Greenpeace Brasil
Parques na Escócia – será o mesmo planeta?
domingo, 20 de junho de 2010
Embate pelo atum azul na Europa
Greenpeace tenta libertar peixes presos em cercado de engorda no Mediterrâneo; espécie está ameaçada de extinção por causa da superexploração.
Ativistas do Greenpeace realizaram ontem um protesto contra a pesca predatória do atum azul, espécie ameaçada de extinção, no Mediterrâneo. Apesar de a ação ter caráter não-violento, os pescadores responderam agressivamente, lançando sinalizadores sobre os ativistas e disparando canhões de água.
O foco da ação foi um cercado cheio de peixes, capturados alguns dias antes. A estrutura foi montada para engordar os animais e vendê-los a preços exorbitantes no mercado internacional. Os ativistas partiram em sete botes infláveis, a partir de dois navios do Greenpeace na região, o Arctic Sunrise e o Rainbow Warrior, e tentaram libertar os animais.
Cerca de 80% do atum azul do Mediterrâneo já foi pescado. O Greenpeace pede uma moratória da exploração dessa espécie, para que a população possa se recuperar.
"Libertar o atum azul é a única coisa responsável a ser feita, pelo futuro dos peixes e dos oceanos", afirma Oliver Knowles, coordenador da campanha de oceanos do Greenpeace Internacional, a bordo do Rainbow Warrior. "O Greenpeace confrontará a qualquer pesca de atum azul em qualquer ponto do Mediterrâneo."
Na semana passada, a Comissão Europeia ordenou a alguns navios que interrompam suas atividades uma semana antes do fim do período permitido de pesca, depois de já terem atingido sua cota, uma vez que a continuidade da exploração pode levar a espécie a sumir. Isso não impediu, contudo, que a exploração continuasse.
Os ativistas que passaram a temporada a bordo do Rainbow Warrior e tentaram impedir a pesca desenfreada do atum azul sofreram sérias represálias. Ao participarem de uma ação, foram feridos por ganchos atirados por um barco pesqueiro.
Fonte:
Greenpeace Brasil
Postado por
Gestor Ambiental
às
05:16:00
Marcadores:
Embate pelo atum azul na Europa
Nenhum comentário:
sábado, 19 de junho de 2010
Ovos de tartaruga-de-couro prontos para eclodir
Biólogos e voluntários que formam o Tartarugas do Delta, no Delta do Parnaíba, Piauí, identificaram o local utilizado para desova de tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) – uma espécie criticamente ameaçada da fauna brasileira. A expectativa é que a eclosão do ninho ocorra entre esta sexta (18) e o dia 23 de junho. Um acampamento foi montado para monitorar o ninho. “A eclosão pode ser a qualquer momento, mas acreditamos que possivelmente seja entre domingo (20) e quarta-feira (23)", disse a bióloga Werlanne Santana, ao repórter Francisco Brandão, do site Proparnaiba. Ela estima que esta eclosão tenha mais ou menos cem filhotes.
A tartaruga-de-couro escolheu a praia de Barra Grande, em Cajueiro da Praia, possivelmente dois meses antes da localização feita pelos biólogos. Na Praia do Sal, em Parnaíba, outro ninho foi encontrado. Antes dessas descobertas, a espécie só tinha ninhos identificados no estado do Espírito Santo.
O pessoal do Tartarugas do Delta acredita que a tartaruga deverá sair do mar outras vezes para depositar mais ovos. O grupo espera que até o mês de julho outros ninhos na costa piauiense eclodam. “Estamos monitorando o nascimento de tartarugas das cinco espécies para os próximos dias em boa parte da extensão do nosso litoral”, declarou a bióloga Kesley Paiva.
De acordo com as pegadas na areia da praia, o indivíduo mede cerca de 1,50 metros e deve pesar em torno de 300 quilos. Entre os quelônios, a tartaruga-de-couro é a maior encontrada na costa brasileira, pode atingir 2 metros e pesar 700 quilos, embora exemplares maiores já tenham sido identificados. (Celso Calheiros)
Decisão sobre aumento de etanol em gasolina será adiada até outono nos EUA
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) anunciou que vai adiar até o outono para decidir se carros poderão usar níveis mais altos de etanol na gasolina.
A EPA deveria decidir neste mês se o nível de etanol poderia aumentar de 10% para 15% na gasolina. Mas a agência decidiu adiar a decisão até o fim de setembro.
A indústria do etanol diz que testes confirmam que uma mistura com 15% de etanol não causa problemas na performance dos motores. Mas refinadores de petróleo, produtores de motores e grupos ambientalistas são contra o aumento.
O secretário da Agricultura, Tom Vilsack, disse que essa é uma boa notícia para produtores de etanol. Segundo Vilsack, é importante que todos os elos da cadeia produtiva – produtores de milho, refinarias de biocombustivel, bombas de mistura de combustíveis – estejam prontos para suprir a demanda.
No entanto, grupos de produtores de etanol não gostaram do atraso. Tom Buis, presidente do grupo que pediu o aumento no nível de etanol, disse que o vazamento de óleo no golfo do México deveria ser um motivo a mais para acelerar o uso de energia renovável.
Produtores de pequenos motores, que se opõem ao aumento, dizem que seus produtos não foram desenhados para funcionar com concentrações maiores do combustível.
(Fonte: Folha.com)
Postado por
Gestor Ambiental
às
06:05:00
Marcadores:
Decisão sobre aumento de etanol em gasolina será adiada até outono nos EUA
Nenhum comentário:
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Cresce investimento em energia eólica
Recife - Uma onda de empreendimentos de energia eólica está chegando ao Porto de Suape, em Pernambuco. Em maio, a RM Eólica foi inaugurada e vai produzir até mil torres de aerogeradores por ano. Na cerimônia, além do tradicional corte da fitinha para simbolizar o início dos trabalhos, foi feito o anúncio de novos investimentos. A Gonvarri, empresa espanhola que controla a RM Eólica, vai construir até 2011 nova unidade para fabricação de flanges e um centro de montagem de turbinas. Os flanges são os anéis que fazem a união dos grandes cilindros que formam as torres. A indústria começa suas atividades com encomendas de 300 torres para entrega.
Antes da RM Eólica, a Impsa investiu ali R$ 150 milhões. A unidade em Suape desta multinacional argentina produz aerogeradores. A empresa tem interesses em conquistar três parques de energia eólica que produziriam 100 megawatts (MW) e que fazem parte do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) da Eletrobrás.
A Eólica Tecnologia é outra empresa que está dentro desse filão de energia limpa. A empresa é liderada pelo professor Everaldo Feitosa, responsável por um dos poucos mestrados de energia eólica no país, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Também vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, ele conta que uma das razões para os investimentos no setor crescer no país está no fato de que o Brasil encontra-se em um estágio anterior em relação a outros países no uso da energia eólica.
Juan Carlos Fernandes, diretor da Impsa, afirma que existem excelentes condições de crescimento. “O Brasil tem um potencial eólico de 150 mil MW”, avalia. O Nordeste, região que concentra as melhores jazidas de ventos do país, é carente de outras fontes de energia. A perspectiva nacional citada por Fernandes é praticamente a mesma utilizada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE): 143 mil MW – mais ou menos 13 usinas de Belo Monte.
De acordo com uma análise feita pelo professor Heitor Scalambrini Costa, do departamento de Engenharia da UFPE, no Plano Decenal de Expansão de Energia da EPE a participação das usinas eólicas passará de 0,3 para 0,9% da potência instalada no país. A biomassa (bioeletricidade) passará a responder por 2,7% (hoje, 1%)e as usinas térmicas aumentarão sua participação de 0,95 para 5,7% (mais de 500%). “A expansão pífia prevista para a energia eólica contrasta com a as informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que afirma que os ventos poderiam atender a pelo menos 60% de todo o consumo nacional de energia, já que em mais de 71 mil quilômetros quadrados do território nacional a velocidade dos ventos é adequada”.
Antes da RM Eólica, a Impsa investiu ali R$ 150 milhões. A unidade em Suape desta multinacional argentina produz aerogeradores. A empresa tem interesses em conquistar três parques de energia eólica que produziriam 100 megawatts (MW) e que fazem parte do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) da Eletrobrás.
A Eólica Tecnologia é outra empresa que está dentro desse filão de energia limpa. A empresa é liderada pelo professor Everaldo Feitosa, responsável por um dos poucos mestrados de energia eólica no país, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Também vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, ele conta que uma das razões para os investimentos no setor crescer no país está no fato de que o Brasil encontra-se em um estágio anterior em relação a outros países no uso da energia eólica.
Juan Carlos Fernandes, diretor da Impsa, afirma que existem excelentes condições de crescimento. “O Brasil tem um potencial eólico de 150 mil MW”, avalia. O Nordeste, região que concentra as melhores jazidas de ventos do país, é carente de outras fontes de energia. A perspectiva nacional citada por Fernandes é praticamente a mesma utilizada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE): 143 mil MW – mais ou menos 13 usinas de Belo Monte.
De acordo com uma análise feita pelo professor Heitor Scalambrini Costa, do departamento de Engenharia da UFPE, no Plano Decenal de Expansão de Energia da EPE a participação das usinas eólicas passará de 0,3 para 0,9% da potência instalada no país. A biomassa (bioeletricidade) passará a responder por 2,7% (hoje, 1%)e as usinas térmicas aumentarão sua participação de 0,95 para 5,7% (mais de 500%). “A expansão pífia prevista para a energia eólica contrasta com a as informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que afirma que os ventos poderiam atender a pelo menos 60% de todo o consumo nacional de energia, já que em mais de 71 mil quilômetros quadrados do território nacional a velocidade dos ventos é adequada”.
Comparação desfavorável
O leilão para compra de energia eólica no Brasil realizado em dezembro de 2009 contratou cerca de 6 mil MW. No mesmo ano, a China implantou 14 mil MW e os Estados Unidos 10 mil MW, sendo que os dois países já utilizam mais de 15% da geração de energia através dos ventos. O Brasil não gera 1% do total que consome. “As perspectivas são imensas, pois além de limpa, a energia eólica se tornou competitiva e confiável”, argumenta Everaldo Feitosa, garantindo que o preço do MW gerado pelo do vento (R$ 148 o MW/h, no último leilão) é menor do que qualquer outra fonte, a exceção das grandes hidroelétricas.
A tendência é global. Na Dinamarca, 20% de toda energia consumida no país tem origem nos ventos. Os planos do país é que até 2020, a participação da energia eólica chegue a 50%. Pensa-se da mesma forma na Espanha e em Portugal.
Para Feitosa, o Brasil poderá se destacar no cenário mundial em breve. “A rapidez com que nossos projetos foram construídos mostra a viabilidade da energia eólica. Entre 2012 e 2015, vamos ter uma geração superior a 3 mil MW. Com isso, o país ficará entre os dez maiores produtores do mundo”, prevê. Hoje, o país ocupa a 21ª posição com uma produção de 600 MW.
A tendência é global. Na Dinamarca, 20% de toda energia consumida no país tem origem nos ventos. Os planos do país é que até 2020, a participação da energia eólica chegue a 50%. Pensa-se da mesma forma na Espanha e em Portugal.
Para Feitosa, o Brasil poderá se destacar no cenário mundial em breve. “A rapidez com que nossos projetos foram construídos mostra a viabilidade da energia eólica. Entre 2012 e 2015, vamos ter uma geração superior a 3 mil MW. Com isso, o país ficará entre os dez maiores produtores do mundo”, prevê. Hoje, o país ocupa a 21ª posição com uma produção de 600 MW.
Tecnologia
A tecnologia espanhola está presente nos empreendimentos em Pernambuco. A Gonvarri é a controladora da RM e tem negócios com a Eólica Tecnologia, através da Gestamp Wind. Os portugueses da MPG Shipyards, que vão instalar um estaleiro de R$ 255 milhões em Suape, afirmaram deter uma tecnologia vantajosa para plataformas marítimas para instalação de turbinas eólicas.
Além dos estrangeiros, a Máquinas Piratininga resolveu explorar o filão na construção de torres. A indústria pernambucana com tradição no fornecimento de máquinas para indústrias de cana, cimento e siderurgia está no Parque Rosa dos Ventos, em Aracati, Ceará, como fornecedora das torres com 88 metros de altura.
A entrada da Piratininga é o primeiro passo do que pode vir a ser uma trilha aberta pelas empresas brasileiras na busca por matriz energética limpa e desenvolvimento de tecnologia nacional para tanto. O professor Everaldo defende a busca por mais informações e novos estudos que possam qualificar o Brasil no setor. Juan Carlos Fernandez, da Impsa, compara a indústria de energia eólica com a indústria automobilística. “Somos indutores de desenvolvimento, porque além de gerarmos energia, o setor precisa de diferentes tipos de fábricas, cada uma fazendo uma parte para transformarmos a força dos ventos em energia elétrica”.
A questão da logística também tem seu peso. Uma rápida observação no mapa do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica revela as grandes jazidas de ventos estão na região Nordeste. Suape está estrategicamente bem posicionado entre o Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e o interior de Pernambuco. Na região estão mais de 70% dos projetos instalados. A previsão é que nos próximos dois anos, R$ 7,2 bilhões sejam investidos em parques de geração de energia eólica. Números que devem se repetir entre os mais de 300 projetos que irão a leilão para contratação de 10 mil MW em outubro.
São projetos modernos que venceram defeitos presentes na geração da energia eólica dos modelos com mais de 10 anos. Antes havia produção de ruído com a rotação de hélices de 10 a 20 metros de diâmetro. Com a utilização de hélices de 100 metros de diâmetro e giro mais lento, o barulho acabou. A nova tecnologia trouxe o silêncio e segurança para os pássaros, que tombavam atingidos pelas hélices do passado. “Ainda não conseguimos criar torres invisíveis”, brinca Everaldo Feitosa, como que se desculpando pelo único defeitos não solucionado nos projetos que juntam os aerogeradores: o estético.
Além dos estrangeiros, a Máquinas Piratininga resolveu explorar o filão na construção de torres. A indústria pernambucana com tradição no fornecimento de máquinas para indústrias de cana, cimento e siderurgia está no Parque Rosa dos Ventos, em Aracati, Ceará, como fornecedora das torres com 88 metros de altura.
A entrada da Piratininga é o primeiro passo do que pode vir a ser uma trilha aberta pelas empresas brasileiras na busca por matriz energética limpa e desenvolvimento de tecnologia nacional para tanto. O professor Everaldo defende a busca por mais informações e novos estudos que possam qualificar o Brasil no setor. Juan Carlos Fernandez, da Impsa, compara a indústria de energia eólica com a indústria automobilística. “Somos indutores de desenvolvimento, porque além de gerarmos energia, o setor precisa de diferentes tipos de fábricas, cada uma fazendo uma parte para transformarmos a força dos ventos em energia elétrica”.
A questão da logística também tem seu peso. Uma rápida observação no mapa do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica revela as grandes jazidas de ventos estão na região Nordeste. Suape está estrategicamente bem posicionado entre o Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e o interior de Pernambuco. Na região estão mais de 70% dos projetos instalados. A previsão é que nos próximos dois anos, R$ 7,2 bilhões sejam investidos em parques de geração de energia eólica. Números que devem se repetir entre os mais de 300 projetos que irão a leilão para contratação de 10 mil MW em outubro.
São projetos modernos que venceram defeitos presentes na geração da energia eólica dos modelos com mais de 10 anos. Antes havia produção de ruído com a rotação de hélices de 10 a 20 metros de diâmetro. Com a utilização de hélices de 100 metros de diâmetro e giro mais lento, o barulho acabou. A nova tecnologia trouxe o silêncio e segurança para os pássaros, que tombavam atingidos pelas hélices do passado. “Ainda não conseguimos criar torres invisíveis”, brinca Everaldo Feitosa, como que se desculpando pelo único defeitos não solucionado nos projetos que juntam os aerogeradores: o estético.
Ag. Eco
Celso Calheiros
Postado por
Gestor Ambiental
às
13:58:00
Marcadores:
Cresce investimento em energia eólica
Nenhum comentário:
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Dia Internacional da Biodiversidade - Ou mais um dia em que desaparecem 9 espécies animais ou vegetais
No dia 22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade, tivemos pouco a comemorar. Biodiversidade é um conceito que resume o patrimônio genético que temos no Planeta. E não se trata apenas da diversidade de espécies que habitam os inúmeros ecossistemas, e com eles criam teias complexas e equilibradas, mas, pragmaticamente falando, também do potencial farmacêutico de novas substâncias biodinâmicas descobertas nas pesquisas com essas espécies.
Ou seja, a perda de biodiversidade é uma tragédia para a Natureza e um tiro no pé da humanidade.
Em outubro desse Ano da Biodiversidade, 193 nações signatárias da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), reunidas na conferência das Nações Unidas COP10 (Conference of the Parties 2010), tentarão estabelecer metas de preservação para os próximos dez anos. No entanto, devemos lembrar que dez anos atrás, quando todos esses temas já eram alardeados, a mesma Conferência das Partes estabeleceu que em 2010 o mundo já deveria perceber uma melhora na proteção dos ecossistemas. Pois bem, passados 10 anos, as notícias não são nada boas.
Em um ritmo alucinante, a cada um desses 10 anos, o Planeta perdeu cerca de 3 mil espécies animais ou vegetais sem que a ciência tivesse tempo de estudá-las ou mesmo catalogá-las. Uma espécie desapareceu a cada 3 horas e, com ela, sabemos que perdemos biodiversidade, mas não sabemos exatamente o que perdemos de conhecimentos.
Sabemos também que essa extinção em massa tem sido provocada pela conjunção fatal entre destruição dos mais variados habitats naturais, florestas devastadas ao ritmo de 8.000 campos de futebol a cada 2 horas, incessante poluição ambiental e o famoso (e atualmente culpado por tudo) aquecimento global. Mas não pense que essas causas estão longe do seu quintal. Algumas delas estão diretamente relacionadas às nossas próprias atividades, muitas inevitáveis, é claro, que proporcionam a todos nós prazer e conforto. E, apesar das notícias continuarem não sendo boas, poucos de nós fazem algo em favor da preservação. Muitos verbalizam suas preocupações, mas poucos estão dispostos a abrir mão de parte do consumo exagerado ou colocar a mão no bolso em favor das causas ambientais.
Em janeiro desse ano, o World Wildlife Fund (WWF) divulgou uma lista com os 10 principais animais ameaçados de extinção (veja ao final). Em abril, as Nações Unidas divulgaram um grande estudo sobre biodiversidade que nos informa que um terço dos anfíbios, um quinto dos mamíferos e um décimo dos pássaros do planeta estão ameaçados de extinção. As populações animais sofreram 30% de redução, as áreas de mangue foram reduzidas em 20% e a cobertura de corais vivos em 40%. E foi exatamente para chamar a atenção sobre a necessidade de preservação da vida no Planeta que a ONU elegeu 2010 o Ano da Biodiversidade.
Mas as notícias continuam a calar as comemorações. Pesquisadores ligados às universidades federais da Paraíba e do Mato Grosso do Sul, à Conservação Internacional (CI) e à Fundação SOS Mata Atlântica, divulgaram no dia 22 de maio um estudo sobre a preservação da biodiversidade marinha no litoral brasileiro, dividido em oito regiões. Através de informações disponibilizadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), pelo Ministério do Meio Ambiente e pelos Estados, os pesquisadores constataram que 59 espécies de peixes, raias e tubarões estão em risco de extinção. Em primeiro lugar está o Sudeste (RJ e SP) com 47 espécies, em segundo a região Sul (RS e SC) com 32 espécies e em terceiro aparece a região Leste (ES e BA) com 30 espécies.
No Norte e no Nordeste, segundo o estudo, a situação é melhor. No entanto, como sempre, faltam pesquisas e informações confiáveis sobre como estão as populações das espécies de peixes marinhos. De acordo com os próprios pesquisadores, ainda não foram avaliadas nem 200 espécies. Como as estimativas indicam potencialmente cerca de 1,5 mil espécies de peixes ocorrentes em nossas águas, mais uma vez temos a percepção de que muitas já desapareceram sem que pudéssemos estudá-las. Mais perda de biodiversidade, desta vez provocada pela combinação da pesca exagerada com a pesca predatória.
Voltando ao tema da COP10, um dos principais tópicos de discussão da conferência será a criação de novos santuários de espécies ameaçadas __ a meta do Brasil na Convenção de Diversidade Biológica é ter 10% dos mares brasileiros protegidos (hoje só temos 1%). Além da inclusão da assustadora velocidade com que o Planeta está sendo impactado pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas, variáveis que há dez anos não eram tão reais e perceptíveis, temos uma questão de credibilidade do anfitrião. O palco esse ano será Nagoya, no Japão. E o Japão, como todos sabemos, insiste na caça às baleias e golfinhos e se recusa a aceitar a proibição da pesca e comércio do atum-azul. Atitudes incompatíveis para um país que pretende ser líder de uma conferência que tem como meta aumentar a proteção dessas e de outras espécies ameaçadas de extinção.
Ainda acho que a conferência deveria dar tratamento especial a algumas espécies de tubarões vulneráveis e em perigo de extinção, como o tubarão-branco e os tubarões-martelo, mas talvez seja ainda mais importante levantar a bandeira contra a cruel perseguição de algumas espécies para a extração de partes de seu corpo para obtenção de produtos supérfluos cujos benefícios apregoados não têm nenhuma base científica comprovada.
Aproveitando que a conferência será no Oriente, as Nações Unidas deveriam lançar uma campanha contra a ultrapassada e absurda crendice popular, comum nessas bandas, de que partes de animais, como o chifre do rinoceronte, o pênis do tigre, as patas de ursos e gorilas ou as barbatanas dos tubarões, têm propriedades afrodisíacas ou medicinais.
A arrogante pretensão do ser humano de se achar mais evoluído e mais importante do que os outros seres e a ganância humana continuam sendo grandes incentivadores da perda de biodiversidade no Planeta.
Os 10 principais animais ameaçados de extinção
01 - Tigre: novos levantamentos indicam que existem menos de 3,2 mil tigres na natureza. Hoje, só restam apenas 7% do habitat natural destes animais. O extermínio dos tigres também está ligado à falta de informação. Em muitas partes da Ásia, os tigres são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais.
02 - Urso polar: o urso polar se tornou o principal símbolo dos animais que perdem seu habitat natural devido ao aquecimento global. A elevação da temperatura no Ártico é uma das principais ameaças aos ursos, assim como os petroleiros e os derramamentos de óleo na região.
03 - Morsa: os mais novos animais a entrarem para a lista dos ameaçados, as morsas também são diretamente afetadas pelo aquecimento global. Em setembro, 200 morsas foram encontradas mortas nas praias do Alasca. Com o derretimento das geleiras, os animais estão ficando sem comida.
04 - Pinguim de Magalhães: o aquecimento das correntes marítimas tem forçado os pinguins a nadarem cada vez mais longe para achar comida. Não à toa, eles têm aparecido nas praias brasileiras, muitas vezes magros demais ou muito doentes. Das 17 espécies de pinguins, 12 estão ameaçadas pelo aquecimento global.
05 - Tartaruga-gigante: também conhecida tartaruga-de-couro, são um dos maiores répteis do planeta e chegam a pesar 700 quilos. Estimativas mostram que há apenas 2,3 mil fêmeas no Oceano Pacífico, seu habitat natural. O aumento das temperaturas, a pesca e a poluição têm ameaçado sua procriação.
06 - Atum-azul: um dos ingredientes principais do sushi de boa qualidade, o atum encontrado nos oceanos Atlântico e Mediterrâneo está sendo extinto por causa da pesca predatória. Uma proibição temporária da pesca desta espécie de atum ajudaria suas populações a voltar a um equilíbrio. Segundo o WWF, as pessoas em geral podem ajudar a protegê-los diminuindo seu consumo.
07 - Gorila das montanhas: famosos depois do filme "Nas montanhas dos gorilas", estrelado por Sigourney Weaver, os gorilas podem deixar de existir na próxima década. Existem apenas 720 animais vivendo nas florestas da África, e outros 200 no Parque Nacional de Virunga, a maior área de preservação desta espécie. Em muitas partes da África, os gorilas são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais.
08 - Borboleta monarca: as temperaturas extremas são a principal ameaça destas borboletas, que todo ano cruzam os Estados Unidos em busca do calor mexicano. Elas vivem em florestas de pinheiros, área cada vez mais ameaçada pelo aquecimento global e urbanização crescente.
09 - Rinoceronte de Java: existem apenas 60 destes rinocerontes em seus habitat natural. Como seu chifre é usado na medicina tradicional asiática, os rinocerontes são caçados de forma predatória. A expansão das plantações também tem acabado com as florestas que abrigam a espécie. O Vietnã, país que era um grande habitat dos rinocerontes, abriga apenas 12 animais no momento.
10 - Panda: restam apenas 1,6 mil pandas na natureza, de acordo com o WWF. Eles vivem nas florestas da China, que estão cada vez mais ameaçadas pelo crescimento das cidades chinesas. Existe mais de 20 áreas de proteção ambiental no país para proteger estes animais. Metade dos pandas vive hoje em áreas protegidas ou em zoológicos.
*Marcelo Szpilman, Biólogo Marinho formado pela UFRJ, com Pós-Graduação Executiva em Meio Ambiente (MBE) pela COPPE/UFRJ, é autor dos livros GUIA AQUALUNG DE PEIXES, AQUALUNG GUIDE TO FISHES, SERES MARINHOS PERIGOSOS, PEIXES MARINHOS DO BRASIL, e TUBARÕES NO BRASIL, e de várias matérias e artigos sobre a natureza, ecologia, evolução e fauna marinha publicados nos últimos anos em diversas revistas e jornais e no Informativo do Instituto. Atualmente, Marcelo Szpilman é diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Editor e Redator do Informativo do citado Instituto, diretor do Projeto Tubarões no Brasil (PROTUBA) e membro da Comissão Científica Nacional (COCIEN) da Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos (CBPDS).
Ou seja, a perda de biodiversidade é uma tragédia para a Natureza e um tiro no pé da humanidade.
Em outubro desse Ano da Biodiversidade, 193 nações signatárias da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), reunidas na conferência das Nações Unidas COP10 (Conference of the Parties 2010), tentarão estabelecer metas de preservação para os próximos dez anos. No entanto, devemos lembrar que dez anos atrás, quando todos esses temas já eram alardeados, a mesma Conferência das Partes estabeleceu que em 2010 o mundo já deveria perceber uma melhora na proteção dos ecossistemas. Pois bem, passados 10 anos, as notícias não são nada boas.
Em um ritmo alucinante, a cada um desses 10 anos, o Planeta perdeu cerca de 3 mil espécies animais ou vegetais sem que a ciência tivesse tempo de estudá-las ou mesmo catalogá-las. Uma espécie desapareceu a cada 3 horas e, com ela, sabemos que perdemos biodiversidade, mas não sabemos exatamente o que perdemos de conhecimentos.
Sabemos também que essa extinção em massa tem sido provocada pela conjunção fatal entre destruição dos mais variados habitats naturais, florestas devastadas ao ritmo de 8.000 campos de futebol a cada 2 horas, incessante poluição ambiental e o famoso (e atualmente culpado por tudo) aquecimento global. Mas não pense que essas causas estão longe do seu quintal. Algumas delas estão diretamente relacionadas às nossas próprias atividades, muitas inevitáveis, é claro, que proporcionam a todos nós prazer e conforto. E, apesar das notícias continuarem não sendo boas, poucos de nós fazem algo em favor da preservação. Muitos verbalizam suas preocupações, mas poucos estão dispostos a abrir mão de parte do consumo exagerado ou colocar a mão no bolso em favor das causas ambientais.
Em janeiro desse ano, o World Wildlife Fund (WWF) divulgou uma lista com os 10 principais animais ameaçados de extinção (veja ao final). Em abril, as Nações Unidas divulgaram um grande estudo sobre biodiversidade que nos informa que um terço dos anfíbios, um quinto dos mamíferos e um décimo dos pássaros do planeta estão ameaçados de extinção. As populações animais sofreram 30% de redução, as áreas de mangue foram reduzidas em 20% e a cobertura de corais vivos em 40%. E foi exatamente para chamar a atenção sobre a necessidade de preservação da vida no Planeta que a ONU elegeu 2010 o Ano da Biodiversidade.
Mas as notícias continuam a calar as comemorações. Pesquisadores ligados às universidades federais da Paraíba e do Mato Grosso do Sul, à Conservação Internacional (CI) e à Fundação SOS Mata Atlântica, divulgaram no dia 22 de maio um estudo sobre a preservação da biodiversidade marinha no litoral brasileiro, dividido em oito regiões. Através de informações disponibilizadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), pelo Ministério do Meio Ambiente e pelos Estados, os pesquisadores constataram que 59 espécies de peixes, raias e tubarões estão em risco de extinção. Em primeiro lugar está o Sudeste (RJ e SP) com 47 espécies, em segundo a região Sul (RS e SC) com 32 espécies e em terceiro aparece a região Leste (ES e BA) com 30 espécies.
No Norte e no Nordeste, segundo o estudo, a situação é melhor. No entanto, como sempre, faltam pesquisas e informações confiáveis sobre como estão as populações das espécies de peixes marinhos. De acordo com os próprios pesquisadores, ainda não foram avaliadas nem 200 espécies. Como as estimativas indicam potencialmente cerca de 1,5 mil espécies de peixes ocorrentes em nossas águas, mais uma vez temos a percepção de que muitas já desapareceram sem que pudéssemos estudá-las. Mais perda de biodiversidade, desta vez provocada pela combinação da pesca exagerada com a pesca predatória.
Voltando ao tema da COP10, um dos principais tópicos de discussão da conferência será a criação de novos santuários de espécies ameaçadas __ a meta do Brasil na Convenção de Diversidade Biológica é ter 10% dos mares brasileiros protegidos (hoje só temos 1%). Além da inclusão da assustadora velocidade com que o Planeta está sendo impactado pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas, variáveis que há dez anos não eram tão reais e perceptíveis, temos uma questão de credibilidade do anfitrião. O palco esse ano será Nagoya, no Japão. E o Japão, como todos sabemos, insiste na caça às baleias e golfinhos e se recusa a aceitar a proibição da pesca e comércio do atum-azul. Atitudes incompatíveis para um país que pretende ser líder de uma conferência que tem como meta aumentar a proteção dessas e de outras espécies ameaçadas de extinção.
Ainda acho que a conferência deveria dar tratamento especial a algumas espécies de tubarões vulneráveis e em perigo de extinção, como o tubarão-branco e os tubarões-martelo, mas talvez seja ainda mais importante levantar a bandeira contra a cruel perseguição de algumas espécies para a extração de partes de seu corpo para obtenção de produtos supérfluos cujos benefícios apregoados não têm nenhuma base científica comprovada.
Aproveitando que a conferência será no Oriente, as Nações Unidas deveriam lançar uma campanha contra a ultrapassada e absurda crendice popular, comum nessas bandas, de que partes de animais, como o chifre do rinoceronte, o pênis do tigre, as patas de ursos e gorilas ou as barbatanas dos tubarões, têm propriedades afrodisíacas ou medicinais.
A arrogante pretensão do ser humano de se achar mais evoluído e mais importante do que os outros seres e a ganância humana continuam sendo grandes incentivadores da perda de biodiversidade no Planeta.
Os 10 principais animais ameaçados de extinção
01 - Tigre: novos levantamentos indicam que existem menos de 3,2 mil tigres na natureza. Hoje, só restam apenas 7% do habitat natural destes animais. O extermínio dos tigres também está ligado à falta de informação. Em muitas partes da Ásia, os tigres são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais.
02 - Urso polar: o urso polar se tornou o principal símbolo dos animais que perdem seu habitat natural devido ao aquecimento global. A elevação da temperatura no Ártico é uma das principais ameaças aos ursos, assim como os petroleiros e os derramamentos de óleo na região.
03 - Morsa: os mais novos animais a entrarem para a lista dos ameaçados, as morsas também são diretamente afetadas pelo aquecimento global. Em setembro, 200 morsas foram encontradas mortas nas praias do Alasca. Com o derretimento das geleiras, os animais estão ficando sem comida.
04 - Pinguim de Magalhães: o aquecimento das correntes marítimas tem forçado os pinguins a nadarem cada vez mais longe para achar comida. Não à toa, eles têm aparecido nas praias brasileiras, muitas vezes magros demais ou muito doentes. Das 17 espécies de pinguins, 12 estão ameaçadas pelo aquecimento global.
05 - Tartaruga-gigante: também conhecida tartaruga-de-couro, são um dos maiores répteis do planeta e chegam a pesar 700 quilos. Estimativas mostram que há apenas 2,3 mil fêmeas no Oceano Pacífico, seu habitat natural. O aumento das temperaturas, a pesca e a poluição têm ameaçado sua procriação.
06 - Atum-azul: um dos ingredientes principais do sushi de boa qualidade, o atum encontrado nos oceanos Atlântico e Mediterrâneo está sendo extinto por causa da pesca predatória. Uma proibição temporária da pesca desta espécie de atum ajudaria suas populações a voltar a um equilíbrio. Segundo o WWF, as pessoas em geral podem ajudar a protegê-los diminuindo seu consumo.
07 - Gorila das montanhas: famosos depois do filme "Nas montanhas dos gorilas", estrelado por Sigourney Weaver, os gorilas podem deixar de existir na próxima década. Existem apenas 720 animais vivendo nas florestas da África, e outros 200 no Parque Nacional de Virunga, a maior área de preservação desta espécie. Em muitas partes da África, os gorilas são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais.
08 - Borboleta monarca: as temperaturas extremas são a principal ameaça destas borboletas, que todo ano cruzam os Estados Unidos em busca do calor mexicano. Elas vivem em florestas de pinheiros, área cada vez mais ameaçada pelo aquecimento global e urbanização crescente.
09 - Rinoceronte de Java: existem apenas 60 destes rinocerontes em seus habitat natural. Como seu chifre é usado na medicina tradicional asiática, os rinocerontes são caçados de forma predatória. A expansão das plantações também tem acabado com as florestas que abrigam a espécie. O Vietnã, país que era um grande habitat dos rinocerontes, abriga apenas 12 animais no momento.
10 - Panda: restam apenas 1,6 mil pandas na natureza, de acordo com o WWF. Eles vivem nas florestas da China, que estão cada vez mais ameaçadas pelo crescimento das cidades chinesas. Existe mais de 20 áreas de proteção ambiental no país para proteger estes animais. Metade dos pandas vive hoje em áreas protegidas ou em zoológicos.
*Marcelo Szpilman, Biólogo Marinho formado pela UFRJ, com Pós-Graduação Executiva em Meio Ambiente (MBE) pela COPPE/UFRJ, é autor dos livros GUIA AQUALUNG DE PEIXES, AQUALUNG GUIDE TO FISHES, SERES MARINHOS PERIGOSOS, PEIXES MARINHOS DO BRASIL, e TUBARÕES NO BRASIL, e de várias matérias e artigos sobre a natureza, ecologia, evolução e fauna marinha publicados nos últimos anos em diversas revistas e jornais e no Informativo do Instituto. Atualmente, Marcelo Szpilman é diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Editor e Redator do Informativo do citado Instituto, diretor do Projeto Tubarões no Brasil (PROTUBA) e membro da Comissão Científica Nacional (COCIEN) da Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos (CBPDS).
Fonte:
(Envolverde/Instituto Ecológico Aqualung)
Postado por
Gestor Ambiental
às
06:04:00
Marcadores:
Dia Internacional da Biodiversidade - Ou mais um dia em que desaparecem 9 espécies animais ou vegetais
Nenhum comentário:
domingo, 6 de junho de 2010
ONU alerta sobre biodiversidade no Dia Mundial do Meio Ambiente
De rãs a gorilas, de enormes plantas a pequenos insetos, milhares de espécies estão ameaçadas, de acordo com o Secretário-Geral, Ban Ki-moon; em mensagem pela data, ele lembrou que espécies estão desaparecendo no ritmo mais rápido já registrado. | ||||
A incrível variedade de vida na Terra está em perigo e o mundo precisa proteger a biodiversidade. O alerta é das Nações Unidas, que celebra neste sábado, 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente. O país sede das celebrações este ano é Ruanda, que abriga mais de 50 espécies ameaçadas. A data em 2010 tem o tema 'Muitas Espécies. Um Planeta. Um Futuro'. Gorilas Em relatório e documentário recentes, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, adverte para ação urgente necessária para proteção dos gorilas da Bacia do Congo. Segundo a agência da ONU, se nada for feito para fortalecer as leis ambientais e combater a caça, eles podem desaparecer da região nos próximos 15 anos. De rãs a gorilas, de enormes plantas a pequenos insetos, milhares de espécies estão ameaçadas, de acordo com o Secretário-Geral, Ban Ki-moon. Em mensagem pela data, ele lembrou que espécies estão desaparecendo no ritmo mais rápido já registrado. Extinção em Massa Ban ressaltou que é preciso parar com a extinção em massa e aumentar a sensibilização sobre a importância vital de espécies que habitam os solos do planeta, florestas, oceanos, recifes de corais e montanhas. Um novo site lançado pela ONU nesta sexta-feira vai incluir inventários de gases de efeito estufa de 49 organizações das Nações Unidas, com dicas e ferramentas para redução das emissões de carbono. Fonte: Rádio das Nações Unidas |
Postado por
Gestor Ambiental
às
01:43:00
Marcadores:
ONU alerta sobre biodiversidade no Dia Mundial do Meio Ambiente
Nenhum comentário:
sábado, 5 de junho de 2010
Mar ameaça o litoral gaúcho
Exemplo de Santa Catarina serve de alerta: mar avançou, ou retomou o espaço perdido para as construções, à sua beira.
Rio Grande-RS - No ano passado, e por sorte era Inverno, o Atlântico avançou sobre os calçadões, avenidas e ruas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. E, na esteira dos episódios de devastação, um edifício de quatro andares terminou desabando, em Capão da Canoa. Saldo: quatro mortes e alguns feridos. Digo que foi sorte: o saldo trágico poderia ter sido bem maior, fosse na estação de verão com o edifício lotado de turistas.
No final de maio deste ano de 2010, o mar avançou, ou retomou o espaço perdido para as construções, à sua beira. Foram várias casas de classe média, destruídas parcial pu totalmente, nas praias da Armação e da Barra da Lagoa, na capital catarinense Florianópolis.
Vários fatores contribuem para esta retomada dos oceanos do mundo todo de seus espaços perdidos para a insensatez humana: o efeito das marés, a natural movimentação das águas, é potencializado por construções de alto risco. Não só no litoral brasileiro como em todos os países costeiros.
A edição do jornal gaúcho Zero Hora do dia 27 de maio relatou mais esse incidente, com uma significativa fotografia de Guto Kuerten, do Diário Catarinense. A casa, inclinada à beira mar, quase caindo nas águas revoltas, é bem a imagem dessas construções em áreas de alto risco.
logiada por vários leitores do jornal, mereceu destaque e uma observação de Amilton Oliveira, da cidade de Gravataí: “Mais racional do que tentar conter o mar. É preciso impedir que se construa em locais impróprios”.
Para evitar incidentes como o de 2009 em Capão da Canoa e deste passado mês de maio em Santa Catarina, é necessária a ação imediata de fiscalização e controle dos órgãos ambientais. No caso gaúcho, a Fepam deverá estar atenta à rápida erosão do litoral, em especial a parte Norte. Seria providencial tomar essas ações durante o desenrolar deste inverno. Para melhor garantir a segurança das multidões de turistas que, no próximo verão, deverão lotar as praias do RS.
Especialista cubano alerta sobre a erosão no litoral
Durante o recém concluído 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia, realizado nas dependências da Universidade Federal do Rio Grande, a FURG, uma das palestras mais
assistidas e comentadas foi a do professor doutor Jose Luís Juanes Martí, do Instituto de Oceanografia de Cuba. Depois de descrever o que está acontecendo em seu país e nos demais vizinhos do Caribe, Juanes Martí foi bem claro: a ação humana é a mais danosa das causas destas alterações nos litorais marítimos, a par das mudanças climáticas e de elevações dos níveis dos oceanos da Terra.
Entre as ações humanas, o especialista cubano citou a construção e a exploração de atividades de turismo à beira mar, com a destruição das dunas, além da extração de areia. Ele contou que em seu país já existem leis para disciplinar a distância das construções em relação à beira mar e às dunas. São atitudes tomadas para evitar a erosão, acrescentou.
Juanes Martí foi um pouco além: ao constatar o desequilíbrio entre investimentos turísticos e os programas nacionais para o turismo sustentável, o professor falou da erosão das praias cubanas, onde as ondas atacam as praias, colocam a areia em suspensão e geram correntes que transportam os sedimentos para muito longe da costa. Em síntese: as paradisíacas praias do Caribe estão ameaçadas e suas areias cálidas podem desaparecer pelo impacto dos freqüentes furacões – em temporadas que começam agora em junho e se estendem até novembro – e pela elevação do nível do mar. Sem esquecer a extravagante ação humana, as construções quase “dentro” do mar, como a casa da emblemática foto de Guto Kuerten.
No final de maio deste ano de 2010, o mar avançou, ou retomou o espaço perdido para as construções, à sua beira. Foram várias casas de classe média, destruídas parcial pu totalmente, nas praias da Armação e da Barra da Lagoa, na capital catarinense Florianópolis.
Vários fatores contribuem para esta retomada dos oceanos do mundo todo de seus espaços perdidos para a insensatez humana: o efeito das marés, a natural movimentação das águas, é potencializado por construções de alto risco. Não só no litoral brasileiro como em todos os países costeiros.
A edição do jornal gaúcho Zero Hora do dia 27 de maio relatou mais esse incidente, com uma significativa fotografia de Guto Kuerten, do Diário Catarinense. A casa, inclinada à beira mar, quase caindo nas águas revoltas, é bem a imagem dessas construções em áreas de alto risco.
logiada por vários leitores do jornal, mereceu destaque e uma observação de Amilton Oliveira, da cidade de Gravataí: “Mais racional do que tentar conter o mar. É preciso impedir que se construa em locais impróprios”.
Para evitar incidentes como o de 2009 em Capão da Canoa e deste passado mês de maio em Santa Catarina, é necessária a ação imediata de fiscalização e controle dos órgãos ambientais. No caso gaúcho, a Fepam deverá estar atenta à rápida erosão do litoral, em especial a parte Norte. Seria providencial tomar essas ações durante o desenrolar deste inverno. Para melhor garantir a segurança das multidões de turistas que, no próximo verão, deverão lotar as praias do RS.
Especialista cubano alerta sobre a erosão no litoral
Durante o recém concluído 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia, realizado nas dependências da Universidade Federal do Rio Grande, a FURG, uma das palestras mais
assistidas e comentadas foi a do professor doutor Jose Luís Juanes Martí, do Instituto de Oceanografia de Cuba. Depois de descrever o que está acontecendo em seu país e nos demais vizinhos do Caribe, Juanes Martí foi bem claro: a ação humana é a mais danosa das causas destas alterações nos litorais marítimos, a par das mudanças climáticas e de elevações dos níveis dos oceanos da Terra.
Entre as ações humanas, o especialista cubano citou a construção e a exploração de atividades de turismo à beira mar, com a destruição das dunas, além da extração de areia. Ele contou que em seu país já existem leis para disciplinar a distância das construções em relação à beira mar e às dunas. São atitudes tomadas para evitar a erosão, acrescentou.
Juanes Martí foi um pouco além: ao constatar o desequilíbrio entre investimentos turísticos e os programas nacionais para o turismo sustentável, o professor falou da erosão das praias cubanas, onde as ondas atacam as praias, colocam a areia em suspensão e geram correntes que transportam os sedimentos para muito longe da costa. Em síntese: as paradisíacas praias do Caribe estão ameaçadas e suas areias cálidas podem desaparecer pelo impacto dos freqüentes furacões – em temporadas que começam agora em junho e se estendem até novembro – e pela elevação do nível do mar. Sem esquecer a extravagante ação humana, as construções quase “dentro” do mar, como a casa da emblemática foto de Guto Kuerten.
Fonte:
EcoAgênciasexta-feira, 4 de junho de 2010
Organização ambiental lança projeto para preservar peixe-boi na Amazônia
Esse e outros quatro animais são alvo de caça predatória; peixe-boi tem a carne apreciada
BRASÍLIA - A Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa) lança na noite desta quarta-feira, 02/05/10, o projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia: Conservação e Pesquisa. A finalidade é ampliar os estudos científicos para preservar, segundo a organização, as cinco espécies da Amazônia mais ameaçadas de extinção (peixe-boi, lontra neotropical, ariranha, boto-cinza e boto-vermelho).
Segundo o ecólogo e diretor da Ampa, Jone César Silva, esses animais são alvo de caça direta e indireta, como é o caso do peixe-boi, que tem a carne bastante apreciada na região amazônica. Muitos chegam ao centro machucados ou órfãos, pois tiveram os pais caçados. O caso do boto-vermelho, mais conhecido como boto-rosa, é diferente: a carne dele não é consumida, mas serve como isca de pesca.
"Estamos nos concentrando em pesquisas de habitat e num acompanhamento intensivo para saber se [as populações de boto] estão diminuindo ou aumentando. Procuramos deixá-los em lugares onde não existam histórico de caça ou de pesca" diz Jones.
De acordo com o ecólogo, 10% da população de botos está sendo morta a cada ano, por caça predatória. Jones destaca que o peixe-boi e o boto-rosa são os mais ameaçados. Ele disse que o projeto tem parcerias com outros órgãos de fiscalização e combate à caça e pesca dos animais, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), porém, o objetivo é a preservação por meio da educação ambiental.
"Pretendemos montar uma rede de estudos e incentivo à preservação desses animais, que vêm sendo ameaçados há muito tempo, e consequentemente pretendemos [alcançar] a preservação de outros animais indiretamente".
Fonte:Associação Amigos do Peixe-boi, Amazônia, Boto Rosa, Jone César Silva, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Fonte:Associação Amigos do Peixe-boi, Amazônia, Boto Rosa, Jone César Silva, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Postado por
Gestor Ambiental
às
00:12:00
Marcadores:
Organização ambiental lança projeto para preservar peixe-boi na Amazônia
Nenhum comentário:
quinta-feira, 3 de junho de 2010
BP obtém êxito na primeira fase de novo plano para conter vazamento
Robôs submarinos conseguiram serrar uma tubulação onde ocorre o enorme vazamento no Golfo.
Os robôs submarinos da britânica BP conseguiram serrar com sucesso uma tubulação onde ocorre o enorme vazamento de petróleo no Golfo do México na manhã desta quinta-feira, 3. A empresa tentará agora instalar uma cúpula e desviar o petróleo para a superfície, informou uma autoridade norte-americana que supervisiona os trabalhos.
Reuters Empresa tentará instalar cúpula e desviar o petróleo para superfície
"Acabamos de cortar a tubulação do aparato marinho inferior," disse o almirante Thad Allen, da Guarda Costeira dos Estados Unidos, em uma entrevista coletiva em Metairie, Louisiana.
"O passo seguinte será instalar uma cúpula de contenção sobre o que restou da tubulação e começar a ver se conseguimos levar gás e petróleo pela tubulação," disse Allen.
Ele classificou a ação de cortar a tubulação como "um avanço significativo" na série de tentativas até agora fracassadas da BP de parar ou conter o vazamento que lançou cerca de19 mil barris por dia de petróleo no mar ao longo de seis semanas.
A BP usou enormes cisalhas (tesouras mecânicas) para cortar a tubulação. Esforços anteriores usando uma serra com diamantes fracassaram, possivelmente porque o equipamento apresentava muita resistência, afirmou Allen.
O próximo passo da BP é baixar a cúpula no que restou do aparato, na esperança de que a tampa conterá a maior parte do vazamento de petróleo e gás, afirmou Allen. Um equipamento será colocado sobre o vazamento para levar petróleo e gás a um navio-tanque na superfície.
Como a BP teve de abandonar os esforços de serrar a tubulação com a serra de diamantes, o corte agora ficou mais irregular do que o planejado. Isso significa que a BP não será capaz de conter a quantidade de petróleo que esperava.
Cobrança de US$ 69 milhões
O governo americano vai enviar nesta quinta-feira, 3, uma conta de US$ 69 milhões para a companhia British Petroleum cobrir despesas relacionadas ao vazamento no Golfo do México.
"O governo federal, em algum momento desta quinta-feira, vai enviar uma conta de US$ 69 milhões de despesas até o momento para que a BP reembolse os contribuintes", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
Fonte:
KRISTEN HAYS - REUTERSEstadão.com.b r/Planeta
Postado por
Gestor Ambiental
às
03:40:00
Marcadores:
BP obtém êxito na primeira fase de novo plano para conter vazamento
Nenhum comentário:
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Mundo ganha 13 novas Reservas da Biosfera
Cinco delas estão na América Latina; Zimbábue e Etiópia entram na lista pela primeira vez.
O mundo conta a partir de hoje com mais 13 reservas da biosfera – cinco delas na América Latina – e soma agora ao todo 564 reservas em 109 países, segundo os novos registros da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) acordados na reunião do Conselho Internacional de Coordenação do Programa sobre o Homem e a Biosfera.
Reunido em sua vigésima segunda sessão, que vai até 4 de junho, o Conselho elegeu 13 das 21 candidaturas apresentadas por 15 países e aprovou cinco projetos de ampliação de reservas já existentes no Chile, Costa Rica, Alemanha, Finlândia e Suíça.
Dos 13 novos monumentos naturais escolhidos, três estão no México - Nahá-Metzabok (estado de Chiapas), Islas Marías (estado de Nayarit) e Los Volcanes (estado de Puebla) -, um na Nicarágua – a ilha de Ometepe, no Lago Cocibolca , e um no Peru (uma região de floresta amazônica).
As outras novas reservas se encontram na Eslovênia, no Iran, na Polônia, da Coréia do Sul, na Suécia, na Etiópia e no Zimbábue – dois países africanos que debutam nesta lista, criada na década de 70 para promover a biodiversidade, a melhora das relações do homem com seu entorno, as investigações e os projetos muiltidisciplinares sustentáveis
O Reino Unido e a Suécia tiveram as sacadas da lista as reservas de Taynish e Lago de Torne, respectivamente, por não cumprimento dos critérios da chamada Estratégia de Sevilha (1995), estabelecida pela UNESCO.
A Etiópia se inscreveu com dois locais: Kafa, o lugar de origem do café arábico (Coffea Arabica), e Yayu, no sudoeste do estado de Oromía.
O Zimbábue entrou na disputa com o Curso Médio do Zambeze e seu vale, área de 40 mil quilômetros quadrados de ecossistemas ribeirinhos e terrestres, únicos em seu gênero e no subcontinente austral africano, que contém o lago Kariba, e também com o Parque Nacional de Mana Pools, já na lista do Patrimônio Mundial.
Da Eslovênia o Conselho elegeu Kozjansko e Obsotelje, mosaico de paisagens alpinas e agrícolas entre os rios Sava, Savinja e Stola, povoado por onze comunidades que praticam a agricultura alternativa e ecológico, o turismo sustentável e produzem alimentos tradicionais e artesanato local.
Fonte:
Estadão.com.br/Planeta
Postado por
Gestor Ambiental
às
01:47:00
Marcadores:
Mundo ganha 13 novas Reservas da Biosfera
Nenhum comentário:
Assinar:
Postagens (Atom)