Parques na Escócia – será o mesmo planeta?
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Reciclagem marinha alterada
– As bactérias quitinolíticas são
microrganismos fundamentais para os ecossistemas marinhos, pois produzem
uma enzima conhecida como quitinase, por meio da qual exercem um papel
importante no processo de degradação da quitina, principal constituinte
do exoesqueleto dos artrópodes e moluscos.
Um novo estudo feito na Universidade de São Paulo (USP) indica que,
em ambientes onde há maior impacto de atividades humanas e maior nível
de contaminação fecal, essas bactérias apresentam, por um lado, maior
capacidade de produzir quitinase – que tem aplicações potenciais na
agricultura, medicina e em processos biotecnológicos. Mas, por outro
lado, têm sua diversidade reduzida, o que pode gerar desequilíbrios
ambientais.
O estudo correspondeu à tese de doutorado de Claudiana Paula de Souza-Sales, defendida em agosto no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, com apoio da FAPESP.
A pesquisa foi orientada pela professora Irma Rivera, do Laboratório de Ecologia Microbiana Molecular do Departamento de Microbiologia do ICB, que coordena o projeto de pesquisa “Diversidade de microrganismos marinhos, com ênfase em proteobactérias vibrios, colífagos, leveduras e bactérias quitinolíticas”, apoiado pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
De acordo com Irma, o estudo avaliou a diversidade das bactérias quitinolíticas isoladas de amostras de água do mar e de plâncton coletadas em três pontos da região costeira do Estado de São Paulo, com diferentes níveis de atividade antropogênica: Baixada Santista, canal de São Sebastião e Ubatuba.
“O nível de contaminação fecal presente em cada ambiente estudado influenciou significativamente a diversidade e o potencial enzimático das bactérias. A maior diversidade – abrangendo 19 gêneros – foi encontrada nas amostras do canal de São Sebastião e de Ubatuba, que têm médio e baixo nível de impacto antropogênico, respectivamente”, disse à Agência FAPESP.
Já na Baixada Santista, onde o impacto antropogênico é muito maior, com presença de poluição doméstica e industrial, a diversidade de gêneros das bactérias foi muito menor. “Mais de 78% das bactérias quitinolíticas presentes ali pertenciam ao gênero Aeromonas sp, disse a professora, que é embaixadora do Brasil na Sociedade Norte-Americana de Microbiologia (ASM, na sigla em inglês).
Segundo a pesquisadora, diferentemente do que se pensava no passado, nem todas bactérias são patogênicas e algumas têm funções importantes em determinados nichos ecológicos. As bactérias quitinolíticas degradam as carapaças de animais marinhos. Dados da literatura internacional estimam a produção total de quitina nos oceanos, durante o verão, entre 10 elevado a nove e 10 elevado a 11 toneladas métricas.
“Grande parte dos animais marinhos troca de exoesqueleto no verão e essa matéria é lançada no ambiente em imensas quantidades. A maior parte dessa produção é proveniente da carapaça de zooplâncton. Essas bactérias usam quitinases principalmente para digerir quitina como uma fonte de nutrientes e possibilitam, dessa forma, a reciclagem desse polissacarídeo nos oceanos”, explicou.
Para realizar o estudo Claudiana fez o isolamento e a contagem das bactérias, cultivadas em amostras de substrato marinho das três áreas do litoral paulista. As bactérias obtidas foram caracterizadas por métodos fenotípicos e genotípicos. Foram isoladas, no total, 492 bactérias quitinolíticas.
“Ela contou tanto amostras de água como de plâncton, já que dentro dele também há presença dos microrganismos”, disse Irma. O plâncton foi obtido com rede de malha de 100 micrômetros.
Nas amostras de água do mar foram determinados parâmetros físico-químicos (como temperatura, pH, salinidade e condutividade) e microbiológicos (coliformes termotolerantes e enterococos intestinais, entre outros).
A produção de quitinase das bactérias pode ser v
isualizada a partir de um halo formado no meio mínimo contendo quitina coloidal. “Quando os microrganismos consomem a quitina, forma-se um halo, que é medido nas diferentes amostras. Quanto maior o halo, maior a expressão da enzima quitinase”, explicou Irma.
Aplicações e equilíbrio
Segundo o estudo, os maiores valores de quitinases foram detectados em bactérias de água do mar na Baixada Santista, onde há o maior impacto antropogênico. Mas ali também houve a menor diversidade de gêneros. O trabalho concluiu que a diversidade de bactérias quitinolíticas e o potencial de produção de quitinases foram influenciados pelo nível de contaminação fecal presente no ambiente.
Quando há alta concentração de contaminação orgânica no ambiente aquático, as bactérias podem aumentar a produção de quitinase, degradando maiores quantidades de quitina e balanceando o sistema ecológico novamente. Mas, a partir de certo limite, a contaminação passa a ser muito grande e o corpo d’água pode perder a capacidade de recuperação.
“Para viver em um ambiente inóspito, com alta atividade antropogênica, as bactérias criam mecanismos de sobrevivência natural. O estudo confirmou que, na Baixada Santista, as bactérias quitinolíticas têm maior capacidade de degradação dos substratos. Esse poder exacerbado pode trazer vantagens para o uso biotecnológico. Mas, por outro lado, estamos perdendo a identidade ecológica do ambiente e a diversidade desses microrganismos”, destacou Irma.
Com os níveis de poluição doméstica e industrial da Baixada Santista é possível que já haja bactérias capazes de degradar produtos recalcitrantes. Com essa capacidade, elas poderiam ser utilizadas industrialmente no futuro. “Mas não adianta ter uma ‘superbactéria’ se esse processo também está matando os peixes e destruindo a diversidade do ecossistema marinho”, afirmou.
As bactérias quitinolíticas têm aplicações biotecnológicas na agricultura, para controle de insetos e fungos ou para o desenvolvimento de plantas transgênicas resistentes ao ataque de microrganismos.
“As bactérias poderiam ser utilizadas na produção de quitosana a partir de quitina de crustáceos e ostras, no tratamento de efluentes de indústria alimentícia e na medicina, para o desenvolvimento de compostos biologicamente ativos para uso em atividade antitumoral”, disse a professora do ICB.
Fonte
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP:agencia.fapesp.br/11034
Prublicado por Gestor Ambiental
O estudo correspondeu à tese de doutorado de Claudiana Paula de Souza-Sales, defendida em agosto no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, com apoio da FAPESP.
A pesquisa foi orientada pela professora Irma Rivera, do Laboratório de Ecologia Microbiana Molecular do Departamento de Microbiologia do ICB, que coordena o projeto de pesquisa “Diversidade de microrganismos marinhos, com ênfase em proteobactérias vibrios, colífagos, leveduras e bactérias quitinolíticas”, apoiado pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
De acordo com Irma, o estudo avaliou a diversidade das bactérias quitinolíticas isoladas de amostras de água do mar e de plâncton coletadas em três pontos da região costeira do Estado de São Paulo, com diferentes níveis de atividade antropogênica: Baixada Santista, canal de São Sebastião e Ubatuba.
“O nível de contaminação fecal presente em cada ambiente estudado influenciou significativamente a diversidade e o potencial enzimático das bactérias. A maior diversidade – abrangendo 19 gêneros – foi encontrada nas amostras do canal de São Sebastião e de Ubatuba, que têm médio e baixo nível de impacto antropogênico, respectivamente”, disse à Agência FAPESP.
Já na Baixada Santista, onde o impacto antropogênico é muito maior, com presença de poluição doméstica e industrial, a diversidade de gêneros das bactérias foi muito menor. “Mais de 78% das bactérias quitinolíticas presentes ali pertenciam ao gênero Aeromonas sp, disse a professora, que é embaixadora do Brasil na Sociedade Norte-Americana de Microbiologia (ASM, na sigla em inglês).
Segundo a pesquisadora, diferentemente do que se pensava no passado, nem todas bactérias são patogênicas e algumas têm funções importantes em determinados nichos ecológicos. As bactérias quitinolíticas degradam as carapaças de animais marinhos. Dados da literatura internacional estimam a produção total de quitina nos oceanos, durante o verão, entre 10 elevado a nove e 10 elevado a 11 toneladas métricas.
“Grande parte dos animais marinhos troca de exoesqueleto no verão e essa matéria é lançada no ambiente em imensas quantidades. A maior parte dessa produção é proveniente da carapaça de zooplâncton. Essas bactérias usam quitinases principalmente para digerir quitina como uma fonte de nutrientes e possibilitam, dessa forma, a reciclagem desse polissacarídeo nos oceanos”, explicou.
Para realizar o estudo Claudiana fez o isolamento e a contagem das bactérias, cultivadas em amostras de substrato marinho das três áreas do litoral paulista. As bactérias obtidas foram caracterizadas por métodos fenotípicos e genotípicos. Foram isoladas, no total, 492 bactérias quitinolíticas.
“Ela contou tanto amostras de água como de plâncton, já que dentro dele também há presença dos microrganismos”, disse Irma. O plâncton foi obtido com rede de malha de 100 micrômetros.
Nas amostras de água do mar foram determinados parâmetros físico-químicos (como temperatura, pH, salinidade e condutividade) e microbiológicos (coliformes termotolerantes e enterococos intestinais, entre outros).
A produção de quitinase das bactérias pode ser v
isualizada a partir de um halo formado no meio mínimo contendo quitina coloidal. “Quando os microrganismos consomem a quitina, forma-se um halo, que é medido nas diferentes amostras. Quanto maior o halo, maior a expressão da enzima quitinase”, explicou Irma.
Aplicações e equilíbrio
Segundo o estudo, os maiores valores de quitinases foram detectados em bactérias de água do mar na Baixada Santista, onde há o maior impacto antropogênico. Mas ali também houve a menor diversidade de gêneros. O trabalho concluiu que a diversidade de bactérias quitinolíticas e o potencial de produção de quitinases foram influenciados pelo nível de contaminação fecal presente no ambiente.
Quando há alta concentração de contaminação orgânica no ambiente aquático, as bactérias podem aumentar a produção de quitinase, degradando maiores quantidades de quitina e balanceando o sistema ecológico novamente. Mas, a partir de certo limite, a contaminação passa a ser muito grande e o corpo d’água pode perder a capacidade de recuperação.
“Para viver em um ambiente inóspito, com alta atividade antropogênica, as bactérias criam mecanismos de sobrevivência natural. O estudo confirmou que, na Baixada Santista, as bactérias quitinolíticas têm maior capacidade de degradação dos substratos. Esse poder exacerbado pode trazer vantagens para o uso biotecnológico. Mas, por outro lado, estamos perdendo a identidade ecológica do ambiente e a diversidade desses microrganismos”, destacou Irma.
Com os níveis de poluição doméstica e industrial da Baixada Santista é possível que já haja bactérias capazes de degradar produtos recalcitrantes. Com essa capacidade, elas poderiam ser utilizadas industrialmente no futuro. “Mas não adianta ter uma ‘superbactéria’ se esse processo também está matando os peixes e destruindo a diversidade do ecossistema marinho”, afirmou.
As bactérias quitinolíticas têm aplicações biotecnológicas na agricultura, para controle de insetos e fungos ou para o desenvolvimento de plantas transgênicas resistentes ao ataque de microrganismos.
“As bactérias poderiam ser utilizadas na produção de quitosana a partir de quitina de crustáceos e ostras, no tratamento de efluentes de indústria alimentícia e na medicina, para o desenvolvimento de compostos biologicamente ativos para uso em atividade antitumoral”, disse a professora do ICB.
Fonte
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP:agencia.fapesp.br/11034
Prublicado por Gestor Ambiental
terça-feira, 21 de maio de 2013
Banho de bactérias
(Governo, Meio ambiente)
Tags: ambiente doméstico, bactérias, chuveiros domésticos, Doenças pulmonares, infecções pulmonares, Mycobacterium avium, Rede publica de abastecimento de água, Sistemas imunológicos
Chuveiros domésticos acumulam grandes quantidades de bactéria
que pode causar infecções pulmonares em pessoas com sistema imunológico
enfraquecido, de acordo com estudo norte-americano
__________
Os chuveiros domésticos oferecem um ambiente propício para a proliferação de micróbios potencialmente patogênicos, que podem ser inalados na forma de partículas suspensas, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Colorado (UC) em Boulder, nos Estados Unidos.
A pesquisa, que será publicada esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), concluiu que cerca de 30% dos chuveiros analisados abrigava níveis consideráveis de Mycobacterium avium, ligada a doenças pulmonares. O patógeno contamina com mais frequência pessoas com sistemas imunológicos comprometidos e, eventualmente, pode infectar também pessoas saudáveis.
De acordo com o autor principal do estudo, Norman Pace, professor do Departamento de Biologia Molecular, Celular e de Desenvolvimento da UC, os cientistas analisaram cerca de 50 chuveiros de nove cidades em sete estados norte-americanos.
Não é surpreendente encontrar patógenos em águas da rede pública, de acordo com Pace, mas os pesquisadores descobriram que algumas das bactérias se aglutinam, formando um “biofilme” viscoso que adere ao interior dos chuveiros, em uma concentração mais de 100 vezes maior que a encontrada na água encanada.
“Quando a pessoa liga o chuveiro e recebe um jato de água, provavelmente está levando também uma carga particularmente elevada de Mycobacterium avium, que pode não ser muito saudável”, disse Pace. O estudo é parte de um esforço maior de sua equipe, cujo objetivo é avaliar a microbiologia dos ambientes internos, com apoio da Fundação Alfred P. Sloan.
Outra pesquisa realizada pelo Hospital Nacional Judaico, em Denver, indicou que houve um crescimento nos Estados Unidos, nas últimas décadas, de infecções pulmonares relacionadas a espécies de bactérias não ligadas à tuberculose, como a Mycobacterium avium. Segundo os autores, esse crescimento pode estar ligado ao fato de a população do país ter passado a utilizar mais o chuveiro e menos a banheira.
“A água que jorra do chuveiro pode distribuir gotículas recheadas de patógenos que ficam suspensos no ar e podem ser facilmente inalados, penetrando nas partes mais profundas dos pulmões”, afirmou Pace.
Os sintomas da doença pulmonar causada pelo M. avium, segundo o estudo, podem incluir cansaço, tosse seca persistente, falta de ar, fraqueza e sensação geral de mal-estar. “Pessoas com o sistema imunológico comprometido, como mulheres grávidas, idosos e aqueles que estão lutando contra outras doenças, são mais propensas a tais sintomas”, disse.
De olho na água
Uma técnica de genética molecular desenvolvida pelo grupo do pesquisador na década de 1990 permitiu a retirada de amostras diretamente dos chuveiros, isolando o DNA e amplificando-o com utilização da reação em cadeia da polimerase, a fim de determinar as sequências de genes presentes, possibilitando a identificação de tipos de patógenos específicos.
“Houve alguns precedentes que indicavam que os chuveiros podiam gerar alguma preocupação, mas até esse estudo, não sabíamos o quanto o problema podia ser relevante”, disse Pace.
Durante as primeiras fases da pesquisa, a equipe testou chuveiros em pequenas cidades, muitas das quais estava usando água de poço e não encanada. “Inicialmente, achamos que os níveis de patógenos detectados nos chuveiros se deviam a isso. Mas, quando começamos a trabalhar os dados de Nova York, vimos uma grande quantidade de M. avium e o estudo foi revigorado”, disse.
Além da técnica de coleta de amostras do chuveiro, a equipe utilizou outro processo: várias duchas foram partidas em pedaços pequenos, que foram revestidos de ouro. Um corante fluorescente foi usado para marcar as superfícies e, com um microscópio eletrônico de varredura, os pesquisadores puderam observar as superfícies em detalhe.
Apesar dos resultados, Pace ressalta que provavelmente não é perigoso utilizar chuveiros para tomar banho, contanto que o sistema imune da pessoa não esteja comprometido de alguma maneira. Segundo ele, como os chuveiros de plástico apresentam uma carga maior de patógenos, os chuveiros de metal podem ser uma boa alternativa.
“Há lições a serem aprendidas aqui em termos de como controlar a água e lidar com ela. O monitoramento da água é muitas vezes arcaico. Já existem ferramentas para fazê-lo com mais precisão, de forma mais barata que a utilizada hoje em dia”, disse.
O artigo Opportunistic pathogens enriched in showerhead biofilms, de Norman Pace e outros, pode ser lido por assinantes da Pnas em http://www.pnas.org .
Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/11063/divulgacao-cientifica/banho-de-bacterias.htm
Pesquisa/Divulgação:Gestor ambiental
__________
Mycobacterium aviu.
___________//_________________________Os chuveiros domésticos oferecem um ambiente propício para a proliferação de micróbios potencialmente patogênicos, que podem ser inalados na forma de partículas suspensas, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Colorado (UC) em Boulder, nos Estados Unidos.
A pesquisa, que será publicada esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), concluiu que cerca de 30% dos chuveiros analisados abrigava níveis consideráveis de Mycobacterium avium, ligada a doenças pulmonares. O patógeno contamina com mais frequência pessoas com sistemas imunológicos comprometidos e, eventualmente, pode infectar também pessoas saudáveis.
De acordo com o autor principal do estudo, Norman Pace, professor do Departamento de Biologia Molecular, Celular e de Desenvolvimento da UC, os cientistas analisaram cerca de 50 chuveiros de nove cidades em sete estados norte-americanos.
Não é surpreendente encontrar patógenos em águas da rede pública, de acordo com Pace, mas os pesquisadores descobriram que algumas das bactérias se aglutinam, formando um “biofilme” viscoso que adere ao interior dos chuveiros, em uma concentração mais de 100 vezes maior que a encontrada na água encanada.
“Quando a pessoa liga o chuveiro e recebe um jato de água, provavelmente está levando também uma carga particularmente elevada de Mycobacterium avium, que pode não ser muito saudável”, disse Pace. O estudo é parte de um esforço maior de sua equipe, cujo objetivo é avaliar a microbiologia dos ambientes internos, com apoio da Fundação Alfred P. Sloan.
Outra pesquisa realizada pelo Hospital Nacional Judaico, em Denver, indicou que houve um crescimento nos Estados Unidos, nas últimas décadas, de infecções pulmonares relacionadas a espécies de bactérias não ligadas à tuberculose, como a Mycobacterium avium. Segundo os autores, esse crescimento pode estar ligado ao fato de a população do país ter passado a utilizar mais o chuveiro e menos a banheira.
“A água que jorra do chuveiro pode distribuir gotículas recheadas de patógenos que ficam suspensos no ar e podem ser facilmente inalados, penetrando nas partes mais profundas dos pulmões”, afirmou Pace.
Os sintomas da doença pulmonar causada pelo M. avium, segundo o estudo, podem incluir cansaço, tosse seca persistente, falta de ar, fraqueza e sensação geral de mal-estar. “Pessoas com o sistema imunológico comprometido, como mulheres grávidas, idosos e aqueles que estão lutando contra outras doenças, são mais propensas a tais sintomas”, disse.
De olho na água
Chuveiros
domésticos acumulam grandes quantidades de bactéria que pode causar
infecções pulmonares em pessoas com sistema imunológico enfraquecido, de
acordo com estudo norte-americano (Foto: Divulgação)
Embora os cientistas tenham tentado testar a presença de patógenos
nos chuveiros por meio de cultura de células, essa técnica é incapaz,
segundo Pace, de detectar 99,9% das espécies de bactérias presentes em
um determinado ambiente.Uma técnica de genética molecular desenvolvida pelo grupo do pesquisador na década de 1990 permitiu a retirada de amostras diretamente dos chuveiros, isolando o DNA e amplificando-o com utilização da reação em cadeia da polimerase, a fim de determinar as sequências de genes presentes, possibilitando a identificação de tipos de patógenos específicos.
“Houve alguns precedentes que indicavam que os chuveiros podiam gerar alguma preocupação, mas até esse estudo, não sabíamos o quanto o problema podia ser relevante”, disse Pace.
Durante as primeiras fases da pesquisa, a equipe testou chuveiros em pequenas cidades, muitas das quais estava usando água de poço e não encanada. “Inicialmente, achamos que os níveis de patógenos detectados nos chuveiros se deviam a isso. Mas, quando começamos a trabalhar os dados de Nova York, vimos uma grande quantidade de M. avium e o estudo foi revigorado”, disse.
Além da técnica de coleta de amostras do chuveiro, a equipe utilizou outro processo: várias duchas foram partidas em pedaços pequenos, que foram revestidos de ouro. Um corante fluorescente foi usado para marcar as superfícies e, com um microscópio eletrônico de varredura, os pesquisadores puderam observar as superfícies em detalhe.
Apesar dos resultados, Pace ressalta que provavelmente não é perigoso utilizar chuveiros para tomar banho, contanto que o sistema imune da pessoa não esteja comprometido de alguma maneira. Segundo ele, como os chuveiros de plástico apresentam uma carga maior de patógenos, os chuveiros de metal podem ser uma boa alternativa.
“Há lições a serem aprendidas aqui em termos de como controlar a água e lidar com ela. O monitoramento da água é muitas vezes arcaico. Já existem ferramentas para fazê-lo com mais precisão, de forma mais barata que a utilizada hoje em dia”, disse.
O artigo Opportunistic pathogens enriched in showerhead biofilms, de Norman Pace e outros, pode ser lido por assinantes da Pnas em http://www.pnas.org .
Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/11063/divulgacao-cientifica/banho-de-bacterias.htm
Pesquisa/Divulgação:Gestor ambiental
sábado, 18 de maio de 2013
Perto de um caminho sem volta
- Os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera atingiram pela primeira vez na história humana 400 partes por milhão (ppm). Na última vez em que os níveis estiveram altos, a temperatura média global aumentou entre 3 e 4°C, enquanto nas regiões polares o aumento foi de 10°C.
Alcançaremos o nível de 1000 ppm em apenas cem anos se as emissões continuarem no ritmo atual. Em mudanças climáticas pré-históricas, demorava-se 1000 anos para aumentar apenas 10 ppm, por exemplo. Estamos alterando as condições com as quais a civilização se desenvolveu, num ritmo que desafia nossa capacidade de adaptação e mudança.
Os maiores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa são os combustíveis fósseis e o desmatamento. E não existe uma proposta de redução de emissão, pelo contrário, a existência de mega projetos de extração de carvão na Austrália, China e Estados Unidos e a exploração de pre-sal no Brasil, pode levar à aceleração do aquecimento global totalmente fora de controle.
O relatório, do Greenpeace, apresenta os 14 maiores projetos de energias sujas planejados para as próximas décadas e seus impactos na emissões, e reforça a necessidade de se investir em energias limpas como solar e eólica, fontes renováveis e abundantes em países como o Brasil.
Fonte: Greenpeace)
sexta-feira, 29 de março de 2013
Nova espécie de peixe é encontrada a 4,2 km no fundo do mar – Jornal do Brasil
Pesquisadores posam para foto com as novas espécies descobertas na Nova ZelândiaFoto:
Pesquisadores da universidade britânica de Aberdeen descobriram uma nova espécie de peixe no norte da Nova Zelândia. O animal foi encontrado a 4,25 quilômetros do nível do mar.
As buscas foram realizadas entre 1 km e 6,5 km da superfície, e resultaram em várias descobertas. Entre elas está o peixe da família Zoarcidae, que ainda não recebeu um nome científico.
O volume de dados descobertos na última expedição, somado ao que já se tinha apurado em águas profundas, faz com que se tenha pesquisado mais em profundidade do que a altura do monte Everest.
No estudo, foram usadas sondas com câmeras capazes de suportar grandes profundidades, além de iscas para atrair os animais.
A expedição de pesquisa – que envolveu cientistas da universidade de Aberdeen, de um museu da Nova Zelândia e de um instituto de pesquisas marinhas do mesmo país – explorou águas profundas, abaixo da linha em que a luz chega, em um dos lugares de maior profundidade do mundo, podendo chegar a 10 quilômetros abaixo do nível do mar.
O líder da viagem, o pesquisador Alan Jamieson, disse que “nunca se está bem certo do que se vai encontrar nessas expedições a territórios desconhecidos”.
“Nosso objetivo era descobrir mais sobre os peixes das profundezas e estamos felizes com nossas descobertas”, completou Jamieson.
Detalhe de um dos peixes descobertos, em profundidades entre 1 km a 6 km no oceano
O volume de dados descobertos na última expedição, diz Jamieson, somado ao que já se tinha apurado de águas profundas, faz com que se tenha pesquisado mais em profundidade do que a altura do monte Everest.
As novas espécies farão agora parte do Museu da Nova Zelândia/Te Papa Tongarewa.
Fonte:
Jornal do Brasil
quarta-feira, 27 de março de 2013
O que está acontecendo com o clima?
“As
enchentes catastróficas e as fortes tempestades que estamos tendo se
tornarão mais freqüentes.” — Thomas Loster, especialista em riscos
climáticos.
Há realmente algo de errado com o clima do mundo?
Muitos
temem que sim. O Dr. Peter Werner, meteorologista do Instituto de
Pesquisa do Impacto Climático, de Potsdam, diz: “Ao observarmos o clima
global — os extremos em precipitação atmosférica, enchentes, secas,
tempestades — e notarmos o seu desenvolvimento, podemos dizer com acerto
que esses extremos quadruplicaram nos últimos 50 anos.”
Muitos acham que os distúrbios climáticos são evidências do aquecimento global.
A
Agência de Proteção Ambiental, dos EUA, explica: “O efeito estufa é o
aumento da temperatura da Terra porque certos gases na atmosfera (vapor
de água, dióxido de carbono, óxido nitroso e metano, por exemplo)
aprisionam o calor do sol. Sem esses gases, o calor escaparia de volta
para o espaço e a temperatura média da Terra seria cerca de 33 °C mais
fria.”
Os céticos dizem que apenas uma pequena porcentagem das emissões de gás de efeito estufa é causada pelo homem. No entanto, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), um grupo de pesquisas patrocinado tanto pela Organização Meteorológica Mundial como pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, informa: “Existem evidências novas e mais fortes de que a maior parte do aquecimento observado nos últimos 50 anos é atribuível às atividades humanas.”
O climatologista Pieter Tans, da Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera, diz: “Se eu tivesse de fazer uma estimativa, diria que é 60% culpa nossa . . . Os restantes 40% se devem a causas naturais.”
Possíveis conseqüências do aquecimento global
Qual, então, tem sido o resultado óbvio do acúmulo de gases de efeito estufa produzido pelo homem?
A maioria dos cientistas concorda agora que a Terra de fato esquentou.
O
relatório de 2001 do IPCC diz: “As temperaturas globais de superfície
aumentaram entre 0,4 °C e 0,8 °C desde o final do século 19.” Muitos
pesquisadores acreditam que esse pequeno aumento poderia explicar as
drásticas mudanças climáticas.
É preciso uma solução global
Visto que muitos encaram esse problema como sendo criado pelo homem, não poderia o próprio homem resolvê-lo?
Várias
comunidades já criaram leis que limitam as emissões poluidoras de
carros e de fábricas. Mas tais esforços — por mais elogiáveis que sejam
— têm causado pouco ou nenhum impacto. A poluição é um problema global,
de modo que a solução teria de ser global!
Em
1992 foi realizada a Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro. Dez anos
depois, em Johanesburgo, África do Sul, realizou-se a Cúpula Mundial
sobre Desenvolvimento Sustentável. Cerca de 40.000 delegados
compareceram a essa reunião, em 2002, incluindo cerca de 100 líderes
nacionais.
Tais conferências têm contribuído muito para criar um certo consenso entre os cientistas.
O
jornal alemão Der Tagesspiegel explica: “Ao passo que a maioria dos
cientistas lá [em 1992] tinha dúvidas a respeito do efeito estufa, hoje
ele é praticamente inquestionável.” Mesmo assim, o ministro do meio
ambiente da Alemanha, Jürgen Trittin, nos lembra de que a solução real
para esse problema ainda não foi encontrada. “Johanesburgo, portanto,
não deve ser apenas uma cúpula de palavras”, frisou, “mas também uma
cúpula de ação”.
O aquecimento global é apenas um dos muitos desafios ambientais que a humanidade enfrenta. Tomar medidas efetivas é muito mais fácil de dizer do que de fazer. “Agora que finalmente reconhecemos os danos terríveis que infligimos ao nosso meio ambiente”, escreve a etologista britânica Jane Goodall, “a nossa engenhosidade se desdobra para encontrar soluções tecnológicas”. Mas ela previne: “Apenas tecnologia não basta. É preciso também engajar o nosso coração.”
Voltemos ao problema do aquecimento global. Medidas antipoluentes são caras; é comum nações mais pobres simplesmente não poderiam custeá-las. Assim, alguns especialistas temem que certas restrições ao uso de energia afugentariam indústrias para os países mais pobres, onde poderiam operar com mais lucros. De modo que até mesmo os mais bem-intencionados líderes enfrentam um dilema.
Se protegerem os interesses econômicos de seu país, o meio ambiente sofre.
Se defenderem a proteção ambiental, põe em risco a economia.
É somente razoável esperar que as pessoas respeitem o meio ambiente. Mas levá-las a fazer as mudanças necessárias no seu estilo de vida não é fácil. Para ilustrar: a maioria das pessoas concorda que os carros contribuem para o aquecimento global. Assim, a pessoa talvez queira andar menos de carro ou dispensá-lo totalmente. Mas fazer isso pode não ser fácil. Como disse recentemente Wolfgang Sachs, do Instituto do Clima, Meio Ambiente e Energia, de Wuppertal, “todos os lugares que fazem parte do cotidiano (local de trabalho, jardim-de-infância, escola ou shopping center), ficam tão longe uns dos outros que não dá para ficar sem carro. . . . Se eu quero ou não ter um carro nada tem a ver com isso. A maioria das pessoas simplesmente não tem escolha.”
Alguns cientistas, como o professor Robert Dickinson, da Escola de Ciências da Terra e Atmosféricas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, EUA, temem que já seja tarde demais para poupar a Terra das conseqüências do aquecimento global. Dickinson acredita que, mesmo se a poluição cessasse hoje, os efeitos dos abusos já cometidos contra a atmosfera durariam pelo menos mais 100 anos!
Visto que nem governos nem indivíduos podem resolver os problemas do meio ambiente, quem pode? Desde os tempos antigos, as pessoas têm recorrido aos céus em busca de ajuda para controlar o clima. Por mais ingênuos que sejam tais esforços, ainda assim revelam uma verdade básica: a humanidade precisa de ajuda divina para resolver esses problemas.
Fontes: Citadas no contexto
Pesquisa:
FPN-SP-BRASIL
segunda-feira, 25 de março de 2013
MEIO AMBIENTE
A imagem ao lado, é de grãos de areia. A natureza, cria cada ser, cada folha, única. |
Figura
ilustrativa
Aprenda um pouco,
O meio ambiente significa tudo que o "cerca", ou seja, o ar
que respira os alimentos que consome a água que bebe e todas
as coisas a sua volta, mesmo que esteja em sua casa, cidade,
país ou em viagens interplanetárias pelo universo.
Tudo que vê ou sente, em qualquer lugar pertence ao seu meio
ambiente. (Meio) significa que esta no meio de alguma coisa.
O (Ambiente) pode ser sua sala, seu quarto, seu quintal, sua
floresta, em resumo, todo o planeta e o próprio universo.
Agora que entendeu o sentido da palavra meio ambiente, pergunte-se,
o que esta acontecendo!
Por
quê? Os rios estão secando aos milhares. Por quê? O tempo está
descontrolado. Por quê? Agora chove demais em alguns lugares. Por
quê? Agora temos tornados. Por quê? O alimento não tem mais o sabor
que antes. Por quê? As florestas estão morrendo. Por quê? Bebemos
água contaminada. Porque os
alimentos estão envenenados. Por quê? Nosso ar esta poluído. Por
quê? Os animais estão desaparecendo. Por quê? Tantas doenças. Por
quê? O crime avança. Por quê? Todos parecem não estar preocupado com
seu meio ambiente.
A
(SFB) tem todas as respostas
dos (porquês?) e soluções confirmadas pelos melhores cientistas do
mundo.
Transformamos nossas vidas em um zoo, ficamos cativos em nossas
residências, alimentando-se com veneno, bebendo água de esgoto,
respirando poluentes e presos atrás de grades, construímos
zoológicos para nós mesmos, isto é vida? Para quem nasceu preso
entre quatro paredes, pode até ser, mas não é, acredite.
Tínhamos um mundo belo natural e livre e o transformamos em uma
sociedade perigosa, podre, corrupta e predatória que pode nos levar a
extinção. Até o momento nada de significativo ou concreto foi
feito, apenas promessas ao vento dos "governos" mundiais.
As
mudanças climáticas existem a milhares de anos, tudo começou com o
desmatamento indiscriminado, guerras e o aumento excessivo da
demografia humana, só agora a ciência comprovou os eventos
catastróficos do clima.
Para ter uma ideia, os dinossauros só foram extintos devido a um
ocorrido extremo e externo do planeta, dominaram a terra por mais
150 milhões de anos. Os humanos estão aqui apenas uns poucos
milhares de anos, já em fase de extinção. Tudo por arrogância,
ganância, dominação e por falta de inteligência dos governantes.
Preservar as florestas significa: proteger a água, manter o clima
perfeito e o ar puro. Em poucos anos nossas florestas em pé valerá
centenas de trilhões de dólares, toda a Europa se arrepende de
transformar sua floresta em concreto armado.
O
governo atual, só no ano de 2010 deu um prejuízo de (2.2 trilhões de
reais) ao meio ambiente, mente descarado através de mídias
"laranja". Enganam a população fingindo que cuidam das nossas
florestas. Muito pelo contrário, em todo o Brasil as matas
atlânticas estão sendo trocadas por cana-de-açúcar e soja, e mais,
(2) milhões de animais são mortos ou contrabandeados pelo mundo todos os anos,
a ciência não vence em editar animais extintos.
Sem as florestas, ficaremos com nossa
umidade do ar
comprometida, teremos tornados mais violentos,
chuvas destrutivas que arrasarão cidades e
toda nossa agricultura.
A (SFB)
fará tudo para proteger sua vida e a vida destes "tolos"
oportunistas que acham que levam vantagens saqueando tudo que o
planeta possui de bom.
Nossas árvores não evoluíram com raízes profundas para suportar tornados e
furacões, sucumbirão aos milhões transformando nosso Brasil em
cerrado.
Se
possuir um pouco de esperança e fé, nos apoie. Esta luta é de todos
nós. O novo sistema de governo sabe o que precisa ser feito, fará
tudo para viver e deixar viver depende só de você, não demore a
tomar uma atitude séria,
falta muito pouco para ser irreversível.
FONTE:
SBF. Sociedade Federativa brasileira
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
TRATAMENTO DA ÁGUA
Filtro de Carvão Ativado
O filtro pode ser capaz de remover resquícios de agrotóxicos presentes na água, cujo tratamento não conseguiu remover.
O Filtro de
Carvão Ativado é um equipamento que tem por finalidade primordial a
remoção de cloro livre e de matéria orgânica, agentes estes que causam
gosto e cor na água filtrada e podem eventualmente oxidar as resinas de
troca iônica utilizadas em tratamento de água para geradores de vapor,
hospitais, indústrias farmacêuticas.
O filtro é constituído por um vaso
metálico à pressão com uma camada de carvão ativado, disposto
internamente sobre um fundo falso provido de coletores plásticos ou em
inox. Na parte externa, a operação de filtragem ou lavagem, é feita
através de manobra de válvulas, que podem ter acionamento manual ou
pneumático.
O funcionamento do filtro é bastante
simples, ou seja em regime normal a água entra pela parte superior do
aparelho, atravessa o leito de carvão ativo e flui pelo bocal inferior. A
lavagem é feita normalmente a cada dois dias, passando-se água filtrada
em contra corrente (de baixo p/ cima).
O filtro pode ser capaz de remover resquícios de agrotóxicos presentes na água, cujo tratamento não conseguiu remover.
Parte deste conteúdo foi baseado no livro "Como cuidar do seu meio ambiente".
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