado, não estar acanhada para dar voz a sua consternação. “Na existência de controles e penalidades,” diz Onno Gross, o presidente da Deepwave, uma organização de conservação do oceano baseada em Hamburg, “estão aparentemente tentando se livrar de seu lixo no ´armário azul´.” Permanece, de acordo com o documento interno do governo, que o descarte da maneira apropriada de lixo marítimo não é fácil como deveria ser. Da forma como os autores do documento vêm isto, “as oportunidades insuficientes de descarte nos portos, altas taxas e logísticas complicadas” frustram tais esforços.

Mesmo assim, eles também admitem que colocar um basta em mais poluição é urgentemente necessário. Os especialistas por trás do relatório observam a “piora de um problema ecológico e econômico” que terá efeitos negativos sobre animais marinhos assim como “custos imensos.”
 

Eles também alertam para sérias consequências relacionadas com a saúde humana. Por exemplo, partículas de plástico podem desalinhar completamente nosso complexo equilíbrio hormonal, de acordo com um estudo publicado no ano passado por cientistas do Hospital Universitário de Caridade de Berlim. Da mesma forma, segundo Richard Thompson, um biólogo marinho da Universidade de Plymouth na Grã-Bretanha, pedaços de plástico podem transformar-se, da noite para o dia, em substâncias armadilhas venenosas, embutidas nelas mesmas, causadoras de câncer, tais como DDT. Na verdade, o estudo mais recente coloca a concentração de tais venenos, das pontas dos plásticos, como sendo milhões de vezes maior do que o normal. E, conforme alerta Gross, “quando as pessoas consomem peixe, elas trazem o veneno para dentro de seus corpos.”

Quando Thompson olha para esse problema, ele se preocupa sobre as chances de haver uma perigosa cadeia de reações.  Quanto mais alto um animal estiver na cadeia alimentar, é provável que ele tenha mais veneno em seu corpo. Os cientistas estão atualmente procurando descobrir quanto veneno os humanos ingerem quando comem coisas que vêm do oceano.

Comendo Plástico até Morre

  Os pássaros muitas vezes têm dificuldade em distinguir entre pequenos pedaços de plástico e comida. Segundo um estudo conduzido em 2002, 80 por cento dos pássaros examinados ao longo do Mar do Norte continham partículas de plástico em suas bocas. Da mesma forma, os pesquisadores do Centro de Pesquisa e Tecnologia da Costa Oeste, da cidade de Büsum do nordeste da Alemanha, determinaram recentemente que quase todos (93 por cento) os pássaros mergulhadores do Mar do Norte têm pedaços de plástico em seus estômagos.

Outro estudo encontrou, ainda, uma média de 32 pedaços de plástico nos estômagos de Fulmarus glacialis, equivalentes aos petréis. Com todos esses pedaços em seus estômagos os pássaros sentem-se cheios, desta forma eles consomem menos, adquirem menos nutrientes e, em muitos casos, morrem. Um painel de especialistas disse, à EU, que pássaros migratórios alimentam seus filhotes na Antártica com pedaços de plástico que eles encontram no Oceano Atlântico.

De acordo com o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, há, em média, 18.000 pedaços visíveis de plástico flutuando em cada quilômetro quadrado do mar. Algumas nódoas de lixo flutuante são até mesmo visíveis em fotos de satélite. Pesquisadores da Fundação de Pesquisa Marinha Algalita pesquisaram 11 sítios randomicamente escolhidos no meio do Oceano Pacífico e descobriram uma massa de plástico seis vezes maior do que a massa de plâncton. Através do tempo o plástico se desintegra em pedaços cada vez menores, mas leva séculos até que ele desapareça completamente.

O Fundo do Mar do Norte Está Saturado de Plástico

Um exemplo particularmente flagrante de lixo marinho é apresentado pela Angra Alemã, uma parte do Mar do Norte na costa da Alemanha. Ao todo 8 milhões de pedaços de plástico podem ser encontrados ali. Na parte sul do Mar do Norte, uma média de 575 pedaços de rejeitos pode ser encontrada por quilômetro quadrado.

Ao longo das praias do Mar do Norte e do Atlântico Norte, segundo o relatório do governo, perto de 712 pedaços de lixo podem ser contados em cada faixa de 100 metros, em média. Algumas faixas contêm até 1.200 pedaços. “Não é suficiente apenas varrer as praias de vez em quando”, diz o biólogo marinho Gross. Na verdade, até 67 por cento do lixo afunda até o fundo do mar. Abaixo das águas do Mar do Norte descansam 600.000 metros cúbicos de entulho, de acordo com os cálculos oficiais – grosseiramente o volume de duas pirâmides de Giza. Cada quilômetro quadrado do Mar do Norte contém um metro quadrado de lixo.

Não faltam sugestões sobre como atacar o problema. O documento estratégico do governo alemão propõe começar devagar. Primeiro de tudo, diz ele, deve-se trabalhar num critério para um mar saudável e a vida marinha deve ser melhor pesquisada para corrigir o “estado difuso de nosso conhecimento.” A questão, se os padrões de métodos de pesquisa são suficientes, permanece um “problema sem uma solução satisfatória.”

Mas o governo também possui algumas medidas concretas que ele gostaria de ver implementadas. “Sacos de lixo reforçados” devem ser distribuídos aos pescadores de modo que 500 deles possam servir de coletores de lixo do Mar do Norte. O relatório do governo aponta também para redes de pesca sem âncoras, como um problema importante que a vida marinha enfrenta no Mar do Norte. O documento estratégico aconselha uma avaliação sobre a necessidade das redes de pesca serem equipadas, no futuro, com dispositivos de localização.

Os sistemas de reciclagem também devem ser promovidos a bordo dos navios, propõe o documento. A separação de lixo é também desejada – mas não prensas de lixo, porque desta forma o lixo “não pode ser mais identificado.” “Controles mais rigorosos e penalidades mais altas,” devem ser introduzidas.

“Os livros de registro de lixo devem, finalmente, nos dar insights sobre o montante atual de lixo produzido, diz Onno Gross da Deepwave. Um navio contêiner padrão produz alguns 100 kg de lixo por dia. Caso os navios descartem um montante suspeitavelmente menor de lixo ao aportar, deveriam ser forçados a pagar “penalidades drásticas”, diz Thilo Maack do Greenpeace.

Gross propõe utilizar as taxas portuárias para financiar o descarte de lixo. “O sistema que alguém tende a encontrar em acampamentos de lazer deveria também ser utilizado em navios,” diz ele. Mas o governo alemão não tem  grandes esperanças para melhorias. O documento argumenta que o descarte de lixo deve permanecer livre de cobrança, se alguém esperar mudar o comportamento dos marítimos.

Fonte:

www.globalgarbage.org/blog - EcoAgência

Derretimento do Ártico pode custar US$ 24 tri até 2050, diz estudo

O derretimento das geleiras no Ártico pode custar de US$ 2,4 trilhões a US$ 24 trilhões até 2050 em danos à agricultura global, aos imóveis e às seguradoras causados pelo aumento do nível dos oceanos, enchentes e ondas de calor, informou um estudo divulgado na sexta-feira (5/02/).

"Todos ao redor do mundo irão carregar esses custos", afirmou Eban Goodstein, um economista do Bard College, no Estado de Nova York, e co-autor do estudo chamado "Tesouro Ártico, Ativos Mundiais Derretendo".

Ele afirmou que o relatório, revisado por mais de uma dezena de cientistas e economistas e financiado pelo Pew Environment Group, um braço do Pew Charitable Trusts, é a primeira tentativa de calcular o tamanho das perdas de uma das regiões mais importantes para o clima mundial.

"O Ártico é o ar-condicionado do planeta e ele está começando a entrar em colapso", disse.

O derretimento de gelo e neve no Oceano Ártico já custa ao mundo de US$ 61 bilhões a US$ 371 bilhões anualmente, principalmente devido a ondas de calor, enchentes e outros fatores, disse o estudo.

As perdas podem aumentar, pois um Ártico mais quente tende a soltar grandes quantidades de metano. O gás teria um impacto 21 vezes maior que o dióxido de carbono no aquecimento global.

O derretimento do gelo no Oceano Ártico já está causando um aumento de temperaturas, pois a água escura, resultante do gelo derretido, absorve mais energia solar, afirmou. Isso pode causar derretimentos de mais geleiras e aumentar o nível dos oceanos.

Enquanto boa parte da Europa e dos Estados Unidos têm sofrido com nevascas e temperaturas abaixo do esperado neste inverno, as evidências aumentam de que o Ártico está em risco devido ao aquecimento.

Os gases geradores do efeito estufa saídos de escapamentos e chaminés levaram as temperaturas do Ártico, na última década, ao maior nível em pelo menos 2.000 anos, revertendo uma tendência natural de resfriamento, informou uma equipe internacional de pesquisadores no jornal Science, em setembro.

As emissões de metano do Ártico subiram 30% nos últimos anos, disseram cientistas no mês passado.
(Fonte: Folha Online)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

EXCLUSIVO: Programa lançado no Rio de Janeiro vai contribuir com a legalização de cooperativas de catadores de recicláveis

A partir desta terça-feira, 09, a Gerência de Educação Ambiental do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Inea, dá início à primeira Oficina de Planejamento para Coleta Seletiva Solidária de Materiais Recicláveis do município de Petrópolis, que fica na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Serão formados grupos de trabalhos que vão atuar na integração e inclusão social dos catadores de material reciclável. Esses grupos serão compostos por diversos setores como representantes de escolas estaduais e municipais, assim como gestores públicos.

O programa deverá ser ampliado e levado, também, para outros pontos da cidade.

No dia 04, quinta-feira, a Gerência lançou o Mutirão de Legalização de Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis e na quarta-feira, o programa de Coleta Seletiva Solidária foi realizado em Teresópolis.

A capacitação dos catadores, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, vai contribuir para a legalização das cooperativas, além de dar orientações de gestão.

As inscrições para a oficina podem ser feitas pelo e-mail coletaseletiva.inea@gmail.com ou por meio dos telefones: (21) 2334-8454/8455.

Fonte:
*Com informações do Inea.
Danielle Jordan / AmbienteBrasil

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Crescimento urbano e exportações agrícolas: principais causas do desmatamento

As duas principais causas do desmatamento nos países tropicais são o crescimento da população urbana e as exportações agrícolas, segundo um estudo publicado neste domingo (7) pela revista especializada Nature Geoscience.

Muitas pessoas acreditam que é possível proteger as florestas reduzindo a população das áreas rurais e incentivando os moradores a não desmatarem.

Porém, segundo a equipe de pesquisadores comandada por Ruth DeFries, da Universidade de Columbia, a urbanização é a maior responsável pelo desmatamento, ao provocar uma elevação do nível de vida marcada por um consumo maior de produtos agrícolas, sobretudo de origem animal.

"Nas próximas décadas, quase todo o crescimento demográfico se dará nas cidades, e não no campo, o que vai impulsionar a demanda de utilização das paisagens rurais para a produção agrícola comercial", destacaram os autores do estudo.

Os cientistas compararam indicadores econômicos e demográficos de 41 países da América Latina e da Ásia com dados sobre o desmatamento colhidos por satélites entre 2000 e 2005.

Eles constataram que o recuo das florestas é maior nos lugares onde a urbanização cresce rapidamente e o comércio dos produtos agrícolas por habitante é alto.

As exportações agrícolas também impulsionam a demanda em terras cultiváveis, frequentemente retiradas da floresta.

Ao contrário, não existe uma relação significativa entre crescimento da população rural, associado a um aumento local da demanda, e desmatamento.

Assim, as políticas atuais de combate ao desmatamento "não vão responder à principal causa do desmatamento", advertiram os pesquisadores.

A advertência foi emitida num momento em que os países ricos prometeram na Cúpula do Clima em Copenhague doar 10 bilhões de dólares em três anos aos países emergentes para combater o aquecimento global.

Grande parte desta verba deve ir para a proteção das florestas tropicais, importantes fontes de carbono cuja destruição acelera o aquecimento global.

Uma solução para proteger as florestas pode ser melhorar o rendimento das superfícies já desmatadas, sugeriram os autores do estudo. 
 (Fonte: Yahoo!)

EXCLUSIVO: Pesquisadores debatem a existência de novas espécies de répteis e anfíbios na Amazônia em Congresso de Zoologia

 Até o dia 11 a Sociedade Brasileira de Zoologia, SBZ, em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi, MPEG, e a Universidade Federal do Pará, UFPA, promovem o 28º Congresso Brasileiro de Zoologia, em Belém, no Pará.

Na quarta-feira, dia 10, a programação prevê a realização do Simpósio de Herpetologia na Amazônia. Segundo a coordenação, o evento tem como objetivo traçar um panorama da fauna de répteis e anfíbios e mostrar as pesquisas realizadas pelas instituições envolvidas.

Serão realizados ainda minicursos, palestras, e outras discussões sobre biodiversidade e sustentabilidade.

Os pesquisadores destacam a importância dos estudos quanto às novas espécies de répteis e anfíbios, ainda desconhecidas pela ciência, que habitam a Amazônia. Eles afirmam que existem espécies novas a serem descritas de serpentes, lagartos e anfíbios.

A programação completa do Simpósio pode ser encontrada no endereço http://www.cbzool2010.com.br/programacao/arquivo/ST23-HERPETOLOGIA_AMAZONICA.pdf.

Com informações do  MPEG.
Danielle Jordan / AmbienteBrasil

Calor intenso é responsável por aumento no consumo de energia

O chefe da divisão de Eficiência Energética em Equipamentos do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), Rafael Meireles, disse que o intenso calor dos últimos dias tem aumentado o consumo de energia, pois faz com que as pessoas utilizem mais alguns equipamentos elétricos como ventiladores e ar-condicionados.

Segundo o especialista, alguns cuidados básicos podem ser tomados para que o consumo excessivo de energia seja evitado. Como por exemplos, observar a existência do selo de qualidade do Procel na hora de comprar os equipamentos elétricos.

“O calor tem contribuído para o crescente consumo de energia, porque as pessoas acabam usando mais equipamentos elétricos, como ventiladores e ar-condicionado. Por isso, uma dica é verificar a existência do selo Procel na compra de equipamentos elétricos”.

Rafael Meireles recomenda ainda que é necessário observar o estado de conservação e vida útil dos eletrodomésticos. “É importante conferir se a borracha da geladeira continua vedando, fazer limpeza constante do ar-condicionado e trocar os equipamentos antigos”.
(Fonte: Radiobrás)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Geração de energia eólica se expande no mundo

O potencial de países como o Brasil para a geração de energia por meio de fazendas eólicas é gigantesco e o custo (financeiro e ambiental) bem menor do que o de fontes sujas como a hidrelétrica

    O Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council) divulgou (dia 03) os números do avanço de projetos de energia eólica no mundo em 2009. A capacidade instalada cresceu 31% em 2009, passando de 120, 8 GW para 157,9 GW (ou 157.900 MW). Estes números têm superado as projeções mais otimistas do Greenpeace e surpreendido inclusive até mesmo a indústria eólica.  O crescimento representa cerca de três usinas de Itaipu e aconteceu em grande parte na China, que acrescentou 13 GW e dobrou sua capacidade instalada pelo terceiro ano seguido. Os Estados Unidos vieram com a segunda maior contribuição, de 9,9 GW, e seguem como o país com maior capacidade de energia eólica no mundo, com 35 GW. A Europa instalou 10,5 GW no ano passado, liderados por Espanha (2,5 GW) e Alemanha (1,9 GW).  "A continuidade do rápido crescimento da energia eólica, apesar da crise financeira  e da recessão econômica é uma prova da capacidade de atratividade desta tecnologia limpa, confiável e rápida de instalar. A energia eólica se tornou a fonte que mais cresce em cada vez mais países do mundo", disse Steve Sawyer, Secretário Geral do GWEC. "Apesar da falta de consenso nas negociações de Copenhague, a energia eólica continuou a crescer graças a políticas energéticas nacionais em seus principais mercados", disse ele.  O mercado global de turbinas eólicas movimento cerca de 63 bilhões de dólares em 2009, empregando cerca de meio milhão de pessoas ao redor do mundo, de acordo com a GWEC.  Os 157,9 GW de capacidade instalada economizam cerca de 204 milhões de toneladas equivalentes de carbono por ano. Estes números não deixam dúvidas de que a energia eólica é a escolha certa tanto para a economia, quanto para o clima.  O Brasil, que havia fechado 2008 com 400 MW instalados, agora conta com 660 MW de capacidade instalada. A conclusão das usinas contratadas pelo Proinfa (Programa Nacional de Incentivo às Fontes Alternativas) e o impulso dado pelo primeiro leilão de energia eólica, realizado em dezembro de 2009, devem elevar este número a 3 mil MW em 2012. “O Brasil tem todas as condições de aproveitar seu gigantesco potencial eólico e posicionar-se entre os países de maiores gerações no mundo. Para tanto, o Greenpeace vem trabalhando no fortalecimento das políticas energéticas para novas fontes renováveis no país e pede a realização de leilões anuais de 1000 MW para a fonte eólica.” declarou Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil.
Greenpeace - EcoAgência