RELATOS, NOTÍCIAS, CRÍTICAS, PESQUISAS, RESULTADOS, COMENTÁRIOS, NA VISÃO AMBIENTAL

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Ilha Tuvalu, que fica no Sul do Oceano Pacífico, com o aquecimento Global poderá sumir do Mapa.

Parques na Escócia – será o mesmo planeta?


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tsunami pode ter causado até 500 mortos na Indonésia

O tsunami que golpeou o arquipélago indonésio causou provavelmente a morte de 500 pessoas, estimaram nesta quinta-feira (28) as autoridades.
 
A este trágico número acrescenta-se o de outra catástrofe natural que atingiu nesta semana a Indonésia, a erupção do vulcão Merapi, que fez 32 mortos.
A última hora do dia, as autoridades contabilizavam 370 mortos e 338 desaparecidos pelo tsunami.
“Mas é provável que dois terços dos desaparecidos tenham sido arrastados pelo mar”, declarou um funcionário do serviço de emergência, Ade Edward.
“Sobrevoando a zona, ontem, vimos muitos corpos. Cabeças e pernas que saíam da areia, corpos pendurados em árvores”, contou.
As buscas se complicam devido ao isolamento das aldeias de pescadores disseminadas pelo litoral das Mentawai – um conjunto de ilhas em frente a Sumatra.
O presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono visitou o local nesta quinta-feira para reconfortar os sobreviventes e supervisionar a chegada de comida, água e medicamentos.
O material de socorro e ajuda começou a chegar às zonas mais afetadas das ilhas Mentawai, três dias depois do terremoto seguido por tsunami.
Um navio com alimentos, água e remédios chegou nesta quinta-feira a Sikakap, na ilha de Pagai do Norte, onde a falta de estradas em bom estado e os problemas de comunicação prejudicam muito as operações de emergência.
No porto, centenas de habitantes eram atendidos, sobretudo por ferimentos provocados pela passagem das sucessivas ondas gigantes que avançaram até 600 metros terra adentro.
Todos os moradores relatavam a brutalidade da catástrofe. O tsunami veio apenas 10 minutos depois do terremoto de 7,7 graus de magnitude, quando era de noite e chovia.
“Ouvimos uma explosão quando chegou a primeira onda”, contou Chandra, de 20 anos. A jovem conseguiu sobreviver, segundo ela, “por milagre, graças ao tronco de um coqueiro”. Mas não o marido, cujo corpo foi localizado, nem seu bebê, que continua desaparecido.
No vilarejo de Muntei Baru Baru, onde restaram apenas as fundações das casas, os sobreviventes disseram não ter sido avisados, apesar do alerta de tsunami emitido pelas autoridades logo após o terremoto.
Um sistema sofisticado e caro de alerta foi instalado ao longo da costa de Sumatra após o terrível tsunami de dezembro de 2004, que matou mais de 220.000 pessoas em vários países asiáticos.

Mas as autoridades reconhecem que o sistema não está disponível nas ilhas Mentawai, onde muitos vilarejos não contam com energia elétrica.

A mais de 1.000 km das Mentawai, a população prestou uma última homenagem às 32 vítimas fatais da erupção do vulcão Merapi, a outra catástrofe natural que afetou a Indonésia esta semana.

Vinte dos 32 mortos foram enterrados juntos. Alguns corpos não foram identificados, já que foram completamente desfigurados pelas cinzas incandescentes expelidas pelo vulcão na terça-feira.

Uma cerimônia privada foi organizada para aquele que, segundo os indonésios, personificava o Merapi, o “avô” Marijan, que era o “guardião espiritual” da montanha. Ele faleceu aos 83 anos depois que se recusou a abandonar a casa em que morava, apesar dos riscos da erupção.

O balanço da tragédia poderia ter sido muito maior sem a ordem de retirada emitida na segunda-feira pelas autoridades para as 19.000 pessoas que moram nas proximidades do vulcão.

Nesta quinta-feira, o Merapi, considerado o vulcão mais ativo da Indonésia, voltou a entrar em erupção e expeliu cinzas e nuvens de gases.

“Registramos uma nova erupção vulcânica moderada. A ameaça permanece”, declarou um dos funcionários do governo que atua na vigilância dos vulcões, Surono.

A cratera do vulcão, de 2.914 metros de altura e situada no coração de uma região muito povoada da ilha de Java, lançou nuvens de gases com magma e cinzas, segundo o vulcanologista.
 
(Fonte: G1)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

EUA fixam normas para reduzir emissões de ônibus e caminhões

Os Estados Unidos apresentaram nesta segunda-feira (25) novas normas para reduzir as emissões de poluentes e otimizar o consumo de combustível em ônibus e caminhões.

“Este programa nacional pode reduzir as emissões de gases do efeito estufa em cerca de 250 milhões de toneladas métricas e poupar até 500 milhões de barris de petróleo” nos cinco primeiros anos de aplicação, destaca a Agência de Proteção Ambiental (EPA).

As novas normas propostas pela EPA e pelo departamento de Transportes envolverão os modelos produzidos entre 2014 e 2018.

O plano também terá um impacto positivo nas empresas e entre os consumidores, já que reduzirá o custo do transporte de pessoas e mercadorias, destacou o secretário dos Transportes, Ray LaHood.

“Todos vão ganhar, meio ambiente, empresas e o consumidor americano”. 

(Fonte: Yahoo!)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Falta vontade política para resolver saneamento, diz relatora da ONU

Catarina de Albuquerque disse à Rádio ONU que o tema se tornou um tabu. Cerca de 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo não tem acesso a esgoto tratado.

A relatora especial sobre direitos humanos relacionados à água potável e ao saneamento, Catarina de Albuquerque, disse à Rádio ONU que o tema do esgoto tratado tornou-se uma espécie de tabu, A relatora concedeu a entrevista, minutos antes de fazer uma apresentação seu relatório sobre água e saneamento no contexto dos Objetivos do Milênio às Nações Unidas, em Nova York.

Segundo Catarina de Albuquerque, em nível global, o mundo deve atingir a Meta do Milênio sobre acesso à água potável até 2015, mas o problema do saneamento ainda está longe de ser resolvido. "O Objetivo do Milênio da Água, em nível global, será alcançado. Mas em termos de saneamento estamos a piorar, o que é uma tragédia. Muitos políticos não falam desses problemas porque é um assunto tabu. A solução para esses problemas todos é vontade política. Empenho político para resolver esses problemas", afirmou.

A relatora afirmou que a falta de saneamento tem custado mais caro ainda às mulheres. Ela mencionou que em alguns países que visitou, ouviu casos de muitas mulheres que esperavam até ao anoitecer para fazer suas necessidades a céu aberto e, no caminho, eram vítimas de violência sexual e outras agressões.


Fonte:
Rádio ONU, parceira da EcoAgência de Notícias

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Destruição de recursos naturais causa perdas de US$ 2,5 tri ao ano, diz estudo

A destruição de ativos da natureza, como florestas e pântanos, causa perdas anuais de ao menos US$ 2,5 trilhões no mundo.

A cifra, que supera em quase US$ 1 trilhão o PIB do Brasil, foi citada em um projeto financiado pela Comissão Europeia e apresentado nesta quarta-feira em Nagoya, Japão, durante conferência da Unep, a agência de meio ambiente da ONU.

“The Economics of Ecosystems and Biodiversity” (Teeb) é um estudo de dois anos cujo objetivo é mostrar o valor econômico de florestas, água, solo e corais, bem como os custos ocasionados pela perda desses recursos.

O líder do projeto, Pavan Sukhdev, pediu que “o valor dos serviços da natureza se torne visível” e influencie negócios e decisões adotados pelos países.

Seu relatório afirma que os custos de proteger a biodiversidade e os ecossistemas é mais baixo do que o custo “de permitir que eles mingúem”, e artigo no site do projeto diz que “estamos vivendo do capital da Terra; precisamos aprender a viver dos juros”.

Brasil e Índia – Outra conclusão é a de que a conservação tem papel importante na redução da pobreza, pois “florestas e outros ecossistemas contribuem para a sobrevivência de lares rurais empobrecidos”.

Os líderes do projeto disseram que alguns países estão dando os primeiros passos para levar o valor da natureza em consideração ao adotar políticas públicas, e citam Brasil e Índia como exemplos.

“A abordagem do Teeb é útil para fazer com que (diferentes setores da sociedade) entendam as implicações da perda da biodiversidade e do retorno de investimentos (por conta da) conservação dessa biodiversidade”, disse à BBC News Bráulio Dias, secretário de biodiversidade e florestas do Ministério do Meio Ambiente brasileiro, presente no evento em Nagoya.

Sukhdev disse que 27 países da América Latina e da África pediram à agência ambiental da ONU ajuda para tornar suas economias mais “verdes”.

Cidades – O cálculo do valor de ecossistemas específicos foi aplicado pelo Teeb em cidades como Campala e Nova York.

Em Campala, capital de Uganda, estimativa de 1999 dava conta que o pântano Nakivubo valia entre US$ 1 milhão e US$ 1,75 milhão ao ano, por sua habilidade em purificar o esgoto da cidade.

Segundo o relatório, o cálculo fez com que fossem abandonados planos de drenar o pântano. No entanto, ao longo do tempo o Nakivubo perdeu suas capacidades, e em 2008 foi necessário um projeto para restaurar o local.

“O caso de Uganda mostra que, enquanto a valoração de serviços do ecossistema em geral fortalece argumentos para proteger o capital natural, por si só ela não previne que sejam tomadas decisões que degradem esses serviços”, diz o estudo do Teeb.

Mas essa valoração “estimulou a implementação de normas que premiam os responsáveis por proteger” o ecossistema.

Um caso citado ocorreu em Nova York, onde autoridades pagam donos de terras em uma área montanhosa perto da cidade para que estes adotem técnicas agrícolas mais avançadas.

O objetivo é impedir que nutrientes da terra sejam escoados para rios locais, o que demandaria a construção de custosas estações de tratamento de água.

O incentivo aos agricultores custa entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, enquanto o valor estimado de uma nova estação de tratamento de água é de US$ 6 bilhões a US$ 8 bilhões.

E Curitiba é citada no relatório como “exemplo” positivo de cidade que expandiu seus parques urbanos com o objetivo de prevenir inundações e oferecer espaço recreativo aos seus cidadãos. Estes contam com, “em média, 50 m² de espaço verde cada um, um dos maiores índices da América Latina”. 

Fonte: G1)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Água em pó" existe. E pode reduzir o aquecimento global

Substância é capaz de absorver o dióxido de carbono, um dos gases que causam o efeito estufa

água em pó
A "água em pó" se parece com açúcar refinado e possui a mesma concentração de água de uma melância — 95% (Ben Carter).

"As moléculas de água são encadeadas por dióxido de silício (SiO2), formando algo que se parece com um grão de açúcar."

A água em pó existe e ainda por cima pode combater o aquecimento global. Parecida com um punhado de açúcar, a água em pó é formada por moléculas de água e de silica (SiO2, dióxido de silício). Cada grão do pó possui uma concentração de 95% de água, a mesma de uma melancia. 

Graças a essas características, a “água em pó” pode armazenar gases, como o dióxido de carbono (CO2), um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. O autor da descoberta é o cientista britânico Andrew Cooper, que apresentou uma pesquisa sobre essa aplicação da água com silica no 240º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química, nesta quarta-feira, nos Estados Unidos. 

Em pesquisas de laboratório, Cooper descobriu que a substância absorve três vezes mais CO2 que água e silica separadas – e, melhor, no mesmo espaço de tempo. A "água em pó" também seria capaz de acelerar a produção de matéria-prima utilizada na fabricação de remédios, alimentos e outros produtos de consumo. 

"Não há nada parecido com isso", diz Ben Carter, um dos cientistas envolvidos no estudo. "Esperamos que a água em pó ajude a resolver muitos problemas no futuro". De acordo com Cooper, o pó poderá também ser utilizado para outros fins, como o transporte de materiais industriais nocivos.

A "água em pó" foi descoberta em 1968, mas recebeu pouco destaque na comunidade científica até 2006, quando seu uso foi retomado por cientistas britânicos.

Foi só recentemente que os cientistas descobriram que ela pode ser utilizada para armazenar gases. 
Fonte:
http://veja.abril.com.br/
Publ. dia 23/09/2010  ÀS  12:31 -  Pesquisa

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nagoya dá à luz tratado sobre biossegurança

Nagoya, Japão, 18/10/2010, (IPS) - Um tratado internacional para o uso seguro da biotecnologia acaba de nascer no Japão, mas os países em desenvolvimento afirmam que o desafio é como colocá-lo em prática.

Funcionários de 116 países aprovaram o Protocolo Nagoya-Kuala Lumpur sobre Responsabilidade e Compensação, complemento do Protocolo de Cartagena sobre Segurança da Biotecnologia, na cidade japonesa de Nagoya, onde terminou, no dia 15, uma reunião deste último.

Foram seis anos de elaboração do Protocolo antes de adotá-lo em uma das maiores reuniões intergovernamentais sobre o uso seguro da biotecnologia moderna. As negociações sobre biossegurança aconteceram antes dos debates mais internacionais que acontecerão nesta cidade durante a 10ª Conferência das Partes do Convênio sobre a Diversidade Biológica (COP 10), que começa hoje, e no Ano Internacional da Diversidade Biológica.

O novo protocolo complementar fornece regras e procedimentos internacionais que os países poderão utilizar em casos de danos ambientais à biodiversidade causados pela importação de organismos vivos modificados. “Esta é uma ocasião muito histórica. Estamos muito felizes pelo fato de o mundo ter reconhecido a necessidade de responsabilidade e compensação”, disse Gurdial Singh Nijar, diretor do Centro de Excelência para o Direito sobre Biodiversidade na Universidade da Malásia. “A Malásia começou todo este processo”, acrescentou.

“A Ásia-Pacífico dá as boas-vindas a este recém-nascido em Nagoya, e está pronta para avançar na implementação do novo protocolo”, disse Sebastian Marino, do escritório do presidente de Palau, um dos dois funcionários encarregados de representar a região. O tratado estará aberto para ser assinado pelos governos, e entrará em vigor 90 dias após ser ratificado por pelo menos 40 integrantes do Protocolo de Cartagena, do qual é complemento. Por sua vez, o Protocolo de Cartagena é complemento do Convênio sobre a Diversidade Biológica.

Contudo, as preocupações dos funcionários da região, compartilhadas por outros países em desenvolvimento, também foram evidentes. Agora que existe um contexto legal que reflete um consenso internacional, é hora de ver como serão destinados recursos para sua implementação, depois da oratória da conferência, afirmaram.

Com palavras que se destacaram em meio a alguns discursos de encerramento amplamente elogiosos, Sebastian explicou: “Há assuntos sérios que exigem consideração prioritária e ação urgente, (que incluem a assistência) em desenvolvimento de capacidades, recursos humanos e infraestrutura”. E acrescentou que, “além disso, o grupo Ásia-Pacífico gostaria de destacar a importância das considerações socioeconômicas”.

Sebastian se referia ao direito dos governos se negarem a importar um produto geneticamente modificado se perceber que, ao prejudicar a biodiversidade, prejudica o bem-estar socioeconômico do país ou da comunidade onde está sendo introduzido. Esta é uma opção de veto que muitos grupos de interesses gostariam que desaparecesse da atenção do público. De fato, um murmúrio de aprovação foi ouvido na sala onde estavam os delegados africanos, que temiam que esta conferência ofuscasse o debate sobre este assunto.

Somaly Chan, diretora do Departamento de Convênios Internacionais e Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente do Camboja, disse que “este é um bom resultado e um grande êxito. Estamos satisfeitos, mas, na verdade, apenas entre 80% e 90%. Ainda temos grandes preocupações quanto a criar consciência pública e aos recursos financeiros. Sem capacidade não podemos efetivamente colocar em prática o Protocolo”, disse à IPS.

É obrigatório que os signatários do Protocolo contribuam com o fundo comum, para financiar o orçamento central. “As partes devem fazer isto, não há escapatória”, resumiu a representante europeia, Lucette Flandroy. Nesta Conferência, esse orçamento central cresceu, apenas levemente em relação há dois anos. “Os europeus culpam a crise hipotecária”, disse um experiente observador, nativo desse continente. “É interessante vê-los alegando pobreza nesta sala”, acrescentou.

Quando se esgotar o orçamento central do Protocolo, aos países em desenvolvimento só restará buscar contribuições voluntárias de outros membros e doadores. Lidera esta iniciativa o governo da Noruega, que até o último dia da Conferência se comprometeu a doar US$ 75 mil para ajudar a estimular a capacidade dos países pobres para cumprir o Protocolo.

O movimento transfronteiriço de organismos vivos modificados apresenta questões que todos os governos, ricos ou pobres, devem resolver. “Quando consideramos importar organismos geneticamente modificados, naturalmente consideramos os efeitos ambientais, sanitários e éticos, mas também os socioeconômicos. Isto é, quais serão os efeitos sobre o desenvolvimento sustentável? Este é um tema que não resolvemos totalmente, inclusive a Noruega”, disse à IPS Casper Linnestad, assessor do Ministério do Meio Ambiente desse país.

Fora a questão dos fundos, os países mais pobres e os menores têm de compreender os detalhes do novo tratado, para usá-lo a fim de protegerem seus interesses. “É muito importante para nós, e esperamos que os meios de comunicação nos ajudem a divulgar a notícia deste tratado para os países menos adiantados e as pequenas ilhas de nossa região”, afirmou Somaly. Casper destacou que “há muitos assuntos importantes que são muito difíceis de resolver, porque são muitos pontos de vista diferentes. Chegar a um acordo em todas as ocasiões é realmente um êxito”
 
. Envolverde/IPS (FIN/2010)

domingo, 17 de outubro de 2010

O que é a camada de ozônio?

Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.

Na atmosfera, a presença da radiação ultravioleta desencadeia um processo natural que leva à contínua formação e fragmentação do ozônio, como na imagem abaixo:

O que está acontecendo com a camada de ozônio?


Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte.


Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.

Como os CFCs destroem a camada de ozônio?

Depois de liberados no ar, os CFCs (usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos) levam cerca de oito anos para chegar à estratosfera onde, atingidos pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por sua vez, o cloro reage com o ozônio que, conseqüentemente, é transformado em oxigênio (O2). O problema é que o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.
 
A quebra dos gases CFCs é danosa ao processo natural de formação do ozônio. Quando um desses gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. O resultado é a formação de uma molécula de oxigênio e de uma molécula de monóxido de cloro. Mais tarde, depois de uma série de reações, um outro átomo de cloro será liberado e voltará a novamente desencadear a destruição do ozônio.

Quais os problemas causados pelos raios ultravioleta?
Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.

Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.

O que é exatamente o buraco na camada de ozônio?
Uma série de fatores climáticos faz da estratosfera sobre a Antártida uma região especialmente suscetível à destruição do ozônio. Toda primavera, no Hemisfério Sul, aparece um buraco na camada de ozônio sobre o continente. Os cientistas observaram que o buraco vem crescendo e que seus efeitos têm se tornado mais evidentes. Médicos da região têm relatado uma ocorrência anormal de pessoas com alergias e problemas de pele e visão.

O Hemisfério Norte também é atingido: os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que cada 1% de perda da camada de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causados por catarata, em todo o mundo.

Biodiversidade global diminui 30%; países tropicais tiveram maiores perdas

 mostra que os países tropicais, que também são os mais pobres, perderam 60% de flora e fauna nos últimos 40 anos. Em contrapartida, as nações localizadas em zonas temperadas tiveram um aumento de 29%.

O relatório, publicado a cada dois anos pela organização não governamental WWF, aponta ainda que se mantém em alta a tendência de consumo superior ao da reposição de recursos renováveis no ambiente, já registrada na década de 80.

Essa tendência é mais forte em economias de nações ricas ou mais desenvolvidas, seguidas pelos integrantes do Bric, do qual o Brasil faz parte ao lado de Rússia, Índia e China.

Nesse ritmo, tomando-se como base de cálculo o ano de 2007, o mundo levaria um ano e meio para gerar os recursos consumidos e para absorver as emissões de dióxido de carbono (CO2).

A biocapacidade – relação entre a área disponível para agricultura, pastagem, pesca e florestas e o potencial de produtividade – também pertencem aos membros do Bric, sendo o Brasil um dos detentores do título, além de China, EUA, Rússia, Índia, Canadá, Austrália, Indonésia, Argentina e França.

No quesito água, 71 países possuem algum tipo de preocupação com o suprimento e as formas de assegurar, ao mesmo tempo, a saúde de rios, lagos e aquíferos. Desse número, dois terços devem passar à classificação do nível de preocupação entre “moderado” e “severo” – em 1995, 1,8 milhão de pessoas tinham problemas para obter água em áreas consideradas de preocupação severa.

Além do despejo de 2,8 milhões de toneladas de esgoto que retornam à natureza, a captação da água tem provocado uma seca no volume dos rios, como é o caso do Amarelo, que corta toda a China, e do Grande, que fica na fronteira entre os EUA e o México.
 
(Fonte: Folha.com)

Doenças tropicais negligenciadas afetam ’silenciosamente’ 1 bilhão de pessoas, diz OMS

Doenças tropicais geralmente negligenciadas, como o mal de Chagas, a lepra, a dengue e a leishmaniose, ainda afetam cerca de 1 bilhão de pessoas em 149 países do mundo, mas de forma “silenciosa”, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (15) pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

O Brasil é apontado no relatório como tendo incidência da maioria das 17 doenças tropicais listadas, que podem causar problemas como cegueira, úlceras e cicatrizes, dor severa, deformidades e danos em órgãos internos e no desenvolvimento físico e mental do paciente.
O relatório afirma, no entanto, que o controle desses males, mais comuns em áreas rurais e em favelas urbanas, é “viável”.

Recomendações – A OMS pede a continuação da ajuda de empresas farmacêuticas no controle das doenças, recomenda que os sistemas públicos de saúde fiquem atentos a mudanças nos padrões das doenças por conta de fatores climáticos e ambientais e sugere a coordenação entre agentes de saúde pública e agentes veterinários – para controlar a incidência de raiva, por exemplo.

O órgão lista “sucessos” no controle de males, como a erradicação da doença conhecida como “verme da Guiné”, não por conta de vacinas, “mas por educação em saúde e por mudanças comportamentais”.

“Essas doenças debilitantes, às vezes horríveis, são muitas vezes aceitas como parte da vida das pessoas pobres”, diz Margareth Chan, diretora-geral da OMS. “Mas estratégias podem quebrar o ciclo da infecção, da deficiência e da perda de oportunidades que mantém as pessoas na pobreza.”
Doenças tropicais negligenciadas afetam ‘silenciosamente’ 1 bilhão de pessoas, diz OMSBrasil e América Latina – O Brasil apresenta incidência de males tropicais como dengue, mal de Chagas, raiva, conjuntivite granulosa, leishmaniose, cisticercose, esquistossomose, tênia, hidática policística e “cegueira dos rios”.

O relatório diz que o Brasil vivenciou um aumento nos casos de leishmaniose desde 1999. A doença, antes mais comum nas zonas rurais, “agora também aparece em áreas urbanas”, por conta da migração de pessoas do campo às periferias das cidades.

“No Brasil, os cães são o hospedeiro do parasita” da leishmaniose, que provoca, entre outros problemas, febre, fraqueza e anemia.

No caso da dengue, a OMS afirma que a doença ressurgiu na América Latina porque as medidas de controle não foram mantidas após a campanha para erradicar o Aedes aegypti, seu principal vetor, durante os anos 1960 e 70. “Grandes surtos acontecem atualmente a cada três ou cinco anos”, afirma o relatório.
 
(Fonte: Folha.com)

sábado, 16 de outubro de 2010

Borboleta doente escolhe planta medicinal para imunizar crias

Danaus plexippus escolhe "ninho" medicinal para defender os ovos de parasitas.

Borboletas-monarca (Danaus plexippus) adoentadas depositam seus ovos em plantas com substâncias químicas que funcionam como vacinas para imunizar suas crias. A borboleta alimenta-se de vários tipos de serralha. Algumas dessas plantas têm uma alta concentração de substâncias chamadas cardenólidos, que acabam protegendo os ovos da ação de parasitas.

“O que descobrimos é que as borboletas preferem depositar seus ovos nas espécies medicinais quando estão infectadas por um parasita. Mas, quando não estão infectadas, elas não preferem essas espécies. Então, de algum modo, elas sabem que estão infectadas e sabem o que fazer a respeito”, afirma Jaap de Roode, cientista da Emory University

O estudo (“Evidence for trans-generational medication in nature”) foi publicado no periódico científico “Ecology Letters” e é destaque no site da revista “Scientific American”.

Mark Hunter, coautor do estudo, afirma que a observação dessas escolhas no mundo animal pode oferecer dicas para a busca de novas plantas com potencial medicinal para o ser humano. 

(Fonte: G1)

domingo, 10 de outubro de 2010

Planta rara tem maior genoma conhecido, dizem cientistas

Paris japonicaBotânicos da Kew Botanical Gardens britânica afirmam que a planta Paris japonica possui o maior genoma conhecido. O vegetal é encontrado no Japão. O estudo foi publicado na revista científica Botanical Journal of the Linnean Society.
Cinquenta vezes maior que o humano, o DNA do vegetal tem 152,83 picogramas (pg), 15% a mais do que o recordista anterior, uma espécie de peixe pulmonado (Protopterus aethiopicus), com 132,83 pg. Este animal é encontrado em águas africanas.
 Segundo a instituição, o menor dos genomas conhecidos é encontrado no parasita de mamíferos Encephalitozoon intestinalis, com apenas 0,0023 pg. Antes de estudar o material genético da Paris japonica, cientistas acreditavam estar próximos do limite máximo para o volume de genomas.

Plantas com materiais genéticos gigantes apresentam risco maior de extinção, são menos adaptadas a solos poluídos e pouco capazes de tolerar condições climáticas extremas, afirmam os especialistas britânicos.

Outra desvantagem está no fato de DNAs maiores necessitarem mais tempo para que as células os copiem para a divisão. Com isso, um organismo com genoma grande demora mais para completar seu ciclo de vida.

Como comparação, vegetais em desertos, que precisam crescer rápido após as chuvas raras, possuem genomas pequenos. Plantas com DNAs maiores são geralmente excluídas deste tipo de habitat.  

(Fonte: G1)