O anúncio é uma tentativa de estancar as críticas ao trabalho do IPCC, por causa de erros publicados em avaliações oficiais do grupo.
"Temos de definir com clareza tanto o que sabemos quanto as incertezas. Temos de nos comunicar com transparência e debater com inteligência", disse Ban, que também assegurou que "não há provas que refutem a principal conclusão" do IPCC, a de que o homem é responsável pelo aquecimento.
O IPCC (de Intergovernmental Panel on Climate Change) foi criado em 1988. Seu objetivo é usar a literatura científica para avaliar a extensão das mudanças climáticas, e compreendê-las. Outro objetivo é avaliar o potencial da humanidade para adaptar-se às mudanças ou se contrapor a elas. Os pais do IPCC são as agências das Nações Unidas para meio ambiente (Pnuma) e para meteorologia (OMM).
Depois de publicar relatórios de avaliação em 1990, 1995 e 2001, o IPCC lançou em 2007 o documento que se tornou o (quase) consenso científico sobre aquecimento. O texto, cuja preparação envolveu mais de 1.200 cientistas independentes e 2.500 revisores, conclui que os países desenvolvidos devem cortar suas emissões de gases do efeito estufa em 40% até 2020 para segurar a alta da temperatura do planeta no limite de 2°C. Pelas contas do IPCC, é o único jeito de evitar um descontrole climático de consequências desastrosas.
Junto com o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, o pessoal do IPCC até ganhou o Nobel da Paz, já em 2007.
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